Segunda geração de imigrantes brasileiros sofre exclusão no Japão

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Maior barreira para integração de brasileiros nas novas culturas é o idioma.   Jovens da segunda geração de imigrantes brasileiros no Japão sofrem de exclusão e dificuldade de integração no país em que nasceram ou foram criados desde cedo.

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Segundo o Itamaraty, a dificuldade de integração de brasileiros nascidos ou criados no exterior é mais grave no Japão, onde há, segundo o ministério da Justiça japonês, 36.869 crianças e adolescentes brasileiros até 14 anos de idade – 17,55% do total de brasileiros residentes. Diferentemente dos pais, eles não aceitam ser tratados como estrangeiros, mas esbarram em dificuldades como não dominar o idioma como os nativos. Segundo a ministra Luiza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, sem o domínio completo da língua, acabam sendo identificados facilmente pelos japoneses e tratados como estrangeiros – mesmo sendo cidadãos do país. “Os pais (desses jovens) vieram ao país com uma mentalidade diferente, só para trabalhar. Já a segunda geração vê (no cotidiano do japonês) como poderia ser a vida deles e como ela não é”, disse a ministra. Esse problema não existe, segundo ela, em países onde o idioma é de mais fácil assimilação como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.

Evasão escolar

Anderson Yuiti Kinjo (foto: arquivo pessoal) Anderson Yuiti Kinjo nasceu no Japão, fala o idioma, mas diz ter certeza de ser 100% brasileiro De acordo Lopes da Silva, a segunda geração tenta frequentar escolas japonesas, mas muitos acabam abandonado as carteiras escolares e assim diminuindo suas chances de inclusão. Os motivos da evasão são a dificuldade dos cursos e a incapacidade dos pais, que também não dominam a língua perfeitamente, de dar apoio nas tarefas de casa, algo essencial no sistema educacional japonês. Segundo a ministra, outro termômetro dessa falta de integração é a baixa quantidade de casamentos entre japoneses e descendentes de brasileiros. Além da barreira do idioma, as diferenças culturais e a alta concorrência no mercado de trabalho dificultam ainda mais a integração. Anderson Yuiti Kinjo, de 18 anos, nasceu no Japão, mas nunca frequentou a escola japonesa. Terminou o ensino médio em uma instituição de ensino brasileira. “Na época que comecei a estudar, havia muitos boatos sobre bullying contra estrangeiros nas escolas japonesas e, por isso, meus pais optaram pelo ensino em português”, disse à BBC Brasil. “Gosto muito do Japão, falo bem o japonês, mas não me sinto completamente à vontade aqui”, disse o rapaz, que planeja voltar para o Brasil para continuar os estudos. Ele não está satisfeito com o emprego em uma linha de montagem de eletrônicos na província de Gunma. Ao contrário de boa parte dos colegas, Yudi Taniguti, também de 18 anos, conseguiu acompanhar a escola japonesa. Ele chegou ao Japão com os pais, vindo de Caldas Novas (GO), quando tinha 2 anos de idade. Taniguti trabalha em uma fábrica de eletrônicos. “Minha mãe fala que a vida no Japão vai ser sempre a mesma, sem oportunidades. Já no Brasil acho que teria mais chances”, disse.

No limbo

Yudi Taniguti (foto:arquivo pessoal) Yudi Taniguti fica dividido entre o Japão e o Brasil “A situação dos filhos de imigrantes deve ser sempre acompanhada com atenção. Se crescer já é um processo cheio de descobertas, mesmo no país natal, o desafio é muito maior quando se mora em um país tão diferente”, disse o diplomata Paulo Henrique Batalha, da Embaixada do Brasil em Tóquio. Já o sociólogo e professor da Universidade Musashi, Angelo Ishi, afirmou que os filhos de brasileiros correm o risco de não dominar bem nenhum dos dois idiomas. “Não importa se é o português ou o japonês, o jovem tem de estudar e aprimorar os conhecimentos a ponto de poder manejar pelo menos uma língua em nível avançado”, afirmou. Para Ishi, esses jovens estão num “limbo” entre a sociedade japonesa e a comunidade brasileira no Japão. “A ironia é que, quanto mais um jovem sobe um degrau de escolaridade e se integra à sociedade japonesa, no geral, ele acaba se distanciando dos conterrâneos. Por isso, a comunidade brasileira continua órfã em termos de jovens líderes bilíngues”. Para tentar amenizar os problemas enfrentados pelos jovens brasileiros, os governos brasileiro, japonês, e a iniciativa privada têm desenvolvido projetos. Entre eles, está o Arco-Íris, do Ministério da Educação do Japão. Criado em 2009, o programa tem como objetivo a escolarização das crianças estrangeiras que moram no Japão. Com ênfase no ensino da língua japonesa, o objetivo dele é facilitar a transição de alunos de escolas brasileiras para o sistema de ensino público japonês, gratuito. Mais de 5 mil jovens já foram beneficiados pelo projeto. O Itamaraty vem monitorando o problema e tem projetos semelhantes de assistência a estudantes. O principal deles funciona em Hamamatsu. Para Ishi, o grande desafio das próximas gerações de filhos de imigrantes brasileiros é conquistar diplomas universitários. “Não há fórmula segura para ascensão social, seja em qual país for, que não seja através dos estudos”, afirmou.

