The Biedermeiers lança CD de estréia na Sala Cecília Meireles. O CD de estreia do The Biedermeiers, um duo erudito formado por Max Riccio (guitarra romântica) e Rubens Küffer (flageolet francês e csakan), moradores de Jacarepaguá, será lançado no sábado-18:30h-dia 22 de outubro-no Espaço Guiomar Novaes (sala Cecília Meireles).

thumbnail_20160128e-biedermeiers-fotostefanoaguiar_032Além de tocarem instrumentos de época, Rubens toca num flageolet francês original de época, com mais de 150 anos de vida, sendo o responsável pelo renascimento do (csakan). Os dois músico têm a proeza de gravarem neste disco um repertório de época com instrumentos originais, algo inédito no mundo.

Se faltam novidades, ousadias e excentricidades no cenário musical brasileiro, pode-se afirmar que o The Biedermeiers vem trazer frescor, especialmente ao circuito erudito, mesmo que suas fontes sejam remotas, bem remotas, datadas do século XIX, pelo menos.

11923209_687957244672515_4614199863016303078_nFormado pelo potiguar Max Riccio (guitarra romântica) e pelo carioca Rubens Küffer (flageolet / csakan), o duo lança seu primeiro disco de carreira, no Espaço Guiomar Novaes (Sala Cecília Meireles), dentro da programação da XIII Mostra de Violão Fred Schneiter.

Produzido por Sergio Roberto de Oliveira (A CASA Discos), o disco chega causando alvoroço por suas idiossincrasias: traz na formação a guitarra romântica, difundida na Europa daquela época e hoje resgatada por alguns músicos europeus, em diálogo com o flageolet francês – um “primo” da flauta doce – e o csakan, tido como “morto” por volta de 1850, quando caiu em desuso. Único duo no mundo reunindo os três instrumentos com este repertório romântico, pode-se dizer ainda que o The Biedermeiers é responsável pelo resgate e ineditismo em solo brasileiro, uma vez que não há registros oficiais da utilização destes instrumentos de sopro na história musical brasileira.

1622813_651418704993036_3408437061021593189_nO disco traz no repertório compositores românticos europeus do fim do século XVIII a primeira metade do século XIX. O disco abre com a “Fantasia sobre o hino nacional inglês, Opus 102”, de Ferdinando Carulli para flageolet francês e guitarra romântica. Segue com “Introdução e variações sobre um tema original, Opus 32”, para csakan e guitarra romântica, de Ernest Krähmer. Outra obra para a mesma formação, “Nas asas da canção, Opus 34/2” de Felix Mendelssohn dá sequência ao repertório romântico, com arranjos dentro dos padrões da época,  e o flageolet francês volta a dialogar com a guitarra romântica em “6 variações, Opus 81”,  de Mauro Giuliani.

12112437_710070985794474_3998533074916758264_n Na “Introdução  e variações sobre um tema de Mozart, Opus 9”, de Fernando Sor, a guitarra romântica de Max Riccio reina absoluta nesta obra solo. Variações sobre a ária “Ontem à noite o primo Miguel esteve aqui”, de Carl Scheindienst, reúne o csakan e a guitarra romântica, encerrando o repertório do disco. Assim, as obras de Krähmer e de Scheindienst ganham, neste disco, a primeira gravação da história com seus instrumentos originais, e é a primeira vez que se grava um flageolet francês original dotado de sistema Boehm – o mesmo das clarinetas atuais.

11120538_651419574992949_2967351318408649677_nA influência da música romântica nos séculos XX e XXI foi tão grande que, até os dias de hoje, boa parte dos métodos e escolas utilizados para o aprendizado técnico dos instrumentos ainda pertence ao século XIX. Somente muito recentemente passamos a perceber que os cerca de 200 anos que nos separam do início do Romantismo não poderiam mais ser deixados de lado no que se refere a uma estética que vai desde a concepção acústica dos instrumentos até o seu fraseado musical.

De fato, são ainda muito poucos os conjuntos e orquestras que se dedicam à música do século XIX com instrumentos do período e, no entanto, é muito claro percebermos que ao se ouvir ou se tocar um instrumento original daquela época, assim como em todos os outros períodos da história da música ocidental, seu timbre e suas características expressivas são muito peculiares. The Biedermeiers procura não só reviver essa sonoridade perdida no tempo, como toda a atmosfera de delicadeza, elegância simples e liberdade, tão características da primeira metade do século XIX.

thumbnail_capa-cd-the-biedermeiersCom distribuição nacional da Tratore, o disco é mais um lançamento da gravadora carioca A CASA Discos, com atuação permanente no cenário da música contemporânea, buscando trazer ao público novidades. “Há uma perspectiva musicológica nesse trabalho. Assim como já lançamos um CD com uma música que nunca tinha sido gravada em 200 anos, trazemos agora esse trabalho do duo The Biedermeiers, que gravam em instrumentos históricos – originais e réplicas – uma música que foi escrita originalmente para eles, mas que normalmente nos chega em instrumentos modernos. Assim, podemos nos transportar ao ambiente do século XIX – assim como eles fazem com seu figurino – e ouvir esta música com a sonoridade que compositores e intérpretes pensaram, tocaram e vivenciaram quando foi criada. Viajemos!”, aponta Sergio Roberto de Oliveira, produtor, compositor e diretor da gravadora.

SERVIÇO:
22/10, sábado – The Biedermeiers lança CD de estréia na Sala Cecília Meireles, dentro da XIII Mostra de Violão Fred Schneiter
Local: Espaço Guiomar Novaes
Horário: 18:30h
Endereço: Largo da Lapa, 47, Centro – Rio de Janeiro
Ingressos: R$10,00
Informações: 21 2332-9223 e 2332-9224
Capacidade: 150 lugares
Faixa etária: livre
Facebook: https://www.facebook.com/thebiedermeiers/

Fábio Cezanne

Cezanne Comunicação – Assessoria de Imprensa em Cultura e Arte

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