Abe e Duterte discutem Mar do Sul da China. O Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, e o Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmaram a necessidade de resolver a questão do Mar do Sul da China pacífica, baseada no Estado de direito.

Abe e Duterte realizaram uma reunião de cúpula no escritório do primeiro-ministro em Tóquio, na quarta-feira.

Duterte está visitando o Japão pela primeira vez desde que assumiu o cargo, em junho deste ano.

No início da reunião, Duterte falou sobre as ilhas artificiais construídas pela China, dizendo que o seu país e o Japão estão na mesma situação, acrescentando que seu país está em busca da paz e quer resolver os problemas de forma pacífica, baseado no Estado de direito.

Duterte acrescentou que as Filipinas sempre estarão ao lado de Japão.

Numa conferência de imprensa conjunta, Abe disse que a questão do Mar do Sul da China é importante para a comunidade internacional, ressaltando que isso afeta, diretamente, a paz e a estabilidade na região.

Abe se referia a uma decisão do Tribunal Internacional de Arbitragem, que rejeitou as alegações da China para quase todo Mar da China Meridional, acrescentando que ambos afirmaram que as disputas marítimas devem ser resolvidas por meios pacíficos e que ameaças e uso das forças armadas não devem ser empregadas.

Abe disse que o Japão congratula a visita de Duterte na China e os seus esforços para melhorar os laços com o país.

Duterte disse que as Filipinas continuarão a trabalhar em estreita colaboração com o Japão e que irá cooperar nas causas comuns, incluindo a questão do Mar do Sul da China, ele enfatizou que partilha os valores da democracia e do Estado de direito.

Duterte disse que, durante os 60 anos de relações diplomáticas bilaterais, o Japão tem sido um amigo especial das Filipinas.

Os 2 líderes concordaram no fornecimento, pelo Japão, de dois grandes navios de patrulha, para ajudar a melhorar a capacidade da guarda costeira das Filipinas.

O Japão também ofereceu empréstimos para impulsionar a atividade econômica nas regiões menos desenvolvidas do país.

Mais tarde, os 2 líderes realizaram uma reunião mais privada, apenas intérpretes e assessores próximos.