Programa O Sul em Cima

Direção de Kleiton Ramil e apresentação de Márcio Celli

A direção do programa é do músico, cantor, compositor e escritor Kleiton Ramil que faz parte da dupla musical Kleiton & Kledir e a apresentação é de Márcio Celli, compositor e cantor.

Está no ar desde 2010 e é transmitido por várias rádios do Brasil e exterior. Recebemos em 2011 o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e indicações ao PPM – Prêmio Profissionais da Música de 2021.

O programa é semanal e  tem aproximadamente 1 hora de duração.

Novembro de 2022

Temporada 2022 – Programa 37

IARA GERMER é gaúcha e há 50 anos reside em Florianópolis.. Iara cria, a partir da cidade-ilha, música brasileira! Brasilidade que sentimos ao ouvir suas canções com o cheiro da mata, o frescor das águas e a força dos Orixás. Iara, cujo nome vem da mitologia indígena, e significa Sereia de águas doces, também canta o amor, o cotidiano, canta a vida.  Atuou durante muitos anos como advogada. Sempre cantou, mas atua profissionalmente como cantora desde o ano de 2008 com repertórios de clássicos de bossa e samba. Em 2014, a composição passou a fazer parte de sua trajetória. Iara já fez diversos shows temáticos, como “Canto Negro”, “Iara Canta Baden Powell”, “Som pra Orixá”, dentre outros, sempre acompanhada por músicos de excelência da cena musical catarinense. Criou e se apresentou com diversos projetos, tais como “Samba da Saia”, “Mulheres do Samba”, “Sarau de Iaiá”, “Tem Bossa no Samba” e também se apresentou em festivais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 2016, fez parte da organização do Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras Florianópolis, onde apresentou duas canções. Entre seus projetos estão sua carreira solo, o Coletivo “Elas por Elas”, o “Duo Feito à Mão” e o “Coletivo Odara”. Atualmente, com 2 CDs gravados  – Proteção, de 2017 e Canção da Terra, de 2020, ambos com direção do baixista e parceiro Rafael Calegari –  apresenta-se com seu repertório autoral ao lado dos filhos e também parceiros Pedro Germer, no violão e guitarra, e Neno Moura, na bateria e percussão. Além de 2 CDs e vários singles gravados, Iara tem um livro de poemas lançado, pela Editora Insular, com ilustrações de Tita Schames – O fio da palavra –  e está escrevendo sobre Violeta Parra.   Músicas do álbum ‘Proteção (1 à 3)’: 01 – Pequena Serenata – Iara Germer // 02 – Proteção – Iara Germer e Rafael Calegari // 03 – Sete Orixás – Iara Germer // 04 – País (single) – Iara Germer, Neno Moura e Pedro Germer // 05 – Canção da Terra – Iara Germer e Pedro Germer // 06 – Grito do Tambor – Iara Germer (músicas 5 e 6 do álbum Canção da Terra)

DUDA BRACK – Duda Brack é atriz e cantora. Nascida em Porto Alegre (RS). iniciou seus estudos e vivências musicais na capital. Em 2011, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na faculdade de música da UNIRIO e começou a se apresentar no circuito de shows autorais.  Em 2014, Duda Brack trabalhou na construção de seu primeiro álbum, intitulado “É”. No disco a artista recompõe oito canções inéditas de compositores contemporâneos. “É” flerta com o rock sem renegar o signo de brasilidade inerente à sua essência; mixa suas referências e constrói uma nova linguagem musical híbrida, forte e singular. Lançou seu álbum de estréia em 2015. Dois anos depois, passou a integrar o grupo Primavera nos Dentes, um tributo aos Secos & Molhados, juntamente a Charles Gavin, Paulo Rafael, Pedro Coelho e Felipe Ventura.  A estréia na televisão, foi na novela Além da Ilusão (2022), da Globo.

Caco de Vidro (2021) é o segundo álbum em carreira solo de Duda Brack. O trabalho que conta com lançamento pelos selos Alá e Matogrosso, de Ney Matogrosso, mais uma vez reforça a parceria entre a artista gaúcha e Gabriel Ventura. O álbum Traz uma sonoridade pop experimental que bebe da fonte da MPB e também de ritmos latinos e conta com participações de Ney Matogrosso, BaianaSystem, Lúcio Maia (Nação Zumbi) e Cuca Ferreira (Bixiga 70).  Músicas: 01 – Ouro Lata – Duda Brack – vozes: Duda Brack e Ney Matogrosso – ft. BaianaSystem  // 02 – Saída Obrigatória – Chico Chico e Duda Brack // 03 – Tu – André Vargas e Júlia Vargas // 04 – Sueño con Serpientes – Silvio Rodriguez // 05 – Macho Rey – Ian Ramil e Juliana Cortes // 06 – Caco de Vidro – André Vargas // 07 – Man – Alzira Espíndola e Itamar Assumpção 

Temporada 2022 – Programa 36

MAÍRA BAUMGARTEN – Socióloga, escritora, compositora e cantora, Maíra tem formação também em comunicação pública. Fez curso de Gestão da Produção Cultural com Dedé Ribeiro e dedica-se à música desde o ano 2000, quando participou da montagem do show A MPB saiu no Brasil Dourado produzido pela Escola Cordas & Cordas e dirigido por Ernani Poeta. É criadora do Clube da MPB, um projeto de valorização e popularização da música brasileira que, em 11 anos de existência, apresentou mais de 20 edições homenageando grandes compositores brasileiros, sempre com artistas locais convidados. Também projetos de encontros com o Clube de Jazz e com a Oficina de Choro e Samba fazem parte da rotina do Clube da MPB onde Maíra é curadora, cantora e percussionista. Maíra integra a Oficina de Choro do Instituto Ling e realizou algumas edições da Oficina Panderô. 

