Filipinas: Senadora presa por conexão com drogas adverte Duterte. Uma senadora e crítica presa na guerra contra as drogas do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, advertiu que ele e seus “seguidores cegos” pagarão por ignorar as supostas execuções extrajudiciais e devem parar de tentar enganar o mundo, sua repressão está além do limite.
Leila de Lima, que no ano passado liderou uma investigação do Senado sobre supostos assassinatos sumários durante a campanha antidrogas de Duterte, foi presa na semana passada por acusações relacionadas às drogas.
“Em seu devido tempo, o presidente e aqueles que, cegamente, aplicam suas ordens ilegais para matar, fabricar provas e inventar mentiras serão responsabilizados”, disse De Lima em uma nota manuscrita, publicada na sua página oficial do Facebook na sexta-feira (3).
A senadora estava respondendo a réplicas do escritório do presidente e da polícia sobre um relatório do grupo “Human Rights Watch”, que, na quinta-feira (2), contestou contas oficiais de que milhares de assassinatos foram praticados durante as operações policiais e foram consideradas como legítima defesa.
O grupo, com sede em Nova York, disse que Duterte fechou os olhos para os assassinatos da polícia, em uma “campanha de execução extrajudicial”. O porta-voz do presidente disse que as alegações, sem provas, eram “boatos”.
De Lima, acusada de beneficiar traficantes de drogas nas prisões quando era ministra da Justiça, disse que a negação de homicídios patrocinados pelo Estado e exigências de provas eram insultos à inteligência das pessoas.
“Pare de enganar o nosso povo e o resto do mundo”, disse a senadora, que na semana passada descreveu Duterte como um “sociopata, um serial killer”.
O advogado-chefe de Duterte, Salvadore Panelo, disse que De Lima estava iludida e deveria perceber que um número esmagador de filipinos a queria atrás das grades.
“Em vez disso, ela deve escrever para si mesma e dizer, a si mesma, para parar de enganar a si mesma e as pessoas”, ele postou na rede social Twitter.
“Ela deve aceitar a realidade e a verdade que ela criou a rotina em que está agora.”
Cerca de 8 mil pessoas morreram desde que a repressão às drogas foi lançada, em junho do ano passado, 2.555 em operações onde policiais encontraram resistência violenta.
Muitas das outras mortes estão sob investigação, e grupos de direitos humanos acreditam que a maioria foram execuções sumárias de usuários de drogas, com cumplicidade policial. As autoridades rejeitam essa visão e culpam os vigilantes ou a rivalidade entre gangues.
Duterte disse a repórteres, na sexta-feira (3), que suas promessas de matar foram desprezadas pelos traficantes de drogas, e que poderiam parar o derramamento de sangue se parassem de vender a metanfetamina “shabu”.
“É ruim dizer que vou matar pessoas pelo meu país? É um aviso para pararem”, disse ele.
“Se parar o consumo de shabu hoje à noite, amanhã, posso garantir, não haverá mais mortes relacionadas com drogas.” – Reuters
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