Turquia amplia investigações sobre o golpe fracassado

Turquia amplia investigações sobre o golpe fracassado. O governo turco está ampliando sua investigação sobre o golpe que fracassou.

Suspeita-se que pessoas não militares estão por trás da tentativa, incluindo um grupo liderado por um clérigo islâmico.

O golpe foi debelado cerca de 12 horas após ataques de tanques e helicópteros na capital, Ankara, e na maior cidade do país, Istambul, na sexta-feira à noite.

O primeiro-ministro, Binali Yildirim, disse a repórteres, no sábado, que 161 pessoas, incluindo cidadãos e agentes da polícia, foram mortos no processo de colocar abaixo o golpe. Acrescentou que forças do governo mataram 104 soldados revoltantes.

O Presidente, Recep Tayyip Erdogan, prometeu em um discurso a partidários do governo que vai esclarecer onde as coisas ficaram podres na cadeia de comando militar.

Autoridades turcas dizem que até agora foram detidas mais de 2.800 pessoas, incluindo líderes militares. Planejam, ainda, deter mais cerca de 200 juízes e promotores, para ampliar a investigação.

O governo turco acusou seguidores do clérigo islâmico norte-americano, Fethullah Gulen, de desempenhar um papel ativo na tentativa de golpe.

Ele exerce influência sobre os círculos políticos e empresariais da Turquia, e é dito tem o apoio de muitos membros das forças armadas.

O clérigo já foi um aliado do Presidente, mas as relações acidificaram depois que Gulen acusou Erdogan de ser arrogante em lidar com manifestantes anti-governo.

Este ano, as autoridades turcas classificaram o movimento de Gulen como uma organização terrorista.

Gulen falou a jornalistas, no sábado, na Pensilvânia, EUA, onde vive, negando que seu movimento estivesse envolvido na tentativa de golpe da Turquia. Ele chamou a acusação de infundada.

O clérigo disse não acreditar que a comunidade internacional dará crédito à acusação, Acrescentou, também, que a democracia não poderia ser atingida através de uma ação militar.