Militares norte-americanos retiram equipamentos do sul das Filipinas. Unidades militares norte-americanas começaram a retirar alguns dos seus equipamentos, na cidade de Zamboanga, sul das Filipinas, incluindo veículos de transporte.
A polícia de segurança da aviação confirmou a chegada de um avião de transporte C-17, dos EUA, no Aeroporto Internacional de Zamboanga, na terça-feira, que pegou alguns veículos de serviços e equipamentos das tropas norte-americanas.
O chefe da polícia de segurança da aviação, Insp Senior. Roderick Salem, disse que o pessoal de segurança norte-americano veio aqui para garantir o embarque, inclusive de veículos de serviço, perto da torre de controle, no Globe Master C-17, que, imediatamente depois, levantou voo.
Salem disse que militares dos EUA coordenaram a chegada do avião de transporte com a Autoridade de Aviação Civil das Filipinas (CAAP). No entanto, eles não especificaram o calendário, por razões de segurança.
Oficiais militares do Western Mindanao Command (Westmincom) – Comando Ocidental de Mindanao – não quiseram comentar sobre o relato da retirada do equipamento. A embaixada dos EUA, em Manila, também não emitiu nenhum comunicado.
Os militares dos EUA, sob o programa da Força Tarefa de Articulação de Operações Especiais nas Filipinas – Joint Special Operations Task Force-Philippines (JSOTF-P) – terminaram sua missão em fevereiro de 2015, e retiraram suas tropas, que foram implantadas em rodízio por 13 anos, fornecendo assistência técnica e treinamento aos seus homólogos filipinos.
No entanto, os militares dos EUA mantiveram alguns dos seus funcionários em bases de ligação, deixando alguns serviços e equipamentos.
No início deste mês, o presidente Duterte disse que quer as forças militares norte-americanas fora de Mindanao e culpou os EUA de inflamar as insurgências muçulmanas na região.
Duterte também disse que não iria permitir que as forças do governo realizassem patrulhas conjuntas nas águas disputadas, perto do Mar da China Meridional, com potências estrangeiras, aparentemente, demolindo um acordo alcançado com os militares dos EUA, no início deste ano.
Estilo Diplomático
Duterte teve uma relação difícil com os Estados Unidos desde que ganhou a eleição presidencial, em maio. Ele disse que está traçando uma política externa que não dependa dos EUA, e tem tomado medidas para reavivar os laços com a China, que estavam tensas devido a conflitos territoriais de longa data, no Mar do Sul da China.
O porta-voz, Pantaleon Alvarez, manifestou apoio a orientação da política externa independente de Duterte.
Ele disse que as administrações anteriores haviam aderido às políticas dos países ocidentais, particularmente dos EUA e dos membros da União Europeia.
“E agora, pela primeira vez, estamos vendo que o Presidente está seguindo nosso próprio interesse nacional. Talvez não estejamos acostumados a isso “, disse Alvarez.
Ele acrescentou que a condução da política externa é prerrogativa do presidente “e por isso, o estilo particular da diplomacia do presidente Duterte deve ser respeitada.”
“A diplomacia é uma questão de estilo do líder. Assim, a administração deve seguir seu estilo de diplomacia “, disse ele.
Alvarez lembrou que os países que querem suspender ou impor condições à sua ajuda para as Filipinas, como um desdobramento da retórica de Duterte e sua campanha anti-drogas, poderiam fazê-lo.
Ele disse que é hora “de afirmar a soberania do nosso país e evitar a excessiva dependência de ajuda externa.”
Alvarez expressou confiança de que o governo ainda poderá fornecer os serviços necessários para o povo e prosseguir os seus programas de desenvolvimento, mesmo com pouca ou nenhuma ajuda do estrangeiro.
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