Maíra Baumgarten lançou o álbum Rodatempo em fevereiro de 2022. Com direção musical de Mathias Pinto, o disco traz canções de Maíra, Priscila Meira, Orestes Dornelles, Marco Farias, Mário Falcão e Mathias Pinto. Gravado em 2021, em um mundo atravessado por uma pandemia que interferiu diretamente na forma das relações, o disco fala de amor e outros temas, incorporando a tensão e os medos trazidos pelo momento que atravessamos, assim como a necessidade de preservar a natureza, o coletivo e os afetos. Além disso, esse novo trabalho se debruça sobre as sonoridades do Sul, Transita pela estética do frio, mas também contém o calor do baião, do samba e do ijexá, a dramaticidade do bolero e a delicadeza da valsa. 

Músicas: 01 – Linha – Tiago Rinaldi // 02 – Medo do Escuro – Priscila Meira // 03 – Gira – Maíra Baumgarten // 04 – Manias de Amor – Priscila Meira // 05 – Premonição – Orestes Dornelles 

OSSO PROJECT  nasceu  em 2002, criado por Adal Fonseca e Luciano Granja, amigos de adolescência de Porto Alegre. Um laboratório onde bateria e guitarra se encontram em sessões inspiradas, com o rec ligado. Na edição, os registros de loops e samples totalmente originais viram trilhas perfeitas para muitas histórias.  Uma mistura de rock e música eletrônica, o selo de qualidade da dupla garante um resultado singular. Parceiros durante cinco anos na banda Engenheiros do Hawaii, atualmente Luciano Granja é guitarrista de Armandinho e Adal Fonseca é baterista de Paula Toller. A dupla segue firme com o Osso Project e lançou em 2020 o primeiro  disco intitulado – OSSO (com dez faixas originais) – disponível nas principais plataformas digitais de música. 

O álbum foi produzido, gravado e mixado por Adal Fonseca e Luciano Granja  e masterizado por Tiago Becker

Luciano Granja, nasceu em Porto Alegre em dezembro de 1972.  É  guitarrista renomado por seu extenso currículo ao lado de grandes nomes como Engenheiros do Hawaii, Kleiton e Kledir, Pitty e Armandinho. Além de desenvolver trabalhos independentes como Osso, IndiviDuo e Leme (com Deleve e Flu).  Também desenvolve o projeto Luciano Granja Grupo, tendo dois discos lançados ( Luciano Granja Grupo Vol 1 e Vol II de 2016 e 2018).  Adalberto da Costa Fonseca Filho, mais conhecido como Adal Fonseca,  nasceu em Porto Alegre em outubro de 1972, é baterista e ficou no Engenheiros do Hawaii por alguns anos – de 1996 até 2001  e em 2011 na volta da banda Kid Abelha  passou a integrá-la. Mas sua carreira é longa e ele já tocou com diversos artistas, como Lobão, Preta Gil,  Ritchie, Pepeu Gomes, Roberto Menescal, Gilberto Gil, entre outros. Atualmente trabalha no projeto solo da Paula Toller, Kleiton e Kledir entre outros. 

Músicas (de Adal Fonseca e Luciano Granja): 01 – Linha Vermelha // 02 – Morph // 03 – Atalaia // 04 – Bioled // 05 – Kotoloko – André Fonseca, Adal Fonseca e Luciano Granja – feat. André Fonseca e Luciano Mendes  // 06 – Milongaço – feat. Beto Machado // 07 – Sambasurf – feat Fernando Peters   

Temporada 2022 – Programa 35

CONSUELO DE PAULA – Cantora e compositora de Pratápolis (MG) que mora atualmente em SP, lançou em julho / 2019 o álbum Maryákoré, sétimo disco de sua carreira. Nele, a mineira selecionou músicas que contêm elementos de duas matrizes da raça brasileira: a negra e a indígena. Maryákoré é um trabalho autoral desafiador, forte, transcendente. O título é como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti), oré (nós em tupi guarani), yakoré (nome próprio africano).

Consuelo é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical de seus próprios trabalhos. A trilogia Samba, Seresta e Baião (1998), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004) compõem seus primeiros lançamentos, seguidos do DVD Negra (2011), Casa (2012) e o Tempo e o Branco (2015). Consuelo de Paula é uma das poucas artistas de sua geração que possui, de fato, uma obra auto-referente na forma e no conteúdo. Refinamento erudito, elegância popular e boas idéias são elementos constantes em sua obra, o que lhe tem assegurado profundo respeito, admiração e reconhecimento do público e da crítica especializada.

