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Bangladesh: ataque terrorista deixa pelo menos 20 mortos, inclusive japoneses

Bangladesh: ataque terrorista deixa pelo menos 20 mortos, inclusive japoneses. Pelo menos vinte pessoas, a maioria estrangeiros, foram mortos em um ataque a um café em Bangladesh reivindicado pelo chamado Estado Islâmico.

Homens armados invadiram o café Holey Artisan Bakery em Dhaka, capital de Bangladesh, na noite de sexta-feira, antes que tropas do governo invadissem o local, quase 12 horas depois.

Seis atacantes foram mortos e um foi preso, disseram autoridades. O Primeiro Ministro de Bangladesh, Sheikh Hasina, declarou luto nacional de dois dias.

Nove italianos, sete japoneses, um cidadão norte-americano e um indiano também morreram.

O General Brigadeiro do Exército de Bangladesh, Naim Asraf Chowdhury, disse que as vítimas tinham sido “brutalmente” atacadas com armas afiadas.

O ministro do Exterior da Itália, Paolo Gentiloni, disse que um outro italiano ainda não estava contabilizado entre as vítimas. Muitos dos italianos, supostamente, trabalhavam na indústria textil.

O Japão disse um dos seus cidadãos estava entre as 13 pessoas resgatadas. Os sete que morreram eram consultores da Agência de Ajuda Estrangeira do Japão, e o Primeiro Ministro, Shinzo Abe, disse que “estavam fazendo de tudo e acompanhando o desenvolvimento da situação em Bangladesh”.

Dois cingaleses estavam entre os resgatados.


Quem são as vítimas?

Nove italianos, segundo o Ministério das Relações Exteriores italiano: Cristian Rossi; Marco Tondat; Nadia Benedetti; Adele Puglisi; Simona Monti; Claudia Maria D’Antona; Vincenzo D’Allestro; Maria Rivoli e Claudio Cappelli

Sete japonês. Os nomes ainda não foram liberados.

Três bengaleses identificados pela mídia nacional como sendo: Faraaz Ayaaz Hossain e Abinta Kabir, estudantes da Universidade de Emory, nos EUA, e Ishrat Akhond. Acredita-se que Abinta Kabir também poderia ser um cidadão dos EUA

Um índio. Tarushi Jain, 18 anos, que era um estudante na Universidade de Berkeley, na Califórnia.


O chamado Estado Islâmico, liberou fotos de cinco homens dizendo que realizaram o ataque. Os militantes, sorridentes, posam em frente a uma bandeira preta.

O Grupo de Inteligência SITE, que monitora redes jihadistas, disse que as imagens identificam os agressores por “nomes de guerra”, indicando que eram Bangladesh.

O jornal Daily Star, de Bangladesh, disse que os atiradores torturavam qualquer um que não fosse  capaz de recitar o Corão. Eles alimentaram, à noite, somente os cativos de Bangladesh, disse.

“Foi um ato extremamente hediondo”, disse Hasina, em um comunicado televisionado. “Que tipo de muçulmanos são essas pessoas? Eles não têm qualquer religião.”

A relative tries to console Semin Rahman, covering face, whose son is missing after militants took hostages in a restaurant popular with foreigners in Dhaka, Bangladesh, Saturday, July 2, 2016

Map of Dhaka showing location of Holey Artisan Bakery

Sumon Reza, um supervisor do café, no bairro Gulshan de Dhaka, conseguiu fugir para o telhado quando os atacantes entraram.

“Todo o edifício tremeu quando eles detonaram os explosivos”, disse à mídia local. Mais tarde, ele saltou do telhado e escapou.


A tensão é palpável, diz o correspondente da BBC, Sanjoy Majumder, na cena do crime

A Rua 79, na luxuosa área de Gulshan, em Dhaka está extremamente silenciosa. A rua está cercada com barricadas e dezenas de policiais fortemente armados.

“Por favor, senhor, afaste-se,” nos diz um policial, educadamente, mas com firmeza.

A tensão no ar é palpável. Enquanto mais equipes da mídia chegam, o policial perde a paciência e grita com seus homens, dizendo-lhes para se certificarem de que ninguém atravesse a barricada.

O Holey Artisan Bakery é um conhecido e movimentado café, popular entre os expatriados e moradores ricos.

“Há um terraço ao ar livre com vista para um lago”, disse o prefeito de Dhaka, Annisul Huq.

“É por isso que ficou tão popular. É um lugar tranquilo e sereno. Não posso acreditar que isso aconteceu com minha cidade, eu simplesmente não posso.”

Ele interrompeu uma viagem a Moscou e está visivelmente abalado.

Pessoas ao redor conversam em sussurros. Há medo no ar, mas também descrença na natureza do ataque e a brutalidade dele – o direcionamento seletivo de estrangeiros e a maneira como foram mortos.


O ataque começou quando os homens armados invadiram o café, cerca de 21:20 (15:20 GMT) na sexta-feira, e abriram fogo.

Relatos da mídia citam testemunhas dizendo que eles gritaram “Allahu Akbar”, que significa “Deus é grande”.

Pelo menos dois policiais foram mortos em trocas de tiros e 30 policiais ficaram feridos.

Uma declaração da agência de notícias Amaq, do auto-denominado Estado Islâmico, disse que os militantes atacaram um restaurante “freqüentado por estrangeiros”.

O ataque aconteceu após uma série de assassinatos de blogueiros, ativistas gays, acadêmicos e membros de minorias religiosas, atribuídos a militantes islâmicos.

SourceBBC

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