China adverte Japão para “não brincar com fogo” no Mar do Sul da China. A China advertiu o Japão, nesta quinta quinta-feira, a “não brincar com fogo” nas águas contestadas do Mar do Sul da China, depois que Tóquio anunciou que poderá patrulhar a região, juntamente com os EUA.

A China enviou aviões de combate, pela primeira vez, ao longo de um estreito perto do Japão, na segunda-feira, como parte de um grupo de mais de 40 jatos dirigidos para treinamento no Pacífico Ocidental.

O movimento seguiu declarações da ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, este mês, que Tóquio aumentará o seu envolvimento no Mar do Sul da China, através da formação conjunta com a Marinha dos EUA, apoiando e capacitando as marinhas regionais das nações aliadas no Sudeste Asiático.

O Ministério da Defesa chinês disse que o objetivo do anúncio era “para atrapalhar a situação no Mar do Sul da China e tentar capitalizar seus interesses nas águas em disputa.”.

“Se o Japão quer realizar qualquer patrulha conjunta ou exercícios conjuntos em águas administradas pela China, é como brincar com fogo, e os militares chineses não vão se sentar e assistir”, disse o porta-voz do ministério, Yang Yujun, em uma conferência de imprensa.

Pequim afirma a soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, rejeitando reivindicações parciais de seus vizinhos do Sudeste Asiático, rejeitando qualquer intervenção por parte do Japão na área.

Nos últimos meses, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, criticou China por rejeitar a decisão de julho do Tribunal Internacional de Arbitragem, que disse que as extensas reivindicações de Pequim sobre as águas em disputa não tinham base legal.

Tóquio, um aliado-chave dos EUA, também está fortalecendo laços de defesa com outros países da região disputada. O Japão e a China estão em desacordo sobre uma faixa territorial no Mar da China Oriental.

Essa disputa relaciona-se com as Ilhas Senkaku, administradas pelo Japão e reivindicas pela China e Taiwan.