Músicas do álbum Maryákoré:  01 – VENTOYÁ –  Consuelo de Paula e Déa Trancoso //  02 – MARYÁKORÉ – Consuelo de Paula  // 03 – OS MOVIMENTOS DO AMOR – Consuelo de Paula // 04 – REMANDO CONTRA A MARÉ –  Consuelo de Paula / Rafael Altério 

GABRIEL MARTINS  é músico e compositor, nascido em São Paulo, filho de Vitor Martins – um dos mais prestigiados compositores do país. Seu convívio com a música surgiu na infância, devido ao ofício de seu pai. Gabriel já trabalhou e compôs com grandes figuras da música como Ivan Lins (seu padrinho musical), Bocato e outros artistas consagrados, tendo inclusive canções e trilhas inseridas em novelas e programas de TV.  Lançou seu primeiro álbum “Mergulho” (2017), um instrumental diferente e conceitual, inspirado na natureza com uma sonoridade universal com sabor brasileiro, minimalista e muito elegante. Um som viajante, sensorial e total “good vibes”. Neste trabalho, Gabriel mostra toda sua sensibilidade artística, uma espécie de contemplação à natureza através da música sem fronteiras.

Músicas: 01 – PLANADOR – Gabriel Martins  // 02 – OS ENCANTOS DA LUA – Ivan Lins e Gabriel Martins –  participação especial: Ivan Lins // 03 – VALSINHA DO MAR  (Acoustic Version) – Ivan Lins / Gabriel Martins – Participação especial: Ivan Lins 

BRUCE MEDEIROS  é natural de São Borja – RS, cidade que faz fronteira com San Tomé na Argentina.

Na adolescência, em 1984, ao chegar em Porto Alegre, conheceu o movimento chamado ‘MPG’ – Música Popular Gaúcha, que contava com artistas como: Nelson Coelho de Castro, Gelson Oliveira, Zé Caradípia, Bebeto Alves, Raul Elwanger e muitos outros. Tornou-se fã do jeito gaúcho de fazer música popular.

Em 1990, mudou-se para Passo Fundo onde profissionalizou-se músico e passou a tocar em bares e festas daquela região e também no oeste catarinense. Através do músico passofundense Ricardo Camargo, conheceu pessoalmente Nelson Coelho de Castro, Gelson Oliveira, Zé Caradípia e Leonardo Ribeiro. Passou a abrir os shows de seus ídolos e com eles fez amizade. Em 2000, retornou a Porto Alegre e começou a compor. Realizou seu primeiro show autoral ao lado de Marcos Wacker, chamado ‘Lado a Lado’, no Teatro do IPE. Em 2014 montou o show ‘Quatro nomes da MPG’. Em 8 de abril de 2022 lançou o álbum ‘Bruce Medeiros’ em todas as plataformas digitais, com a produção de Márcio Celli e arranjos de Aleh Ferreira (maestro Paulista). 

Músicas: 01 – UNS E OUTROS – Bruce Medeiros, Zé Caradípia e Raul Boeira – Participação de Zé Caradípia // 02 – A AMIZADE – Bruce Medeiros, Cecília Medeiros e Ilde Medeiros // 03 – UM GESTO TEU – Bruce Medeiros // 04 – PORTO ALEGRE É DO SAMBA – Bruce Medeiros  – Participação de Nelson Coelho de Castro 

LUCIANA COSTA –  Natural de São Leopoldo / RS, Luciana recebeu título de cantora revelação pelo jornal Zero Hora (grupo RBS), apresentou-se com Adriana Calcanhotto, abriu shows de Angela Ro-Ro, foi entrevistada por Jô Soares ao lado de Flora Almeida, com o projeto “The Country Gurias” e foi carinhosamente comparada à Janis Joplin na “Semana Elis” em São Paulo. Com sua arte musical recebeu o FUMPROARTE (fundo de apoio à cultura da prefeitura de POA), gravou seu 1º CD – Ilustre Rebeldia e recebeu 3 prêmios Açorianos de música: melhor disco, melhor compositora e melhor intérprete.

Com sua voz singular, segue sua trajetória na música com canções autorais e releituras da MPB. 

Músicas: 01 – Vapor Barato (Jards Macalé / Waly Salomão) // 02 – Corro Perigo (Luciana Costa )

Temporada 2022 – Programa 34

LULA RIBEIRO – O cantor, compositor, violonista e arranjador  Lula Ribeiro, está lançando novo álbum intitulado ‘Vida haverá’. Com dez canções inéditas (com exceção da romântica, “Primeiro amor”, lançada como single em dezembro de 2021), trata-se de um disco que se poderia chamar de puro-sangue, uma novidade na carreira de Lula Ribeiro, sergipano radicado em Belo Horizonte, parceiro de grandes nomes da música brasileira, como Zeca Baleiro, Vander Lee, Alexandre Nero, Paulinho Pedra Azul, Gabriel Moura, entre outros.

