Filipinas: Aviso de Duterte aos corruptos, “eu joguei um sequestrador do helicóptero”. Em outra confissão pública de uma execução sumária, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmou, nesta terça-feira, ter jogado um sequestrador de um helicóptero, em meio ao vôo, quando era prefeito da cidade de Davao.
Sua confissão foi um aviso aos funcionários corruptos, que ele ameaçou que sofreriam o mesmo destino, na campanha anti-corrupção do governo, referindo-se a como ele lidou com criminosos no passado, informou o Philippine Star.
“Se você for corrupto, vou buscá-lo com um helicóptero e vou jogá-lo no caminho para Manila”, disse Duterte.
“Eu já fiz isso antes, por que não faria de novo?”
Duterte fez a ameaça contra funcionários corruptos durante um discurso na capital provincial de Camarines Sur, após sua visita à área atingida pelo Tufão Nina.
Ele disse que, assim como a guerra contra as drogas, a campanha anti-corrupção será o foco principal durante seu mandato de seis anos.
De acordo com o Philippine Star, o presidente descreveu o incidente onde ele perseguiu os sequestradores de um cidadão chinês que foi torturado, apesar de receber o resgate para sua liberação.
Ele disse que havia ordenado ao piloto para voar na altura certa, antes de jogar o sequestrador para fora do helicóptero, de modo a não causar uma comoção quando o corpo estatelasse no chão.
No início deste mês, o líder, que já foi apelidado de “The Punisher” por justiçar criminosos, disse que ele, pessoalmente, matou bandidos durante seu mandato como prefeito.
O presidente, que agora enfrenta o calor internacional pela guerra contra as drogas, disse que ele mesmo matou criminosos, para dar exemplo aos policiais sob seu comando.
“Em Davao eu costumava fazê-lo pessoalmente. Apenas para mostrar aos caras (polícia) que se eu podia fazer, eles também podiam”, ele foi citado pela AFP.
“Em Davao, eu patrulhava as ruas com uma grande motocicleta. Eu estava, realmente, procurando um confronto para que pudesse matar.”
A Casa Branca disse que é “profundamente preocupante” o fato de Duterte orgulhar-se do que costumava fazer, em busca de criminosos, enquanto a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas instou as Filipinas a fazer uma investigação de homicídio.
Duterte foi prefeito da cidade de Davao por quase duas décadas. Seu governo foi marcado por centenas de execuções extrajudiciais e a maioria, se não todos, estão ligados a ele, segundo os críticos.
Segundo alegações, os assassinatos foram realizados pelo Davao Death Squad (DDS), que o próprio Duterte havia formado.
Em setembro, durante o inquérito do Senado sobre as execuções extrajudiciais, um homem chamado Edgar Matobato fez uma confissão que abalou as manchetes dos meios de comunicação.
Em seu depoimento, Matobato admitiu que ele tinha sido um dos assassino do DDS, e que ele havia matado mais de 50 pessoas.
Ele também ligou Duterte aos assassinatos, alegando que o presidente havia ordenado ao seu grupo de assassinos perseguir seus rivais, explodir uma mesquita e matar muçulmanos, e criar uma emboscada para a senadora Leila de Lima, quando ela ordenou uma investigação sobre os assassinatos .
Desde que Duterte assumiu a presidência, em junho, mais de 5.000 pessoas foram mortas em sua guerra contra as drogas, cerca de 2.000 pelas polícia e outras 3.000 por grupos de vigilantes.
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