O foco da coalizão anti-EI é combater a infiltração de soldados do grupo terrorista não só na Turquia, mas nos países de onde os militantes provêm, afirmou o emissário norte americano Brett McGurk.
“Quase todos eles (os combatentes estrangeiros do EI) estão chegando da Turquia. Nós sabemos disso “, disse McGurk.
O emissário explicou ainda que a Turquia tem tomado medidas ativas para detectar terroristas circulando em suas fronteiras, apesar do grande número de pessoas que entram no país diariamente.
Outro problema para a detecção de terroristas estrangeiros são as numerosas rotas de contrabando na fronteira turca com a Síria, que já existem há centenas de anos, acrescentou.
A coalizão anti-EI vem procurado garantir que seus esforços estejam focados não só na Turquia, mas nos países de onde os combatentes provêm, disse McGurk.
Em abril de 2014, o Ministério do Exterior da Síria acusou a Turquia de fornecer apoio logístico e militar direto a grupos terroristas que operam no norte do país.
Vastos territórios da Síria, país que enfrenta uma guerra civil desde 2011, estão atualmente sob o controle do EI. Os militantes capturaram partes do território nacional em 2012, e em 2014 expandiram-se para o Iraque. Várias células do grupo terrorista também operam na Líbia, no Iêmen e em outros territórios no Oriente Médio e no Norte da África.
Muitos grupos terroristas insurgentes, como EI e a Frente Nusra, estão ativos no país. A fronteira com a Turquia é conhecida por ser amplamente utilizada por supostos militantes com o intuito de cruzar para a Síria. Ancara afirma que tenta manter os estrangeiros longe da fronteira, mas que é incapaz de lidar plenamente com o afluxo de jihadistas aspirantes.
Países como a Rússia acreditam que as ações e estratégias norte-americanas contra o EI ainda não produziram os resultados desejáveis por conta dos duplos padrões utilizados por Washington, que permitem aos terroristas agir de maneira mais organizada e “não hesitar em perpetrar os crimes mais hediondos na realização do seu objetivo, a criação de um califado transfronteiriço em um vasto território de Damasco a Bagdá”, segundo afirmou nesta quinta-feira (28) o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Na mesma ocasião o chanceler anunciou que a Rússia e os Emirados Árabes Unidos vão aumentar a cooperação na luta contra o terrorismo no Oriente Médio, região abalada pela crescente ameaça imposta pelo Estado Islâmico.
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