Pela primeira vez, todas as faixas de um trabalho de Lula são parcerias com um único letrista, o escritor mineiro-carioca Sérgio Rodrigues, autor do premiado romance “O drible”. Isso dá a “Vida haverá” uma coesão autoral rara. Fruto artístico dos anos pandêmicos de angústia e isolamento, nele os parceiros trabalharam à distância. A gravação de cada instrumentista também seguiu os melhores protocolos de segurança. Longe de se curvar à tristeza do distanciamento social e ao luto por tantas vidas perdidas, o resultado foi uma obra que levanta desde o título um grito de alegria e desafio: “Vida haverá”. Cada uma a seu modo, as canções apontam o futuro, festejando a vida em suas múltiplas dimensões: amor, dor, paixão, trabalho, sonho, poesia. Acima de tudo, o disco é uma celebração de som e palavra, de letra e música – do poder que têm as canções de acender lanternas na escuridão. Com produção e direção musical do próprio Lula Ribeiro, “Vida haverá” conta com participações luxuosas de nomes como Sérgio Chiavazzoli, Marcelo Mariano, Enéias Xavier, Federico Puppi, Luiz Cláudio Ramos, Marco Lobo, Cláudio Infante, Wilson Lopes, Guilherme Gê, Fernando Nunes, e muitos outros. .  Músicas: 01 – Vida Haverá // 02 – Anjos // 03 – Primeiro Amor // 04 – Nasce Outra Vez // 05 – Linda Melodia // 06 – Lugar 

SU PAZ – é uma cantora e compositora gaúcha, nascida em Sapucaia do Sul. Começou a cantar em rodeios e festivais Nativistas do Rio Grande do Sul. Em 2008 o projeto Acorde Fronteiro, grupo formado por 5 jovens lhe abriu um leque de oportunidades. Foi cantora do Conjunto Folclórico Os Tropeiros ULBRA representando o Brasil em festivais de folclore no Uruguai, RS e SC.  No circuito de festivais Nativistas esteve nos palcos do Canto de Luz – Ijuí, Festival  de Música de Gramado, Coxilha Nativista – Cruz Alta, Canto Xucro – Viamão, Tertulia Nativista – Santa Maria, entre outros. Já acompanhou como backing vocal, Elton Saldanha e Paulo Costa, além de gravações em estúdio e trabalhos com Jingle e locução. Fez parte do Grupo Mas Bah!, durante dois anos, cantando e também produzindo. Suzane Paz, traz ao público seu primeiro álbum autoral, Florescida Raiz, com letras e melodias suas e em parcerias com Clarissa Ferreira, Caio Martinez, Joaquim Velho, Lucas Ferrera, Charlise Bandeira e Sandra Goulart. O trabalho marca um novo tempo em sua trajetória, voltado a composição e ao feminino na música gaúcha. O álbum Florescida Raiz que possui 7 faixas, faz um passeio entre ritmos, chamamé, choro, zamba e até mesmo forró fazem parte. A compositora contextualiza suas influências apostando na fusão do contemporâneo com o tradicional. Nas suas letras a figura feminina é o norte para contar sobre momentos, história e sentimentos. Su acredita que a música gaúcha pode desbravar novos horizontes sem deixar de ser regional.  Músicas: 01 – Mudança – Su Paz // 02 – Cantarolar – Su Paz e Lucas Ferrera // 03 – Tua – Su Paz  e  Caio Martinez // 04 – Flor de Pedra – Su Paz e  Clarissa Ferreira // 05 – Ilda – Su Paz e Joaquim Velho // 06 – Divina – Su Paz , Sandra Goulart  e Charlise Bandeira 

Outubro de 2022

Temporada 2022 – Programa 33

ANA LEE  – Nasceu em 25 de novembro de 1968 em São Paulo e iniciou sua carreira artística em 1996, cantando em bares e casas de cultura de São Paulo. Em 2002, lançou seu primeiro CD, “Ana Lee”, produzido por André Magalhães e em 2009, lançou o CD “Minha ciranda” .

Vinte anos depois de sua estreia em disco, a cantora retorna com o seu terceiro álbum, “Labirinto Azul”, que mescla canções inéditas com outras de autores tradicionais do nosso cancioneiro, trazendo temas diversos, como a passagem do tempo, o amor e a desorientação neste momento histórico. A sonoridade traz a interpretação de Ana, intensa, profunda e cristalina, com um frescor contemporâneo, arranjos bem cuidados, rica instrumentação, num repertório criativo e autêntico. Participação especial de Zeca Baleiro. Produção de Ana, co-produção de André Magalhães e Itamar Vidal.

Os músicos e arranjadores são de primeira linha. Ora são pontuadas pelos teclados de Lincoln Antonio, ora pelos clarones de Itamar Vidal, sempre bem temperados pelos violões de Bráu Mendonça, Ozias Stafuzza e Lula Gama, o baixo luxuoso de Swami Júnior e o violoncelo de Mário Manga entre outros grandes músicos. Belo time, que contribui também com algumas das composições originais. 

