Rhaissa Bittar da voz aos objetos inanimados no álbum Matéria Estelar. Rhaissa Bittar passou a infância cantando com seu microfone de plástico roxo. Aos 16 anos participou de montagens musicais e ganhou dois prêmios de melhor atriz no 17º Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo, no conservatório de Tatuí, e no 3º Festival Estudantil de Teatro em Sorocaba, no Sesi. Aos 17, caiu no chorinho, e no samba, e integrou o grupo de Coisa Linda de Deus, que se apresentou à, então primeira dama norte americana, Laura Bush durante sua visita à ONG Aprendiz criada pelo jornalista Gilberto Dimenstein. Aos 18, partiu para Taiwan, na China, onde fez intercâmbio escolar durante um ano e teve aulas de música, canto e dança tradicionais do país.
Foto by Rodolfo Magalhães
De volta ao Brasil, gravou uma campanha publicitária com a música Don’t Let me be Misunderstood. Diante do sucesso do vídeo, que ficou disponível na internet, Rhaissa foi convidada para cantar em um desfile de grife e teve grande repercussão nas redes sociais. Com o apoio da Panela Produtora, a jovem cantora gravou seu primeiro disco, Voilà, ao lado de músicos como Maurício Pereira, Nailor Proveta, Daniel Szafran, Michel Leme, Ricardo Herz, Banda Paralela, Lulinha Alencar entre outros. O disco tem três composições da própria Rhaissa e mistura suas raízes tupiniquins com referências de jazz e música popular chinesa.
O álbum Voilà foi lançado em 2010, quando Rhaissa foi indicada como a cantora que “Vai fazer barulho” pelo jornal O Estado de S. Paulo. Desde então, o show de Voilà percorreu os palcos do Sesc, Áuditório Ibirapuera, Virada Cultural SP, Casa de Francisca, entre outros de São Paulo, Bahia, Paraná, e principalmente de Pernambuco, onde o show ganhou destaque no RecBeat, no Espaço Cultural Santander, no Espaço Muda e Muda FIG. Durante a divulgação de Voilà, críticas positivas foram publicadas nos principais veículos do país (os jornais Folha de S. Paulo, Folha PE, Jornal do Comercio, O Estado de S. Paulo; os portais da MTV, G1, Uol, entre outros sites e blogues) além das entrevistas no Programa do Jô, noticiários da Globo PE, SP e BA, e Record (com apresentação de Heródoto Barbeiro).

Convidada a participar de outros projetos, Rhaissa gravou “Xote das Meninas” para a exposição do SESI intitulada “Baixio dos Doidos” (jun/2012) que homenageou Luiz Gonzaga na cidade de Caruaru e também teve as participações de Dominguinhos, Arnaldo Antunes, Otto, Naná Vasconcelos; em 2011 gravou O Vira para uma releitura do disco conhecido como Banquete das Cabeças da banda Secos e Molhados; e cantou ao vivo no show do Paulinho Moska no Tom Jazz em São Paulo e no show “Ao Rei do Baião” no Sesc Vila Mariana que, teve as participações de Fagner, Siba, Felipe Cordeiro e Spok sobre a direção de Lirinha.
No segundo semestre deste ano, Rhaissa lança o novo disco Matéria Estelar, projeto da Panela Produtora com participação de Jum Nakao na direção estética. No álbum, a jovem dá voz a objetos como uma pera, que leva um fora de um caju; uma lista telefônica que desempregada consegue uma função de peso no Sebo do Messias; e até o brinco de pérola da menina retratada na obra-prima do pintor holandês Johanenes Vermeer ganha vida nos apólogos do CD.

