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Filipinas lança ofensiva na esperança de recapturar Marawi até o final de semana

Aeronaves de combate e tropas filipinas lançaram uma nova ofensiva contra terroristas islâmicos na cidade de Marawi, nesta terça-feira (20), um porta-voz militar disse que o objetivo era limpar a área até o fim de semana, embora não houvesse prazo para finalizar as operações militares.

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Filipinas lança ofensiva na esperança de recapturar Marawi até o final de semana.

Aeronaves de combate e tropas filipinas lançaram uma nova ofensiva contra terroristas islâmicos na cidade de Marawi, nesta terça-feira (20), um porta-voz militar disse que o objetivo era limpar a área até o fim de semana, embora não houvesse prazo para finalizar as operações militares.

A ofensiva aconteceu em meio à preocupação de que os reforços rebeldes pudessem chegar na cidade após o festival de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã.

A luta na cidade de Marawi entrou na quinta semana, e quase 350 pessoas foram mortas, de acordo com uma contagem oficial. Residentes que fugiram disseram ter visto dezenas de corpos nos destroços das casas destruídas em bombardeios e ataques.

“Estamos com o objetivo de limpar Marawi até o final do Ramadã”, disse o porta-voz militar Brigadeiro-General Restituto Padilla, quando o exército e os comandantes da polícia se encontraram na cidade de Cagayan de Oro, para reavaliar a estratégia e as operações contra os terroristas que juraram lealdade ao Daesh (estado islâmico).

Ele acrescentou, porém, que: “Não estamos estabelecendo prazos, sabendo a complexidade da batalha. Estamos fazendo o nosso melhor para acelerar a libertação de Marawi o mais rápido possível”.

A tomada de Marawi e a luta para recuperar o controle, pelo governo, alarmou as nações do Sudeste Asiático que temem que o Daesh esteja tentando criar uma fortaleza no sul muçulmano das Filipinas, que poderia ameaçar toda a região.

O presidente Rodrigo Duterte visitou uma escola, onde pessoas que fugiram de Marawi estão sendo abrigadas, pedindo desculpas por sua situação, especialmente porque era Ramadã.

“Eu vou ajudá-los, vou reabilitar Marawi, será uma cidade bonita novamente”, disse ele na escola da cidade de Iligan, a cerca de 40 km da zona de batalha.

Padilla disse que os militares visam evitar que o conflito se estendesse após o fim do Ramadã.

“Estamos observando, atentamente, certos grupos, e esperamos que eles não se juntem à luta”, disse Padilla.

Alguns moradores muçulmanos de Marawi disseram que outros grupos poderiam se juntar à luta após o Ramadã.

“Como muçulmanos devotos, estamos proibidos de lutar durante o Ramadã, então depois, poderá haver novos grupos chegando”, disse Faisal Amir, que ficou na cidade apesar da batalha.

GANHANDO TERRENO

O combate foi intenso no início desta terça-feira (20), quando as forças de segurança encurralaram os militantes, entrincheirados no distrito comercial de Marawi, em direção a um lago à beira da cidade.

Aviões bombardearam, enquanto em terra o tiroteio foi sustentado, com explosões ocasionais da artilharia. Os veículos blindados dispararam rajadas enquanto terroristas respondiam com disparos de granadas propulsionadas por foguetes.

À tarde os combates acabaram, devido a fortes chuvas, porém foram retomados a noite.

Fontes militares disseram que as tropas estavam atacando os terroristas de três lados e tentando empurrá-los em direção ao lago.

“Estamos ganhando terreno e expandindo nossas posições vantajosas”, disse o tenente-coronel Jo-Ar Herrera, outro porta-voz militar, embora tenha se recusado a comentar detalhes específicos.

“Estamos caminhando para o centro de gravidade”, acrescentou, referindo-se ao centro de comando e comunicação dos terroristas.

Um cabo do exército, perto da linha de frente, disse à Reuters que os soldados estavam marcando casas e edifícios que haviam sido vistoriados.

“Ainda temos que limpar mais de 1.000 estruturas”, disse ele, acrescentando que as unidades de infantaria foram deixadas para trás em áreas “limpas” para impedir que militantes recuperassem o terreno perdido.

A partir desta terça-feira (20), as forças armadas disseram que 258 militantes, 65 oficiais de segurança e 26 civis foram mortos. Centenas de pessoas não foram computadas, e muitos acreditam estar se escondendo nos porões da cidade.

SourceReuters

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