Músicas do álbum “LABIRINTO AZUL’, lançado em novembro de 2020: 01 – Toada – Zeca Baleiro / Cássio Gava – participação de Zeca Baleiro // 02 – Xote de Navegação – Chico Buarque / Dominguinhos // 03 – A Página do Relâmpago Elétrico – Beto Guedes / Ronaldo Bastos // 04 – Meia Noite – Chico Buarque / Edu Lobo // 05 – Labirinto Azul – Lincoln Antonio / Walter Garcia // 06 – O Amor é uma droga pesada – Maria Rita Kehl / Antonio Herci // 07 – Jongo Tradição – Lincoln Antonio / Walter Garcia / Marcelo Mota Monteiro / Paulo Maymone

PAULINHO PARADA –  nasceu em Porto Alegre (1989). Doutorando em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com graduação e mestrado pela mesma instituição. É músico, professor e pesquisador. Com 3 álbuns artísticos de música popular brasileira, dedica-se à composição de canções, além de pesquisas sobre músicos da noite de Porto Alegre e a canção na cidade. Reconstituiu a obra do flautista Plauto Cruz. Palestrou em Pequim (China), no Conservatório Central de Música. É professor de música e estuda sobre pedagogia, etnomusicologia e psicodrama no âmbito da educação, formando alunos, pesquisadores e professores.

Paulinho Parada lança em todas as plataformas virtuais o álbum “Sambas para respirar melhor” e celebra esse momento com show no Teatro Renascença em Porto Alegre. Inspirado pelo momento de pandemia, o compositor criou canções em seu momento de isolamento, mas sua maior produção foi sua filha Ana Júlia – que motivou a positividade do álbum, marcado pela presença da vontade de viver. Mas não se trata de uma conquista individual: o samba, já dizia Giba-Giba, pode ser considerado o gênero musical mais democrático que existe. Promovendo coletivamente esse diálogo entre parceiros musicais e intérpretes, figuram entre as parcerias o misterioso Guerra Dantas, personagem criado pelo professor Sérgio Guimarães, além das canções ao lado de Márcio Celli, Mauro Moura, Giba Costa, Eduardo Pitta e o paulista Fernando Cavallieri

“Sambas para respirar melhor” é um conjunto de canções coesas que convida o ouvinte à vida e à força de cantar nossa história popular brasileira.

Músicas do álbum “Sambas para respirar melhor”: 01 – Onde tem amor (Prelúdio) – Elias Barboza, Eduardo Pitta e Paulinho Parada // 02 – Cantando a vida – Paulinho Parada – feat. Everton Silva // 03 – Fiz um Samba – Fernando Cavallieri e Paulinho Parada // 04 – Pra Apaziguar – Paulinho Parada // 05 – Respira – Eduardo Pitta e Paulinho Parada – feat. Marcelo Delacroix, Tonho Crocco, Eduardo Pitta e Kenia Vizeu // 06 – Meu Viver é mais Bonito – Márcio Celli e Paulinho Parada // 07 – 0 Versador – Mauro Moura, Giba Costa e Paulinho Parada 

Temporada 2022 – Programa 32

HENRIQUE MANN –  nascido em Porto Alegre em 1961 é um músico, compositor, escritor e produtor cultural. Seu interesse e envolvimento com a música começou na década de 1970 em festivais estudantis. Na década de 1980, já em carreira profissional, conheceu Mário Quintana. Desse encontro resultou Quintanares & Cantares (LP) que em 1998 foi relançado em CD. Em 1990,  lançou A Música Popular Brasileira em Debate (livro). Em 1995, com prefácio de Oswaldo Montenegro  e apresentação de Luiz de Miranda, lançou Retratos da Vida Boêmia (livro). Também na década de 1990 , mapeou as músicas mais representativas de Porto Alegre no século XX. Dessa pesquisa originaram-se os dois volumes de Porto Alegre Boêmia – Um Século de Canções. No fim da década de 1990, passou a pesquisar a relação da música gaúcha  com outras vertentes regionais e então lançou o Norte in Sul (CD), em 2000, apontando as ligações históricas entre as músicas do Sul e do Nordeste. Em 2002, sob o patrocínio da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul, sua pesquisa regional se consubstanciou nos 30 volumes da coleção Som do Sul, com biografias e obras de músicos, produtores e personalidades históricas da música gaúcha do século XX. Desde 2019, reside em Portugal. Atualmente finaliza um livro historiográfico sobre as diferenças e semelhanças idiomáticas entre Brasil e Portugal, escrito em parceria com a esposa Leandra Vargas.  Músicas do pgm: 01 – Deu Pra Ti – de Kleiton Ramil e Kledir Ramil – intérprete: Henrique Mann (está no CD Porto Alegre Boêmia – um século de canções vol 1 – de 1997) // 02 – Asa Morena – de Zé Caradípia – intérprete: Henrique Mann (está no CD Porto Alegre Boêmia – um século de canções vol 2 lançado em 1998) // 03 – Que bom ficar assim – letra de Mário Quintana / Música de Henrique Mann – intérprete: Flória Oliveira e Raiz de Pedra (está no CD Quintanares & Cantares) 

YAMANDU COSTA – Aclamado pela crítica, Yamandu Costa tem encantado as plateias de todos os lugares onde leva sua incomum habilidade e sonoridade. Em suas inesquecíveis performances – solo, acompanhado de outros músicos ou com orquestras – carrega a marca da música do sul do continente americano, mas incursiona admiravelmente por diferentes gêneros musicais, formando junto com seu violão de sete cordas uma rara simbiose.

