Japão refuta a afirmação de Pequim, pela navegação de navio de guerra. Um alto burocrata do Ministério das Relações Exteriores refutou a justificativa da China de que um de seus navios de guerra estava exercendo o direito de livre passagem através de um estreito internacional, quando navegou dentro e ao redor de águas territoriais japonesas no início deste mês.
“A área está em águas territoriais do nosso país. À luz da utilização efetiva, não pode ser chamado de um estreito internacional”, como a China reivindica, disse o vice-chanceler, Shinsuke Sugiyama, que assumiu o cargo em 14 de junho, à Kyodo News em uma entrevista.
Nas últimas incursões de navios militares chineses em águas territoriais japonesas, Sugiyama disse que: “As circunstâncias são diferentes em cada caso, mas, como um todo, é extremamente indesejável. Tenho sérias preocupações com as crescentes atividades militares da China.”
A China defende a navegação de seu “navio de inteligência” dentro e nas cercanias das águas japonesas, perto da ilha Kuchionoerabu, à sudoeste do Japão, dizendo que estava atravessando um “estreito internacional”, através do qual navios estrangeiros têm trânsito livre, sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do o mar.
Observando que o artigo da Convenção da ONU descreve um “estreito internacional” como sendo uma área de águas utilizada para a navegação internacional, Sugiyama disse que a área em questão “nunca foi um estreito utilizado para a navegação internacional.”
Tóquio apresentou um protesto a Pequim após a primeira incursão de uma fragata naval chinesa, em 9 de Junho, numa zona contígua, fora das águas territoriais japonesas, porém, nas cercanias das ilhas Senkaku, controladas pelo Japão e reivindicadas pela China, no Mar da China Oriental.
Sobre as relações Japão-China, Sugiyama disse que ambos os lados precisam “duplicar” seus esforços para manter o diálogo, observando que os dois países concordaram, pela primeira vez, em construir “laços estratégicos, mutuamente benéficos” em 2006, sob a primeira administração do primeiro-ministro Shinzo Abe. “Os dois países estão voltando a esse ponto”, disse ele.
Nas suas relações com a Coreia do Norte, o Japão deve permanecer dedicado a resolver a questão relativa a seus cidadãos sequestrados pelo país nos anos 1970 e 1980, disse Sugiyama.
“Quero chegar a uma solução o mais rápido possível”, disse ele.
Recordando as últimas negociações Tokyo-Pyongyang sobre a questão dos sequestros em 2012, em que ele tinha tomado parte como diretor-geral do Bureau de Assuntos da Oceania e Ásia do Ministério, Sugiyama disse que “realmente sente muito (pelas famílias dos sequestrados) que nada tenha sido resolvido desde então.”
Em meio a crescentes preocupações sobre as aspirações da Coreia do Norte em desenvolver tecnologia nuclear e de mísseis, Sugiyama disse, o Japão irá “dedicar seus máximos esforços diplomáticos” para resolver os problemas de desenvolvimento nuclear e de mísseis, com a oportunidade de assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU, em julho.
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