Japão apela às Nações para não contratar trabalhadores norte-coreanos. O governo japonês tem intensificado seus esforços junto com EUA e Coreia do Sul a exortar os países que estão aceitando trabalhadores da Coreia do Norte para não mais fazê-lo, em uma tentativa de cortar o financiamento para os planos nucleares e de desenvolvimento de mísseis de Pyongyang, disseram, no sábado, fontes próximas ao assunto.
Desafiando as resoluções e advertências do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Coreia do Norte realizou quatro testes nucleares, mais recentemente em janeiro, assim como lançamentos de foguetes.
Nessa altura, o Japão, juntamente com os Estados Unidos e Coreia do Sul permanecem em alerta para um possível quinto teste nuclear pela Coreia do Norte, os três países têm tentado, desde a Primavera, extirpar uma das fontes de financiamento estrangeiro obtidas por trabalhadores norte-coreanos no exterior, disseram as fontes.
O número estimado de norte-coreanos que trabalham no exterior, está agora, entre 50.000 a 60.000 e o montante anual de remessa é de US $ 500 milhões. Pyongyang envia, sistematicamente, pessoas ao estrangeiro para trabalhar, como uma importante fonte de divisas.
Para os norte-coreanos, os principais destinos para o trabalho são a Rússia e a China, que fazem parte dos cinco membros permanentes, com poder de veto, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, juntamente com a Grã-Bretanha, França e Estados Unidos.
Incluindo a Rússia e a China, cerca de 20 países do sudeste da Ásia, Oriente Médio e África também aceitam os norte-coreanos, disseram as fontes, acrescentando que o número tem se expandido desde que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, chegou ao poder após a morte de seu pai Kim Jong Il, em dezembro de 2011.
Caso a Coreia do Norte realize um outro teste nuclear, o Japão, como membro não-permanente do Conselho de Segurança, está prestes a pressionar a elaboração de uma nova resolução, para impor sanções sobre a renda estrangeira, obtidos pelas norte-coreanos que trabalham fora do seu país, disseram as fontes.
Tóquio, Washington e Seul acreditam que o dinheiro ganho no exterior está sendo usado pela Coreia do Norte para desenvolver mísseis balísticos e armas nucleares, mas as tentativas de submeter a renda estrangeira recebida pelos trabalhadores migrantes norte-coreanos como parte das sanções do Conselho, após o teste nuclear em janeiro, falhou, devido à oposição, disseram as fontes.
O Japão, em seguida, decidiu tomar medidas para direcionar o fluxo de remessas para Pyongyang, enquanto Washington lançou em março suas próprias sanções para regular o fluxo de remessas para a Coreia do Norte. Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul reafirmaram sua cooperação sobre o assunto em uma reunião de alto nível, em meados de julho, no Havaí.
Japão e os países aliados têm também como objectivo aumentar a pressão sobre a Rússia e a China, aliados-chave da Coreia do Norte, uma vez que o impacto no corte de financiamento para a Pyongyang não será tão eficaz sem a ajuda de Moscou e Pequim, disseram as fontes.
Existe, também, a questão do ponto de vista humanitário, pois acredita-se que as autoridades norte-coreanas exploram os trabalhadores no exterior, de acordo com as fontes.
O relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos norte-coreanos, Marzuki Darusman, disse em outubro, que a Coreia do Norte tem mais de 50.000 cidadãos no exterior, algo equivalente a trabalhos forçados, para ganhar moeda estrangeira.
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