Apesar de jovem, Yamandu Costa tem uma longa carreira. Nascido em uma família de músicos do sul do Brasil, subiu ao palco pela primeira vez aos 5 anos de idade, cantando; aos 6 anos seu pai lhe deu de presente seu primeiro violão; aos 21 ganhou o Prêmio Visa Instrumental, então o maior reconhecimento da música brasileira que o possibilitou gravar seu primeiro álbum solo. A partir daí inicia uma profícua carreira: são diversos álbuns, solo ou em parcerias; muitos concertos no Brasil e no exterior; prêmios importantes, entre os mais recentes, ganhou o Grammy Latino em 2021, como melhor álbum de música instrumental com “Toquinho & Yamandu Costa – Bachianinha” (Live at the Rio Montreux Jazz Festival).  Músicas Do pgm:  01 – Noite de Lua – Dilermando Reis // 02 – Dandy – Yamandu Costa e Guto Wirtti – com Yamandu Costa & Jazz Cigano Quinteto (John Theo. Vinícius Araújo, Lucas Miranda, Wagner Bennert e Mateus Azevedo) // 03 – Vira de Frielas – José Nunes – com Yamandu Costa, Martin Sued e Luís Guerreiro – está no álbum Caminantes 

GABRIEL SELVAGE – Músico, arranjador, compositor e produtor musical gaúcho, Gabriel Selvage iniciou seus estudos ainda na adolescência com seu mestre Lúcio Yanel, e desde muito jovem obteve reconhecimento e visibilidade no meio artístico regional gaúcho. Já levou sua música marcante para vários países no exterior como Argentina, Uruguai, Paraguai, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Luxemburgo, Holanda, Alemanha e China. Em parceria com a cantora Alana Moraes, lança “Amor & Som” em 2012. Em 2015, foi indicado a melhor instrumentista regional no Prêmio Açorianos de Música. O primeiro trabalho solo nasceu em 2016, “Flor y Truco – Gabriel Selvage interpreta obras de Lucio Yanel”, que contempla um DVD, um CD gravado ao vivo e um songbook com partituras. Em 2017 lança o álbum “Balaio de Sons”, duo com o acordeonista Luciano Maia e, em 2018, o “Alma de Interior”, com o violonista Rafael Schimidt. Gabriel está lançando o seu projeto Gabriel Selvage  20 Anos de Música, que vai ser uma trilogia, vão ser 3 discos lançados dentro de um projeto.Gabriel Selvage, de reconhecida atuação na música regional gaúcha, viveu um tempo no Rio de Janeiro e atualmente reside em Lisboa.  Músicas do pgm: (álbum ‘Gabriel Selvage 20 anos de Música – Primeiro Movimento Gaúcho’ lançado em junho 2022): 01 – Canto dos Livres: Cenair Maicá // 02 – Defumando Ausências – Telmo de Lima Freitas // 03 – O Sal dos Olhos – Gujo Teixeira e Luiz Marenco

LUCIANO MAIA se apaixonou pelo acordeão aos 8 anos de idade e desde então se tornou não apenas um músico virtuose, mas um compositor e pesquisador dos mais acurados de seu instrumento.  Numa trajetória precoce de sucesso, LUCIANO MAIA em duas décadas gravou 15 álbuns, produziu dezenas de outros dos maiores artistas de sua região –sul do Brasil – e dividiu o palco e o estúdio com astros imortais de seu país, como Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Yamandu Costa, Renato Borghetti, e muitos outros que sempre foram suas referências no instrumento, como o francês de herança italiana Richard Galliano.

Eis que LUCIANO, nascido em 1980, sentiu que era hora de deixar o Brasil em 2021 e residir em Portugal, de modo a ampliar suas fronteiras musicais e aproximar-se ainda mais do jazz planetário, visto que sempre colocou seu instrumento como protagonista em todo repertório que se dispôs a tocar. Luciano Maia está lançando novo álbum “Falando em Gaita” com as músicas que foram captadas ao vivo na websérie homônima lançada em 2019, em que ele encontra com mestres do Acordeon Gaúcho para conversar sobre suas histórias, influências, relação com o instrumento e as perspectivas de carreira. É um papo de “gaiteiros”, apelido dado aos acordeonistas no Sul no Brasil, regado à música destes apaixonados pelo instrumento. Músicas do pgm: 01 – Meu canto de Quero-Quero – Luciano Maia / Edilberto Teixeira – part. violão de sete cordas de Gabriel Selvage e arranjo de flautas de Humberto Araújo (novo single) // 02 – Baile de Fronteira – Luiz Carlos Borges – com Luciano Maia e Jonatan Dalmonte (álbum Falando em Gaita) // 03 – Gauchote – Luciano Maia e Marcelo Caldi (álbum Falando em Gaita) 

Temporada 2022 – Programa 31

GELSON OLIVEIRA é cantor, compositor, violonista e produtor. Um dos grandes nomes da chamada Música Popular Gaúcha.

