Coreia do Sul alarmada com a chegada da frota norte-americana.

A frota naval norte-americana que se move em direção à península coreana alarmou os políticos sul-coreanos, que alertam Washington contra qualquer ação unilateral visando Pyongyang.

O grupo de ataque “Carl Vinson”, que inclui o porta-aviões de mesmo nome, foi enviado no sábado (8) de Singapore para águas coreanas, um movimento visto por muitos como uma demonstração de força pela administração do presidente Donald Trump, em face a uma Coreia do Norte cada vez mais provocante.

O Korea Times informa que políticos de todos os partido, na capital sul-coreana, Seul, incluindo Moon Jae-in, que lidera a corrida presidencial, estão alarmados com a nova presença naval, que ocorre um dia depois de Trump ter ordenado um ataque com mísseis em uma base aérea na Síria, sem primeiro solicitar a aprovação do Congresso.

Os líderes sul-coreanos temem que Trump possa estar mais inclinado do que seu antecessor, a usar poder militar contra a Coréia do Norte, que realizou vários testes de mísseis nos últimos meses e que se acredita estar se aproximando da capacidade nuclear.

“A Coréia do Sul deve ser a proprietária de questões da Coréia do Norte e assumir a liderança, ao invés de deixar … países como os EUA e a China gerenciá-los”, disse Moon aos repórteres no sábado (8), de acordo com o Korea Times.

Se ele conseguir a presidência nas eleições nacionais da Coréia do Sul, no próximo mês, Moon, um membro do Partido Democrático da Coréia, deverá seguir uma estratégia de engajamento com Pyongyang.

Trump se reuniu, na semana passada, com o presidente chinês, Xi Jinping, na Flórida, onde a ameaça de uma Coreia do Norte com armas nucleares estava no topo da agenda.

A Reuters relata que os dois líderes “concordaram” em intensificar os esforços para conter o programa nuclear de Pyongyang, embora não esteja claro quais serão os passos a seguir.