Confirmado: 7 japoneses mortos no ataque de Bangladesh. O governo japonês disse, na noite de sábado, que foram confirmadas as mortes de sete cidadãos japoneses – duas mulheres e cinco homens – no ataque terrorista em um restaurante de Bangladesh.
O Chefe de gabinete, Yoshihide Suga, disse em entrevista coletiva que a confirmação foi “extremamente lamentável” e condenou o ataque em Dhaka, capital de Bangladesh, que segundos fontes policiais deixaram pelo menos 20 reféns mortos, a maioria deles estrangeiros.
As sete vítimas fatais e um resgatado, estavam trabalhando como consultores para projetos de desenvolvimento da Agência Japonesa de Cooperação Internacional – JICA – em Bangladesh e pesquisando o pesado tráfego pesado na capital, causada pelo rápido crescimento populacional.
“Os engenheiros que trabalhavam para o desenvolvimento de Bangladesh estavam envolvidos no incidente e sinto um forte ressentimento”, disse o chefe da agência, Shinichi Kitaoka.
As vítimas foram identificadas através de fotografias e pertences, disse Suga, mas ele se recusou a revelar seus nomes, alegando que não tinha recebido o consentimento das famílias.
Segundo a Kyodo News, citando fontes próximas ao assunto, revelou que três das vítimas eram Makoto Okamura, 32 anos, Yuko Sakai, e Rui Shimodaira – todos funcionários da empresa de construção e consultoria Almec Corp, com sede em Tóquio. Outra vítima foi identificada como Koyo Ogasawara.
O governo está se preparando para enviar um avião oficial para o país do sul da Ásia, em breve, possivelmente, no domingo, acrescentou o porta-voz governamental.
Os corpos de 20 pessoas foram resgatados do local do atentado, um restaurante onde as pessoas foram mantidas reféns, antes que a polícia invadisse o prédio, em uma operação de resgate, disse Suga, no início do dia.
A JICA, disse neste sábado que sete japoneses, que trabalhavam como consultores, estavam desaparecidos no incidente do restaurante, enquanto outro tinha sido ferido.
O japonês ferido e dois cingaleses estavam entre as 13 pessoas resgatadas na operação policial, de acordo com Suga.
O primeiro-ministro, Shinzo Abe, disse anteriormente, no sábado, quando o destino dos sete japoneses ainda eram desconhecidos que o governo estava fazendo tudo que podia para confirmar a segurança dos sete, mas as circunstâncias eram “terríveis.”
“Eu sinto uma profunda raiva por tantas pessoas inocentes que perderam suas vidas neste ato de terrorismo selvagem e hediondo,” disse Abe a repórteres.
Abe disse que falou por telefone com a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, e agradeceu a ela e ao governo de Bangladesh por sua resposta ao incidente.
O Chanceler japonês, Fumio Kishida, e o seu homólogo de Bangladesh, Abul Hassan Mahmood Ali, em um telefonema no sábado afirmou que os dois países irão coordenar suas respostas à crise.
Os funcionários da Embaixada japonesa disseram que o japonês resgatado está em um hospital, onde está sendo tratado de ferimentos a bala, disse o vice-secretário-chefe do gabinete, Koichi Hagiuda.
O homem, cujas lesões não foram fatais, foi identificado por uma fonte do governo japonês como sendo Tamaoki Watanabe, um funcionário da Almec.
O homem disse às autoridades que ele e mais sete pessoas que trabalhavam no mesmo projeto foram comer no restaurante, quando o ataque começou.
“(Watanabe) disse que não sabe o que aconteceu com os outros sete, uma vez que cada um deles procurou refúgio separadamente quando ocorreu o incidente”, disse Hagiuda.
Kitaoka, da JICA, disse que o governo confirmou a morte dos sete japoneses e que estes tinham sido advertidos para não se aproximarem lugares com alto risco de ataques terroristas.
Os Reféns ficaram sob a mira de armas no Holey Artisan Bakery, um restaurante popular entre os expatriados de Dhaka, depois que homens armados entraram e começaram a disparar indiscriminadamente, na sexta-feira à noite.
O grupo militante Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque na área de Gulshan, em Dhaka.
Em resposta, Abe convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, antes do meio-dia de sábado.
Na sequência dessa reunião, o governo despachou seu vice-ministro das Relações Exteriores sênior, Seiji Kihara, a Dhaka, na noite de sábado para juntar-se a membros da unidade internacional anti-terrorista, para coleta de informações.
Suga disse que o governo criou uma força-tarefa na Embaixada do Japão, na capital de Bangladesh, bem como um gabinete de ligação no escritório do primeiro-ministro, e alertou cidadãos japoneses em viagem para Bangladesh e residentes sobre os potenciais perigos.
O ataque inicial dos terroristas deixou dois policiais mortos e várias dezenas de outras pessoas feridas, disseram fontes oficias de Bangladesh.
As fontes da polícia disseram que um grupo de jovens empunhando armas entrou no restaurante por volta das 20:45 e abriu fogo, detonando explosivos e gritando “Allahu Akbar” (Deus é grande).
Às 22:30, alguns tiros e uma forte explosão foi ouvida em um canal privado de televisão, que mostrava imagens ao vivo da situação.
Grupos de estrangeiros e minorias religiosas têm sido alvo de ataques por parte de grupos extremistas islâmicos em Bangladesh desde setembro do ano passado, mas os ataques a restaurantes são raros.
Em outubro passado, o funcionário japonês de um projeto agrícola, Kunio Hoshi, 66 anos, foi morto a tiros no norte do Bangladesh. Um grupo, que diz ser uma célula do Estado Islâmico, reivindicou a responsabilidade pelo assassinato.
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