Gelson apresentou o show Lado a Lado, juntamente com o cantor Nei Lisboa, em 1979. Morou durante algum tempo no Rio de Janeiro, retornando a Porto Alegre para lançar seu primeiro álbum de maneira independente, intitulado Terra, em parceria com o baterista gaúcho Luiz Ewerling. Responsável por lançar as bases da carreira solo de Gelson, Terra é filho direto da criativa e prolífica cena de música urbana que tomava conta de Porto Alegre entre o final dos anos 1970 e começo dos 1980. 

Em 1990 recebeu o Prêmio Fiat da Música Nacional. Em 1993 conquistou o Prêmio Sharp, com o álbum Imagem das Pedras, que contou com a participação de Gilberto Gil. Em 1997 lançou o álbum Tempo ao Tempo, com financiamento do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre (Funproarte). Em 1999 lançou um CD independente, ao lado do trombonista Júlio Rizzo. No ano de 2002 participou da gravação do CD Juntos 2 – Povoado das Águas, pela gravadora Atração Fonográfica, juntamente com Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves e Totonho Villeroy. Em 2009, completando 30 anos de carreira, gravou o CD Tridimensional. Pelo álbum, Gelson recebeu o Prêmio Açorianos de Música, na categoria melhor compositor, sendo também premiado como melhor produtor musical na categoria MPB, pelo CD Ziringuindim, da cantora  Zilah Machado. E em 2016 saiu o seu primeiro disco de canções infantis chamado O Ônibus do Sobe e Desce.

Músicas: 01 – Pimenta – Gelson Oliveira – feat Gilberto Gil // 02 – Salve-se quem souber – Gelson Oliveira / Sérgio Resende / Paul de Castro // 03 – Nossa Música // 04 – Tridimensional // 05 – Que bom ver // 06 – Memórias de um cantador

NELSON COELHO DE CASTRO – nasceu em Porto Alegre em abril de 1954. É compositor, cantor e produtor musical. Nelson faz parte da geração de grandes compositores gaúchos surgidos no final da década de setenta e tem seu trabalho reconhecido pelo público e pela crítica por seu talento e trajetória. Em 1979 lançou seu primeiro compacto, Faz a Cabeça e, entre 1980 e 1981, produziu e lançou o primeiro disco independente produzido no Rio Grande do Sul, -Juntos – um marco na música gaúcha e que influenciou outros compositores neste segmento alternativo. Esse trabalho foi relançado em CD em 1996. Já em 1983 gravou o LP Nelson Coelho de Castro (RGE), com o sucesso Vim Vadiá, que marcou época. No mesmo ano venceu o 1º Festival Latino-Americano da Canção, o Musicanto.

Com o disco Força D’água (Ariola) em 85, tem seu primeiro lançamento nacional. Em 1996 lançou o CD Verniz da madrugada, contemplado com o Prêmio Açorianos de Música e em 2000, o CD Coletânea  que em 2001 foi selecionado para integrar o projeto Itaú-Rumos Culturais – Cartografia brasileira, participando de apresentações em São Paulo, ao lado de compositores de outras partes do Brasil. Também em 2001 lançou o CD Da pessoa. Em 2010 saiu o álbum ‘Lua Caiada’ e em 2021 ‘Umbigos Modernos’ que são gravações compostas no final dos anos 80. Em 2021, Nelson também disponibilizou sua discografia completa nas plataformas digitais.

Músicas: 01 – No Braço com a vida // 02 – Outro Mar // 03 – Vim Vadiá // 04 – Lua Caiada // 05 – Noite Vazou Encantada 

Temporada 2022 – Programa 30

TAMANDUÁ – O projeto Tamanduá nasceu da efervescência criativa do violonista Pino Arborea, músico com apurada habilidade como arranjador, qualidade que lhe permitiu retrabalhar algumas das peças mais significativas da grande cultura musical brasileira e ajustá-los sob medida para as três vozes femininas de Claudia Moretti, Cristina Rizzo e Luciana Camarda. A capacidade expressiva do vocalismo das três cantoras consegue realçar a beleza sempre presente destas peças tornando-as elegantes e elaboradas, ao mesmo tempo que dão sempre uma conotação fresca e muito agradável de ouvir.  As três vozes se entrelaçam criando um enredo de linhas melódicas de onde emerge um som envolvente que vê a alternância de momentos melódicos e ritmicos. O objetivo deste projeto é fazer com que o público participe da magia de uma música e uma linguagem poética que fizeram história.  Em julho de 2010 Tamanduá deu origem ao primeiro trabalho de gravação intitulado “Alquimia” produzido por Drycastle. Também com o selo Drycastle, em agosto de 2015, foi lançado o segundo álbum “Olio di Cacao”: uma combinação “aromática” e harmoniosa da tradição italiana e brasileira. O terceiro álbum “Vamos Embora” foi lançado em maio de 2022 pela GBMusic e é a expressão de um movimento, de uma migração para um futuro melhor.

