Grandes grupos do Japão como a Bridgestone, a Honda e a Sony decidiram hoje suspender as operações nas suas fábricas localizadas no sudoeste do país, onde um terremoto causou nove mortos e danos significativos. AFP
A prefeitura de Kumamoto, na ilha de Kyushu, onde foram registados fortes abalos durante esta noite, abriga inúmeras unidades de produção.
A Honda foi obrigada a parar as operações na sua fábrica de montagem de motos, estando a avaliar os danos, indicou um porta-voz à agência AFP.
O gigante eletrónica Sony, que tem uma unidade de fabril de semicondutores na região, também suspendeu o funcionamento, “apesar de o impacto [do terremoto] não parecer ter sido significativo”.
A mesma decisão foi tomada pelo fabricante de pneus Bridgestone, que está analosando os danos que, à priori, serão mínimos, de acordo com um porta-voz.
A companhia de eletricidade da região, a Kyushu Electric Power, garantiu, entretanto, não ter sido registado qualquer tipo de anomalia na central nuclear de Sendai, onde se encontram os únicos dois reatores atualmente em funcionamento no Japão.
O terremoto de magnitude 6,4 na escala de Richter, que atingiu a ilha de Kyushu, foi o maior sentido no Japão desde o de 11 de março de 2011, que foi seguido de um `tsunami`, provocou 18 mil mortos e desaparecidos e deu origem, na central de Fukushima, ao pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
Após o terramoto foram sentidas dezenas de réplicas, as quais podem continuar nas próximas semanas.
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