Paraguai

Segundo a ministra Lopes da Silva, os filhos de imigrantes brasileiros que vivem no Paraguai também enfrentam barreira semelhante com a língua guarani – que também é falada no país, ao lado do castelhano. Os “brasiguaios”, como são conhecidos, formam hoje uma comunidade de 200 mil pessoas no Paraguai. Outros cerca de 300 mil têm dupla nacionalidade, segundo o Itamaraty. “A proximidade com o Brasil e a facilidade para cruzar a fronteira também dificulta a integração”, disse a ministra. Segundo ela, a facilidade de voltar para o Brasil faz com que muitos tenham dificuldades de se identificar como paraguaios. Atualmente, o Itamaraty promove conferências regulares com especialistas e autoridades dos dois países com o objetivo principal de integrar a comunidade de descendentes de brasileiros na sociedade paraguaia. Projetos educacionais também estão em estudo. Para a diretora do Departamento Consular do Itamaraty, essa dificuldade de integração das comunidades no Paraguai e no Japão deve ser um estágio transitório, que deve ser superado com o tempo. Fonte bbc brasil

Como reconhecer os sintomas do ‘vírus’ do amor em seu corpo

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Pesquisadores afirmam que o amor tem comportamento parecido com o de uma doença Apaixonar-se é uma questão de química. Literalmente. Engloba uma série de reações corporais que cientistas acreditam terem sido desenvolvidas para garantir a sobrevivência de nossa espécie. De forma parecida com a de uma doença, os sintomas físicos são claramente identificáveis: mãos suadas, perda de apetite, face enrubescida e batimento cardíaco acelerado. O amor também tem estágios diferenciados, cada um ditado por uma série de substâncias químicas que detonam diferentes reações físicas. Há a fase da luxúria, um desejo sexual básico, que pode progredir e se transformar em um “apego” mais comum em longos relacionamentos. Porém, um fato interessante é que, segundo cientistas, os estágios não precisam ocorrer necessariamente nessa ordem. Leia mais: Cenas de sexo no cinema ainda são tabu? “Você pode sentir uma forte ligação com algum colega de escritório ou em seu círculo social e aí, meses ou mesmo anos depois, as coisas mudam. De repente, você se apaixona por ele ou ela”, explicou à BBC a pesquisadora Helen Fisher, da Rutgers University, em Nova Jersey (Estados Unidos). Casal de mãos dadas Os diferentes estágios do amor não precisam ocorrer na mesma ordem Em cada um desses estágios, cientistas identificaram grupos de substâncias químicas atuando. Eles são:

Estágio 1: Luxúria

A luxúria é “alimentada” por dois hormônios: a testosterona e o estrogênio. A testosterona, ao contrário do que se pensa, não é restrita aos homens. Ela também tem um papel de destaque no desejo sexual feminino.

Estágio 2: Atração

É neste estágio que as pessoas apaixonadas não pensam em outra coisa. Elas podem até perder o apetite e dormir menos, preferindo passar horas sonhando acordadas com seu novo interesse amoroso. Leia mais: São Paulo concentra metade dos casamentos gays do Brasil, diz IBGE Isso é “culpa” de um grupo de enzimas neuro-transmissoras chamadas monoaminas. Mais precisamente de três delas:
  • Dopamina: Também ativada pela cocaína e pela nicotina, causa sensação de euforia.
  • Norepinefrina: Conhecida também como adrenalina. Faz com que suemos e acelera os batimentos cardíacos.
  • Serotonina: Uma das mais importantes substâncias da “química do amor”, e que pode fazer com que fiquemos temporariamente insanos.Rato do desertoA surpressão do hormônio vasopressina nos ratos do deserto deteriora ligação entre parceiros

