Imagem: Divulgação – A grande onda de refugiados provenientes dos países do Oriente Médio e África faz com que os países europeus endureçam os procedimentos de entrada e saída de migrantes.
No domingo (13), as autoridades alemãs tomaram a decisão de usar as cláusulas previstas no Código de Fronteiras Schengen que permitem temporariamente reintroduzir o controlo fronteiriço entre os países da União Europeia. O país, que só uma semana atrás criticou a Hungria pelo tratamento inadequado dos refugiados, agora não é capaz de dar resposta a um colossal fluxo de migrantes, praticamente sem controlo.
“Temos de reforçar o controlo fronteiriço aqui porque nos últimos dias descobrimos que muitas pessoas que chegam aqui, na verdade, não são refugiados.Recentemente se tornou popular a opinião que tudo dará resultado se disserem que são da Síria”, disse o ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann.
Segundo a AFP, reagindo à decisão da Alemanha, as autoridades austríacas anunciaram que também introduzirão o controlo fronteiriço. “Sim, vamos fazer o que a Alemanha fez, ou seja, a reintrodução do controlo fronteiriço temporário previsto no acordo de Schengen”, disse a ministra de Interior austríaca Johanna Mikl-Leitner aos jornalistas na segunda-feira (14) em Bruxelas.
A Áustria e Alemanha são países da zona de Schengen onde não há controlo fronteiriço interno, mas funciona o controlo da fronteira exterior. Aproximadamente 44 mil refugiados chegaram à Alemanha em setembro este ano, principalmente através da fronteira entre a Áustria e a Baviera.
A mesma decisão foi tomada na segunda-feira (14) pela Eslováquia, que reintroduziu o controlo na fronteira com a Hungria e a Áustria. A representante do Ministério do Interior eslovaco disse, “Trata-se das medidas temporárias. O controlo reforçado não significa o fim de Schengen”.
A Bélgica e a Polônia podem seguir igualmente o exemplo da Alemanha e Áustria e reintroduzir o controlo nas fronteiras em caso de um grande influxo dos refugiados dos países do Oriente Médio e África.
“Somente caso tenhamos uma situação semelhante [introduziremos o controlo fronteiriço], mas agora isso não é relevante”, informa o jornal Le Soir citando o secretário-geral belga pelos assuntos de asilo e migração Theo Francken.
“Se houver alguma ameaça para a fronteira polaca, o controlo vai ser introduzido”, disse o primeiro-ministro da Polônia, Ewa Kopacz, informa a AFP.
Segundo os dados da Organização Internacional de Migração divulgados na sexta-feira (11), este ano mais de 430 mil refugiados chegaram à Europa através do Mar Mediterrâneo. O maior número de refugiados é proveniente da Síria e do Afeganistão. Alguns especialistas escrevem que a atual crise humanitária na Europa é a pior desde a Segunda Guerra Mundial.
Leia mais: br.sputniknews.com
- Encerrada a 33ª Exposição de Artistas Estrangeiros em Nagoia - 5 de novembro de 2018 4:21 pm
- Editorial: Bolsonaro e a quebra de paradigmas - 29 de outubro de 2018 2:40 pm
- Resultado é comemorado com festa e fogos em frente à casa de Bolsonaro - 29 de outubro de 2018 2:04 pm