Proibida a vigília anual do massacre de Tiananmen pela primeira vez
A polícia de Hong Kong proibiu a vigília anual em memória do massacre de 1989 na Praça Tiananmen, no qual Pequim usou a força para reprimir os movimentos estudantis pró-democráticos.
A polícia, nesta segunda-feira (1º), notificou um grupo de cidadãos que organiza o evento que não dará permissão para realizar este ano. Eles citaram a preocupação com a propagação do coronavírus chinês como o motivo. É a primeira vez que o evento não será realizado desde o seu início, em 1990.
O evento anual é realizado no dia 4 de junho para lembrar aqueles que foram mortos e para pedir que a verdade venha à tona. Os organizadores dizem que 180.000 pessoas participaram do evento do ano passado.
As pessoas não podem falar sobre o incidente em público na China continental, mas Hong Kong pode realizar manifestações e passeatas sob o princípio de “um país, dois sistemas.”
O grupo cívico, porém, está preocupado que encontros como este possam ser proibidos a partir do próximo ano por causa da legislação de segurança nacional planejada para Hong Kong. No mês passado, Pequim adotou um plano para introduzir a legislação que iria reprimir as atividades anti-governamentais.
Lee Cheuk-yan, que representa o grupo cívico, diz que não vê porque o governo considera inaceitáveis as manifestações políticas enquanto permite a retomada das escolas e karaokes.
Ele culpou o governo de Hong Kong por proibir a reunião, como se a legislação já estivesse promulgada. O organizador planeja realizar uma manifestação on-line na noite de 4 de junho.
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