Super-Estado Europeu revelado: nações da União Européia “serão transformadas em uma” pós-Brexit. Os planos dos chefes políticos europeus de aproveitarem o Brexit, para transformar os países do continente em um gigantesco superestado, foram revelados ontem.
Os ministros das Relações Exteriores da França e da Alemanha revelaram um plano para, efetivamente, acabar com os Estados membros individuais, no que está sendo descrito como um “ultimato”.
Sob as propostas radicais, os países da União Européia perderão o direito a ter seu próprio exército, direito penal, sistema de tributação ou banco central, com todos os poderes sendo transferidos para Bruxelas.
A controvérsia entre Estados membros também perderia lugar, com os países flexibilizando suas fronteiras, incluindo o processo de admissão e relocação de refugiados.
A plano provocou fúria e pânico na Polônia – um tradicional aliado da Grã-Bretanha na luta contra o federalismo – após ter sido vazado pelo canal de notícias polonesa TVP Info.

A emissora pública relata que a proposta bomba será apresentado em uma reunião do grupo de Visegrad – países formados por Polônia, República Checa, Hungria e Eslováquia – pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, hoje à tarde.
Trechos do relatório, de nove páginas, foram publicados hoje, com os líderes da Alemanha, França e Itália se reunindo em Berlim, para conversações sobre a crise Brexit.
No preâmbulo do texto os dois ministros escrevem: “Nossos países compartilham um destino comum e um conjunto comum de valores ?? que dão origem a uma união mais estreita entre os nossos cidadãos. Vamos, portanto, lutar por uma união política na Europa e convidar os vizinhos europeus a participarem neste empreendimento “.
As revelações aconteceram apenas alguns dias após a Grã-Bretanha ir contra a criação de Bruxelas, votando para deixar a União Europeia, em um movimento que alguns preveem como sendo a ruptura da União Europeia.
Alguns Estados membros estão profundamente descontentes com o projeto insidioso de federalismo europeu, com sentimentos anti-UE no leste da Europa, Escandinávia e França.

Respondendo ao plano, o ministro do Exterior polonês, Witold Waszczykowski, se enfureceu: “Esta não é uma boa solução, é claro, porque desde a criação da União Européia até agora, muita coisa mudou.
“O clima nas sociedades europeias é diferente. A Europa e os nossos eleitores não querem deixar a UE nas mãos de tecnocratas.
“Portanto, eu quero discutir sobre isso, se esta é, realmente, a receita certa no contexto do Brexit.”
Há profundas divisões no seio da UE, no momento, sobre como proceder com o projeto, à luz da votação Brexit.
Alguns têm advertido contra tentar forçar uma maior integração política, alertando que ao fazê-lo contra a vontade dos povos europeus só irá alimentar ainda mais o sentimento anti UE.
Algumas semanas antes da votação do Brexit, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, alertou que os “cidadãos europeus não partilham do entusiasmo de alguns de seus líderes de “uma utopia na Europa, sem interesses conflitantes e ambições, a utopia da Europa impor seus próprios valores ao mundo, uma utopia de unidade euro-asiática “.
Ele acrescentou que: “Cada vez mais, os cidadãos questionam o próprio princípio de uma Europa unida. O fantasma de uma ruptura está assombrando a Europa e a visão de uma federação não me parece ser a melhor resposta para isso.”
Sua visão foi apoiada pelo líder dos países da zona euro, o político holandês Jerome Dijsselbloem, acrescentou que: “Na zona do euro, alguns estão pressionando para a união monetária através da criação de uma união política plena, um governo econômico da zona euro ou mesmo um orçamento euro … para mim é óbvio.”
“Precisamos reforçar o que já temos e terminá-lo, porém não vamos acrescentar mais extensões ao parlamento europeu, enquanto a situação estiver instável”.
Enquanto isso, Lorenzo Condign, o ex-diretor geral do Tesouro da Itália, disse que é quase impossível a Europa optar por uma maior integração em um momento de turbulência.
Ele disse que: “Parece difícil imaginar que o resto da UE vá cerrar fileiras e ir em direção a uma maior integração, rapidamente. Simplesmente, não há vontade política.
“De fato, o risco é exatamente o oposto – ou seja, que as forças centrífugas venham a prevalecer e fazer a integração ainda mais difícil.”
Mas outros veem a votação Brexit como uma oportunidade para avançar com o sonho, há muito acalentado, da elite europeia, da criação de um Estados Unidos da Europa.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Garcia-Margallo, pediu “mais Europa”, enquanto o ministro das Finanças da Itália, Carlo Padoan, está defendendo um orçamento comum para os Estados da zona euro.
Emmanuel Macron, ministro da Economia da França, quer ir ainda mais longe e criar um Tesouro comum da zona do euro que iria supervisionar a transferência permanente de fundos dos países mais ricos, ao norte, para apoiar as economias mediterrânicas.
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