Estágio 3: ‘Apego’

Este é o estágio que se instala após a atração, se um relacionamento durar. Se a atração durasse para sempre, nada mais que bebês seriam feitos num relacionamento. O ‘apego’ é um compromisso mais longo e este laço é que mantém os casais juntos. Casal em pose íntima Ao contrário do que se pensa, a testosterona também é um hormônio fundamental para o desejo feminino Neste estágio, cientistas acreditam que dois hormônios liberados pelo sistema nervoso têm papel na formação de laços. Vasopressina: Outra importante substância química nos compromissos de longo termo. Pesquisas com ratos do deserto sugerem que a supressão de vasopressina em machos faz com que a ligação entre parceiros deteriore imediatamente, com a perda de devoção e a falha em proteger a parceira de novos pretendentes. Oxitocina: Produzida pelo hipotálamo, uma glândula cerebral, e liberada tanto por homens e mulheres durante o orgasmo, a oxitocina ajuda a fortalecer ligações entre casais, segundo cientistas. A teoria é simples: quanto mais um casal fizer sexo, mais forte o elo entre eles fica. Fonte bbc Brasil

Itália propõe à ONU liderar intervenção militar na Líbia

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Itália propõe à ONU liderar intervenção militar na Líbia ANDREI NETTO – CORRESPONDENTE / PARIS 16 Fevereiro 2015 | 16h 57

Governo de Matteo Renzi põe à disposição ao menos 5 mil homens para intervenção terrestre após franquia do EI matar 21 coptas

Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, durante cúpula em Viena, em novembro RELACIONADAS PARIS – O governo da Itália vai propor ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) uma intervenção militar na Líbia, com envio de tropas terrestres para combater o Estado Islâmico. Roma se propõe a liderar o esforço militar enviando pelo menos 5 mil homens, parte de uma força internacional sob seu comando. O objetivo é evitar a instalação de um “califado” a 350 quilômetros da costa sul da Itália, situação que também preocupa a França e a Grã-Bretanha. A proposta foi revelada um dia depois de jihadistas que juraram lealdade ao Estado Islâmico terem decapitado 21 cristãos coptas egípcios na Líbia.   A iniciativa de uma intervenção foi revelada pela ministra da Defesa da Itália, Roberta Pinotti, em entrevista publicada ontem pelo jornal Il Messaggero. Segundo ela, uma coalizão de países europeus e da região seria organizada em torno das tropas terrestres italianas.   “A Itália está pronta a liderar na Líbia uma coalizão de países da região, europeus e da África do Norte, para parar a progressão do califado que chegou a 350 quilômetros de nossa costa”, afirmou. “Nós estamos discutindo há meses, mas agora se tornou urgente.” De acordo com a ministra, o Ministério das Relações Exteriores da Itália vai apresentar na quinta-feira ao Parlamento, em Roma, os detalhes da proposta de intervenção. “O risco é iminente, e não podemos mais esperar. A Itália tem exigências de defesa nacional e não pode ver um califado governando na costa oposta.   A ideia é agir dentro “do sistema de legalidade internacional”, o que significa passar pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em 2011, quando do levante líbio contra o ditador Muamar Kadafi, o conselho chegou a aprovar duas resoluções autorizando o uso da força para a defesa da população civil. A decisão abriu o caminho para os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e para a entrega de armas a milícias rebeldes, passos determinantes para a queda do regime.   No sábado, em entrevista à rede de TV pública TG1, o primeiro-ministro, Matteo Renzi, já havia exortado a comunidade internacional a agir. “Nós devemos acordar. É preciso uma missão mais forte da ONU. A Itália está pronta, no quadro de uma missão da ONU, a desempenhar seu papel para defender uma ideia da liberdade na região mediterrânea”, disse ele, que descartou que haja uma invasão da Líbia pelo Estado Islâmico, mas a adesão de algumas milícias ao grupo terrorista originário da Síria e do Iraque. “A comunidade internacional tem todos os instrumentos a sua disposição se ela quiser intervir. A proposta é esperar pelo Conselho de Segurança”, disse o premiê.   Antes de defender a intervenção militar terrestre, o governo italiano – ex-colonizador da Líbia – tomou a precaução de fechar a embaixada de Roma em Trípoli, a última representação ocidental ainda aberta, alegando “insegurança”.   Em comunicado, o presidente da da França, François Hollande, pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater a implantação do Estado Islâmico na Líbia. Em nota divulgada após uma conversa telefônica com o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sissi, o Palácio do Eliseu exortou a comunidade internacional a tomar novas medidas para enfrentar o perigo” de implantação do grupo terrorista no Norte da África. Fonte Estadão

