Aqui um pouco sobre a trajetória da autora de “A Força do Querer” . Gloria Maria Rebelo Ferrante, nasceu no dia 25 de setembro de 1948, no Rio de Janeiro. Filha de advogado e professora, seus pais nasceram e moraram em Rio Branco – Acre, para onde Gloria retornou logo que nasceu e permaneceu até os 16 anos.

Em 1979, iniciou a sua carreira de autora na Globo, ao escrever a sinopse para um episódio do seriado “Malu Mulher”, que não chegou a ser gravado. Anos depois, conseguiu chamar a atenção da autora Janete Clair, sendo convidada para ser sua assistente na novela “Eu Prometo” (1983), sendo o último trabalho de Janete Clair, que morreu naquele ano vítima de câncer. Gloria Perez terminou de escrever a trama, sob a supervisão de Dias Gomes (marido de Janete).

No ano de 1984, dividiu com Aguinaldo Silva a autoria de “Partido Alto”,  mas antes do final da novela, Gloria e Aguinaldo se desentenderam, e a autora terminou de escrever sozinha a trama, sem o Aguinaldo.

Em 1987, foi contratada pela TV Manchete para escrever a novela “Carmem”, sob a direção-geral de José Wilker.

Retornando à Globo, Gloria escreve a sua primeira minissérie, “Desejo” (1990), que contava a história de Anna de Assis e o triângulo amoroso que protagonizou com seu marido, o escritor Euclides da Cunha, e o jovem Dilermando de Assis. No elenco principal, estavam Vera Fischer, Tarcísio Meira e Guilherme Fontes.

No mesmo ano, Gloria escreve “Barriga de Aluguel”, a sua primeira novela sozinha, provando assim ser competente o bastante para prosseguir escrevendo suas histórias sem ajuda de outros autores.

Escreveu “De Corpo e Alma” (1992), sendo a sua primeira novela das oito. A novela ficou marcada por um acontecimento trágico, o assassinato da atriz Daniela Perez em 28 de dezembro. Daniela era filha da autora e fazia parte do elenco no papel de “Yasmin”. Ela era casada com o também ator, Raul Gazolla. O assassino era o par romântico de “Yasmin” na história, o ator Guilherme de Pádua, que teve a ajuda da esposa Paula Thomaz, para cometer o crime.

A tragédia envolvendo Daniela, causou grande comoção pela brutalidade com que foi cometido. Até hoje Gloria não se recuperou da perda da filha.

A primeira notícia do caso veio a público um dia depois do assassinato, em 29 de dezembro de 1992, quando outra notícia de repercussão nacional tomava conta das mídias em geral, a renúncia do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Gloria perdeu outro filho em 2002, o jovem Rafael (25), que faleceu após ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica. Rafael  tinha “Síndrome de Down”.

Sua próxima novela das oito, foi “Explode Coração” (1995), onde a autora abordou uma importante campanha sobre menores desaparecidos. No decorrer da trama, foram mostradas fotografias de crianças desaparecidas e até o término da novela, 64 crianças foram encontradas por seus pais.

Em 1998, escreveu a miniserie “Hilda Furacão”, ambientada nos anos 50 em Belo Horizonte. No elenco principal, a belíssima Ana Paula Arósio (Hilda), era uma jovem da classe média mineira que rompe com a família e se torna a prostituta mais desejada da época. “Hilda Furacão” teve sua trama baseada no romance homônimo de Roberto Drummond.  No mesmo ano, Gloria escreveu alguns episódios do seriado “Mulher” (1998).

Gloria Perez foi a responsável pela segunda versão da novela “Pecado Capital”, com Francisco Cuoco, Carolina Ferraz e Eduardo Moscovis. A versão original foi exibida em 1975, onde conta a história do Carlão (Cuoco), um motorista de táxi, que encontra uma mala de dinheiro esquecida em seu carro.

“O Clone”, exibida em 2001 com Murilo Benício e Giovanna Antonneli como protagonistas, foi um dos maiores sucesso de Gloria Perez, sendo homenageada pela “Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas” (Abrad) e agraciada com o prêmio “Personalidade do Ano de 2002”, conferido pelo “Conselho Estadual Antidrogas” (Cead/RJ) .

A novela abordava questões relacionadas à clonagem, islamismo e dependência química. Em 2003, Gloria Perez ao lado de Jayme Monjardim que era o diretor da novela, foi premiada pelos principais órgãos norte-americanos de combate ao tráfico de drogas, o “FBI” e a “Drug Enforcement Administration” (Dea), pela campanha realizada na novela “O Clone”.

Em 2005 a autora é a responsável pela novela “América”, que abordava temas polêmicos, como o homossexualismo, a imigração ilegal, a cleptomania, entre outros.

A terceira minissérie escrita por Gloria, foi “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes” (2007), baseada nas obras “Terra Caída”, de José Potyguara, e “O Seringal”, de Miguel Ferrante, contando sobre a conquista do Acre.

2009, a autora estreou a novela, “Caminho das Índias”, sob a direção de Marcos Schechtman. “Caminho das Índias” foi a primeira novela brasileira a ganhar o “Prêmio Emmy Internacional”, considerado o “Oscar” da televisão mundial.

O sucesso “Salve Jorge” (2012), foi a décima novela de Gloria Perez, sendo sua trama gravada no Brasil e na Turquia, abordando assuntos polêmicos como o tráfico internacional de mulheres e adoção ilegal. Em 2013, a autora assinou a supervisão de texto da minissérie “O Canto da Sereia”, em quatro capítulos, baseada no romance homônimo de Nelson Motta.

Em 2014 a autora surpreendeu ao escrever a série que conta a história de um serial killer em “Dupla Identidade”. Com 13 episódios, a série teve a direção de René Sampaio e Mauro Mendonça Filho. Bruno Gagliasso num dos seus melhores trabalhos, interpretando o serial killer, onde o ator consegue com um simples olhar, transmitir toda a sua loucura e ao mesmo tempo demonstrar um ser totalmente sedutor, desafiador, frio e dissimulado. Gloria não descartou a possibilidade de uma segunda temporada de “Dupla Identidade”. Agora a autora espera agradar o público com seu novo trabalho “A Força do Querer”, onde estará novamente abordando temas polêmicos, sua marca registrada.

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