ONU pede investigação sobre a guerra contra as drogas de Rodrigo Duterte. O Presidente admitiu, na semana passada, que matou, “pessoalmente” três homens enquanto era prefeito da cidade de Davao, durante um tiroteio, na década de 1980.
O chefe dos direitos humanos da ONU pediu às autoridades filipinas que investigassem as afirmações do presidente Rodrigo Duterte de que ele matou três pessoas enquanto era prefeito da cidade de Davao, bem como a crescente guerra contra as drogas.
Desde julho, quando Duterte assumiu a presidência, houve 6.000 pessoas mortas na campanha antidrogas do governo – cerca de um terço morreu em operações policiais e o restante foi morto por homens mascarados em motocicleta e grupos de vigilantes.
Zeid Ra’ad al-Hussein, chefe da ONU para os Direitos Humanos, pediu uma investigação – feita em uma declaração emitida em Genebra na terça-feira – que foi provocada pelas recentes observações de Duterte de que como um prefeito de cidade de Davao, em 1988, matou três suspeitos de sequestro em um tiroteio, com o apoio de três policiais.
“As autoridades judiciais filipinas devem demonstrar seu compromisso em defender o Estado de Direito e sua independência do executivo, lançando uma investigação de assassinato”, disse Zeid.
Ele acrescentou que é “impensável para qualquer sistema judicial em funcionamento não fazer processos investigativos e judiciais quando alguém admitiu, abertamente, ser um assassino”.
Os aliados de Duterte no Congresso disseram que o presidente está imune a acusações e não pode ser investigado por ações, alegadamente, cometidas antes de assumir o cargo.
Ele só poderá ser investigado depois que deixar a presidência, acrescentaram.
“De fato, a secretária de Justiça Leila de Lima investigou esses casos e não apresentou delitos puníveis”, disse o deputado Rodolfo Farinas.
“O presidente só poderia ser acusado por atos ou omissões cometidos como presidente.”
Duterte ameaçou retirar as Filipinas das Nações Unidas por suas críticas a sua repressão às drogas, descrevendo a organização mundial como fútil diante dos assassinatos genocidas em outros lugares.
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