Indonésia adia execução de brasileiro

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Segundo imprensa local, execução de Gularte deveria ocorrer ainda neste mês A Indonésia adiou a execução de prisioneiros, inclusive do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, prevista para este mês, alegando que a prisão onde as sentenças de morte seriam cumpridas não está pronta. Rodrigo, de 42 anos, está preso desde julho de 2004, após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte no ano seguinte. O porta-voz do procurador-geral da Indonésia, Tony Spontana, disse à BBC que “está quase certo” que as execuções não serão realizadas neste mês, mas não anunciou quando elas irão ocorrer. As penas de morte são realizadas na ilha de Nusakambangan e, segundo ele, os preparativos se atrasaram. A família de Rodrigo, no entanto, tenta impedir que ele seja executado, solicitando a transferência do brasileiro para um hospital psiquiátrico, após um médico do governo indonésio tê-lo diagnosticado com esquizofrenia. Leia mais: Por que as execuções cresceram na Indonésia A família espera que o diretor do presídio onde Rodrigo é mantido assine o laudo médico na quarta-feira. O documento, então, deverá ser enviado ao procurador-geral da Indonésia, que poderá solicitar a transferência do brasileiro para um hospital, disse à BBC Brasil Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo, que está na Indonésia. Este é o último recurso para evitar a morte de Rodrigo, já que seus dois pedidos de clemência foram negados e, segundo a família, a lei indonésia proíbe a morte de um prisioneiro que não esteja em plenas condições mentais. Na Indonésia, a execução é por fuzilamento. “A pressão está fazendo efeito”, disse ela, por telefone. “Ele realmente está doente e precisa de tratamento, não estamos inventando”. Snowing in Bali Rodrigo (à esquerda) e Marco Archer, que foi o primeiro brasileiro a ser executado no exterior, no mês passado A mãe de Rodrigo, Clarisse Gularte, esteve com ele na prisão nesta terça-feira. Segundo Angelita, Rodrigo teve “conversas desconexas e falava nada com nada”. “O mundo dele é outro, a realidade dele é outra. Não adianta falar (com ele). Ele não acredita em nada”, disse ela. No mês passado, outro brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia – o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos – foi executado com outros cinco prisioneiros, apesar do pedido por clemência feito pela presidente Dilma Rousseff. Leia mais: ‘Corredor da morte’ na Indonésia tem até avó britânica O presidente indonésio, Joko Widodo, se elegeu no ano passado após prometer rigor no combate ao crime e que negaria pedidos de clemência. O governo tem defendido o direito de usar a pena de morte para enfrentar o que chama de situação de emergência causada pelo tráfico de drogas. O adiamento também beneficia outros prisioneiros, inclusive dois australianos – Myuran Sukumaran e Andrew Chan – condenados à morte em 2006 por liderar um grupo de tráfico de drogas conhecido como “Os Nove de Bali”. Eles são mantidos em Bali e ainda têm que ser transferidos para Nusakambangan. Mais cedo, o procurador-geral H.M. Prasetyo disse que a transferência dos australianos havia sido adiada para que eles pudessem passar mais tempo com seus familiares. * Colaborou Alice Budisatrijo, da BBC em Jacarta Fonte: BBC Brasil

Brasileiro é preso por tocar coxa de policial dentro de trem em Aichi

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O caso ocorreu em um trem da linha Meitetsu, entre as estações de Higashi Okazaki e Chiryu, na noite de terça MASAMICHI MAEDA/ALTERNATIVA     Okazaki – Um brasileiro de 42 anos foi preso sob acusação de tocar no corpo de uma mulher dentro de um trem na província de Aichi, informou a emissora local Chukyo Terebi nesta quarta-feira. A mulher, de 40 anos, é na verdade uma policial que segurou o brasileiro até entregá-lo às autoridades de uma estação, por volta das 20h30 de terça-feira. A policial disse que o brasileiro, que estava sentado ao lado dela, tocou em sua coxa. O caso ocorreu em um trem da linha Meitetsu, entre as estações de Higashi Okazaki e Chiryu. O acusado, que mora em Fukuroi (Shizuoka), disse que estava dormindo e foi acordado pela mulher. “Posso ter tocado, mas foi sem querer”, disse ele, segundo a emissora de TV. Fonte: Alternativa Online

