A ilha de Hashima foi evacuada em 1974 e atualmente representa uma atração nada comum no país, com prédios abandonados e ruínas macabras
Os mais belos Patrimônios Mundiais da Unesco costumam ser obras de arte da arquitetura, lugares históricos ou destinos lindíssimos. Porém, a cerca de 20 quilômetros de Nagasaki, no Japão, o título foi dado para uma atração nada comum. A “ilha fantasma” de Hashima é um lugar insólito. Ela dá certo frio na barriga com seus prédios abandonados e cenário macabro, mas tem grande importância para a história do país por ser um símbolo da revolução industrial no século 19.
O destino, também conhecido como Gunkanjima (“barco de guerra”), funcionou por quase um século (de 1887 a 1974) como um dos principais pontos de mineração de carvão em águas profundas da região. O lugar era habitado por mais de cinco mil pessoas em uma área de menos de um quilômetro quadrado, sendo, em 1959, a maior densidade populacional do mundo. Depois que o petróleo se transformou a principal fonte de energia, a ilha foi evacuada e abandonada, como a Pod City, em Taiwam.
Hashima era um centro de exploração de trabalho forçado, principalmente o de imigrantes sul-coreanos. Os representantes da Coreia do Sul se negavam a permitir que o título de Patrimônio Mundial da Unesco fosse dado ao local enquanto o reconhecimento da escravidão não fosse declarado pelo Japão. Depois de um tratado com os dois países, a situação se estabilizou e a ilha, que é uma das mais remotas do planeta, ganhou o prêmio cultural. Outros 23 lugares que foram símbolo da revolução industrial no país, no século 19, também receberam o prêmio cultural.
A paisagem é surreal. As construções em ruínas deixam o clima bizarro, que atrai diversos turistas curiosos. Dentre as instalações caindo aos pedaços que podem ser visitadas com o guia, há uma escola, complexos residenciais, restaurantes e lojas. Segundo as agências, o tour é seguro, diferente dos passeios nas usinas Nucleares de Fukushima; mas há dúvidas quando se observa os prédios destruídos. Uma curiosidade é que a ilha foi usada como cenário para o filme do personagem James Bond, “007: Operação Skyfall” (2012).
Depois de dois anos de abandono a “ilha fantasma” foi transformada em atração turistica em 2009.Sem dúvidas é um dos pontos de interesse mais macabros que existem. Há diversos tours em barcos que saem de Nagasaki para o local. O passeio dura, em média, três horas e custa cerca de 3,4 mil ienes por pessoa (R$ 87)*.
Conversão feita no dia 6/7/2015 com valores correspondentes a R$ 1 = 38 Ienes.
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