Matéria Estelar leva as aflições humanas ao mundo dos objetos inanimados. Uma pera leva um fora de um caju; uma lista telefônica desempregada consegue uma função de peso no Sebo do Messias; até o brinco de pérola da menina retratada na obra-prima do pintor holandês Johannes Vermeer ganha vida nos apólogos de Matéria Estelar, o novo disco da cantora Rhaissa Bittar. A singularidade de Matéria Estelar não está apenas nas alegorias das letras, que mesclam humor e um tanto de melancolia, ou no lirismo das melodias – aparentemente simples, mas com saídas harmônicas surpreendentes –, ou mesmo na interpretação singular de Rhaissa Bittar. O disco também conta com um jeito incomum de produção musical nos dias de hoje. Gravação ao Vivo – Um desafio para o técnico de som Gravar os takes com a presença dos músicos tocando juntos, ao vivo, foi a busca do produtor Daniel Galli.
Com todas as dificuldades que essa forma de gravar carrega, o efeito é patente na forma orgânica que se dá às oscilações dinâmicas da música, nas tensões e, sobretudo, na empatia entre os artistas. “Muitas das canções foram arranjadas com a ajuda dos músicos na hora da gravação”, diz o produtor. Para encarar tamanha empreitada, Daniel e seu sócio Filipe Trielli contaram com a experiência do técnico de som João Carlos “Janjão” Vasconcelos para transformar a ampla sala de estar da Panela Produtora em um espaço de gravação com o que há de mais sofisticado em tecnologia de áudio, convocaram um time de músicos estelares e partiram para colocar a idéia em pé. Big Bands O resultado positivo desse esforço é notável em todo o disco. Há o registro vigoroso do frevo O Guarda-Chuva, com a participação da big band Spok Frevo Orquestra – 17 músicos com naipes de saxofones, trombones, trompetes, além de guitarra, contrabaixo, bateria e percussão.

Na levada jazzística de Artifício, as imagens pirotécnicas saltam do disco para a imaginação do ouvinte. No jazz rasgado A Lista, que abre o CD, Rhaissa é acompanhada por outra big band, esta formada por dezesseis músicos escolhidos pelo maestro, clarinetista e saxofonista Nailor Azevedo, o Proveta. Com arranjo do próprio maestro, a canção traz um tanto da influência da era do Swing com seus ataques de metais e nuances melódicas. Proveta assina ainda os arranjos de metais de Pérola do Brinco da Moça e da instrumental Interlúdio. Outro destaque é a divertida Palitoterapia. A canção é ambientada numa caixa de fósforos onde os palitos relatam seus dramas da convivência coletiva compulsória. Para cantar os “depoimentos” dos palitos (todos chamados Paulo!), foram escalados quatro cantores, todos chamados… Paulo: Paulinho Boca de Cantor, Paulinho Mosca, Paulo Padilha e Paulo Tatti. O grand finale deste choro explode num coro de quarenta vozes – o número de palitos numa caixa. Há também o tom dramático da belíssima A Magnífica História Nunca Dantes Contada Sobre o Amor da Adaga de Lady Macbeth Pelo Coração do Rei Duncan, (provavelmente o maior título de música de todos os tempos), composição de Filipe Trielli, que contou com a participação do Ricardo Herz Trio.

Rhaissa encerra o CD cantando a salsa minimalista Matéria Estelar. Aqui, a atmosfera do ritmo caribenho é apenas sugerida, navega lentamente pela melodia hipnótica da canção. Jum Nakao Uma obra com tantos elementos fantásticos não poderia deixar de ter um grande projeto visual. Assim, Rhaissa e Daniel convocaram o designer e diretor de criação Jum Nakao para assumir a direção artística de Matéria Estelar. Jum Nakao é mundialmente reconhecido por seus impactantes trabalhos nas mais diversas áreas. Seu desfile com vestidos de papel, A Costura do Invisível, é considerado um dos maiores desfiles do Século pelo Museu de Moda de Paris. A apresentação do Brasil no encerramento das Olimpíadas de Londres 2012, leva a sua assinatura. Seus trabalhos fazem parte de diversas citações bibliográficas e de importantes museus e galerias em todo o mundo.
Cosmos A inspiração de Daniel e de Rhaissa para o conceito do CD veio da frase registrada pelo cientista Carl Sagan no documentário Cosmos: somos feitos de matéria estelar. Com a palavra, a cantora, “tudo isso aqui no mundo pode ser farinha do mesmo saco. Tanto faz fulana, cicrana, pera, lista, leque… as histórias estão aí para ser contadas, cantadas, ouvidas…”. O Show Todos os elementos e tradições do teatro musical estão no show de lançamento do álbum Matéria Estelar, cuja turnê já passou por Pequim (China). Com texto em versos, roteiro e direção musical de Daniel Galli – autor da maioria das canções – , Rhaissa interpreta uma boneca que canta as vicissitudes e amores de seres inanimados. A atmosfera fantástica do espetáculo ganha potência com o cenário em forma de livro pop up, concebido pelo designer Jum Nakao, diretor artístico do espetáculo. Com um misto de tecnologia e artesanato em papel, o livro conduzirá músicos e cantora por seu interior, virando as páginas a cada história cantada. Nakao também assina o figurino de Matéria Estelar. W.
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