Bolsa de Tóquio tem o maior nível em 15 anos

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A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de quinta-feira no maior nível desde maio do ano 2000, após a divulgação de bons dados sobre a economia japonesa e com o otimismo sobre o acordo entre a Grécia e a Eurozona. O índice Nikkei 225 fechou em alta de 0,36% e ganhou 65,62 pontos, a 18.264,79 unidades. O novo recorde coincide com a saída da recessão do Japão e o anúncio de que o Banco Central nipônico seguirá com a política de flexibilização monetária. AFP Kazuhiro Nogi

Japão: polícia acusa 7 brasileiros de arrombar mais de 500 carros

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Prejuízos causados às vítimas chegam a mais de ¥20 milhões em 11 províncias, num período de dois anos MASAMICHI MAEDA/ALTERNATIVA     Otsu – Sete brasileiros com idades entre 19 e 28 anos foram acusados pela polícia de Shiga de arrombar mais de 500 carros em 11 províncias no período de quase dois anos, informou o jornal Sponichi nesta sexta-feira. Os 524 casos apurados pela polícia, envolvendo arrombamentos e roubos de objetos que estavam no interior dos veículos, além de roubos de carros, ocorreram entre outubro de 2012 e agosto do ano passado em Shiga, Gifu, Aichi e outras províncias. Os prejuízos causados às vítimas chegam a mais de ¥20 milhões. Segundo a polícia, os brasileiros gastavam o dinheiro gerado pelos roubos em diversão. Entre os sete brasileiros, cinco adultos já tinham sido condenados por outros roubos e estão cumprindo pena. Um menor está no reformatório e o outro tinha recebido liberdade, mas estava sob vigilância. Eles deverão ser julgados novamente pelos 524 arrombamentos. Fonte: Alternativa Online

Nova vacina contra HIV mostra resultados animadores

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Em teste com terapia genética, cientistas conseguir deixar macacos protegidos contra o vírus Macacos totalmente protegidos contra o vírus do HIV. Esse foi o resultado de um teste de uma nova vacina contra o HIV, que deixou a comunidade científica animada. A abordagem da vacina, cujo estudo acaba de ser publicado na revista Nature, é bastante radical. Normalmente, as vacinas treinam o sistema imunológico para combater infecções. Mas nessa nova vacina os pesquisadores do instituto de pesquisa Scripps, com sede na Califórnia, alteraram o DNA dos macacos para dar às células deles propriedade para combater o HIV. Leia também: HIV está se tornando menos mortal e infeccioso, diz estudo A equipe diz que a descoberta é “incrível” e que vai começar os testes em humanos em breve. Consultados pela BBC, cientistas independentes – não ligados ao instituto – também se entusiasmaram com os resultados do teste.

DNA

A técnica usa terapia genética para introduzir uma nova seção de DNA dentro das células musculares saudáveis. Nessa parte de DNA há tipos de “instruções” para a criação de ferramentas para neutralizar o HIV, que então é bombardeado para fora da corrente sanguínea. Nos testes, os macacos ficaram protegidos contra todos os tipos de HIV durante ao menos 34 semanas. Como os macacos também desenvolveram proteção diante de altas doses do vírus, isso também pode ajudar pacientes que já tenham HIV, de acordo com os cientistas. “Estamos mais perto de uma proteção universal (contra o HIV) do que qualquer outra abordagem feita por outras vacinas”, disse o cientista Michael Farzan, um dos líderes do estudo. “Mas ainda temos muitos obstáculos, especialmente em como fazer uma vacina segura para ser aplicada em um grande número de pessoas.” Isso porque em uma vacinação convencional, o sistema imunológico responde apenas depois de estar diante de uma ameaça. Já nesta abordagem, a terapia genética transforma células em fábricas que expelem constantemente “matadores de HIV” – e as implicações a longo prazo disso são desconhecidas. Apesar dos entraves, cientistas de outras instituições comemoraram os resultados. “Essa pesquisa é bastante inovadora e é uma promessa que nos leva em duas importantes direções: obter uma proteção a longo prazo contra o HIV e colocar o vírus em remissão, no caso de pessoas já infectadas”, disse o pesquisador Anthony Fauci, do National Institutes of Health, dos EUA. Fonte: BBC Brasil