Alerta de viagem contra o Zika Vírus se estende para Africa e Oceania. Alerta de viajar para mulheres grávidas foram estendidos para mais oito países ou territórios em meio a preocupações com uma doença que causa graves defeitos congênitos.
Na quarta-feira, relatórios do Brasil dizem que o número de recém-nascidos com suspeita de microcefalia ou cabeças anormalmente pequenas, desde outubro, tinham atingido cerca de 4.000.
As autoridades brasileiras acreditam que o aumento é causado por um surto do vírus Zika transmitida por mosquitos.
Alertas por autoridades de saúde dos Estados Unidos agora cobrem partes da África e Oceania.
Um neurologista brasileiro, disse à BBC que o país está em uma “situação de emergência”.
Ministério da Saúde do Brasil reporta que houveram 3.893 casos suspeitos de microcefalia desde outubro, quando as autoridades notaram, pela primeira vez, um aumento acima dos 3.500 casos relatados da semana passada.
O que é o Zika Vírus?
- É transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre amarela
- Foi descoberto pela primeira vez na África na década de 1940, mas agora está se espalhando na América Latina
- Os cientistas dizem que há cada vez mais evidências de uma ligação entre o vírus e a microcefalia, que leva bebês que nascerem com pequenas cabeças
- Enquanto Zika Vírus pode levar a febre e uma erupção cutânea, a maioria das pessoas não apresentam sintomas, e não há nenhuma cura conhecida
- A única maneira de lutar contra o Zika Vírus é limpar águas estagnadas onde os mosquitos se reproduzem e proteger-se contra picadas de mosquito
A ligação entre a microcefalia e o Zika Vírus ainda não foi confirmado, mas um pequeno número de bebês que morreram tinham o vírus em seu cérebro e não há outra explicação para o aumento da microcefalia.
A condição cerebral pode ser fatal ou causar deficiência mental e atrasos no desenvolvimento.
Quarenta e nove bebês com suspeita de microcefalia morreram, diz Ministério da Saúde do Brasil. Em cinco desses casos, foi encontrada uma infecção com o Zika Vírus.
O Brasil vive o maior surto conhecido de Zika Vírus, com a maioria dos casos no Nordeste do país. Outros casos foram detectados no sudeste, uma área que inclui Rio de Janeiro e São Paulo.
Houve um aumento acentuado no número de casos de Zika em vários outros países latino-americanos.
Na Colômbia, mais de 13.500 casos foram relatados, e o Ministro da Saúde do país tem aconselhado as mulheres para adiar a gravidez.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA emitiram alertas de viagem para as mulheres nas semanas iniciais de gravidez na semana passada, e adicionou mais oito locais à lista na sexta-feira. As advertências agora se estendem a:
- América Central e do Sul: Bolivia, Equador, Guiana, Brasil, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Suriname e Venezuela
- Caribe: Barbados, San Martin, Haiti, Martinica, Porto Rico e Guadalupe
- Oceania: Samoa
- Africa: Cabo Verde.
“O vírus encontra as condições perfeitas no Brasil”, diz Ricardo Lourenço, que estuda doenças infecciosas tropicais no Instituto Oswaldo Cruz do Brasil, à agência de notícias Reuters. “Um vetor muito eficiente que ama o sangue humano, milhões de vítimas sensíveis e sem anticorpos, clima ideal e muitos lugares para se reproduzir.”
Davis Ferreira, virologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse à BBC que o Brasil estava enfrentando uma crise semelhante à África Ocidental com o surto de Ebola: “Temos recém-nascidos, milhares de recém-nascidos com microcefalia.”
“E não sabemos o que está por vir. Estamos em uma situação de emergência.”
O Rio de Janeiro deverá sediar os Jogos Olímpicos em agosto. O país está esperando receber 10.500 atletas internacionais e muito mais espectadores para assistir.
Fonte: bbc http://www.bbc.com/news/world-latin-america-35385829
- B-21 Raider realiza primeiro voo com sucesso nos EUA - 3 de julho de 2025 8:50 am
- Onda de forte calor atinge grande parte do Japão - 3 de julho de 2025 8:33 am
- Trump diz que trégua de 60 dias em Gaza segue incerta - 3 de julho de 2025 8:20 am