Músicas do álbum ‘Vamos Embora’ lançado em maio / 2022: 01 – Corrida de Jangada – Edu Lobo e José Carlos Capinam // 02 – Brasil Nativo – Danilo Caymmi // 03- Eu Vim da Bahia – Gilberto Gil // 04 – Adeus América – Haroldo Barbosa e Geraldo Jacques // 05 – Chico e Amor: Samba de Orly / Piano na Mangueira / Partido Alto / Dio Ce Penzarrà / Meu Refrão / Una mia canzone / Bom Tempo / Far niente – Vinícius de Moraes / Chico Buarque / Toquinho / Antonio Carlos Jobim / Maria Pio de Vito / Sérgio Bardotti 

MATEUS PORTO  é músico, compositor, violonista e guitarrista. Vindo de uma família de músicos, iniciou aos 7 anos seu contato com o violão e um ano depois ingressou no Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas, onde estudou teoria musical. Aos 16 deu início a sua carreira de músico profissional, atuando nos bares da zona sul do Rio Grande do Sul e em 2008 ingressou no bacharelado em violão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Além dos estudos do violão voltado para o repertório erudito, neste período desenvolve uma intensa atividade, participando de bandas de música instrumental, com destaque para Popó e Trio (apresentando-se no Pelotas Jazz Festival), Clube do Jazz (Festival Internacional SESC de Música) e Quarteto ao Vento. Colabora também com o trabalho de cantores(as) de diversas vertentes musicais, assim como é frequentemente participante do movimento dos festivais nativistas pelo interior do estado.

De Pelotas (RS) e hoje em São Paulo, Mateus Porto vem percorrendo um belo caminho ao lado do seu violão. Depois de um EP de composições jazzísticas instrumentais registradas ao vivo em 2014, estreou em álbum com Canto (2018), pelo selo independente Escápula Records, de canções de inquieta calma interpretadas por outras vozes e seu violão (p)latino-americano. Agora  Mateus Porto retorna ainda mais inquieto com Mirada, também pela Escápula Records.

Músicas 01 à 03, 05 e 06 de Mateus Porto : 01 – Caminho / 02 – Candelária / 03 – Retrato // 04 – Gaucho – Mateus Porto e Juliano Guerra – feat Tatiana Parra // 05 – Marca pro Compadre – feat Toninho Ferragutti // 06 – Saudade // 07 – Milonga Fora do Tempo – Mateus Porto e Juliano Guerra 

Setembro de 2022

Temporada 2022 – Programa 29

JULIE WEIN – Com um currículo longo nas artes e na ciência, Julie Wein se destaca na nova cena musical brasileira. Seja na pesquisa acadêmica ou frente ao microfone, a música é a sua matéria-prima. Cantora, compositora, atriz, instrumentista e doutora em neurociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a artista paranaense radicada no Rio de Janeiro foi uma das vencedoras do Festival de Música Rádio MEC 2021. Nascida em um meio regado de estímulos artísticos – o pai violoncelista de orquestra (Romildo Weingartner) e a mãe coreógrafa (Rocío Infante) -, Julie canta desde pequena. O início da carreira profissional como cantora solo foi em 2015, quando estreou nos palcos de música do Rio de Janeiro com um show no TribOz, acompanhada do violonista Pedro Franco. Como atriz, estreou aos 15 anos como Anne Frank na peça “O Diário de Anne Frank”. Estrelou a peça “Dois Amores e um Bicho” contemplada com o Prêmio FUNARTE. Atuou como atriz, cantora e musicista nos musicais: Contra o Vento, Edypop e A Lenda do Vale da Lua. Integrou Aquela Cia, a Cia Complexo Duplo e a Notória Cia de Teatro. Em 2022, estreou o show “Julie Wein canta Chico Buarque” no Blue Note SP.

Premiada como Melhor Intérprete de MPB pelo PPM. Duas vezes premiada pela Jornada Giulio Massarani e Graduada com Dignidade Acadêmica, também recebeu Menção Honrosa do Prêmio Juarez Aranha. Doutora em Neurociência da Música pela UFRJ e pós-doutora no Instituto D´Or.

Projeto autoral, “Infinitos Encontros” faz jus ao nome: fala de encontros e também é feito de encontros. Julie conta com a participação especial de Ed Motta e de músicos como Marcelo Caldi, Marco Lobo, Pedro Franco e Jorge Helder, com produção musical do violonista Victor Ribeiro

Músicas 01,02 e 03 de Julie Wein: 01 – Trânsito de Marte // 02 – Valsa em Sim // 03 – Tentei disso e tudo mais // 04 – Beijo da Noite – Julie Wein e M.Vieira – part: Ed Motta // 05- Julie Wein e M. Vieira // 06 – Mar Demais – Julie Wein e Mariana Ferrão

Marcos Jobim é compositor, cantor e instrumentista, coautor do duo “Cruz & Jobim” (parceria com Jean Cruz), com o qual lançou o álbum Desencontro e o EP Solidão, ambos de 2018. A partir desses trabalhos, obteve espaço na mídia, através de publicações nos principais jornais do RS, inclusão na programação de rádios FM, TV e artigos em sites especializados. Em projeto solo, lançou uma série de singles e o EP Em Estúdio – Ao Vivo. O último lançamento foi o single “Sincretismo Abstrato”, uma parceria com o compositor Pedro Longes, que propõe uma estética de ruptura da forma convencional da canção.
O autor passeia por diversos gêneros e temáticas, sendo o existencialismo, a cosmologia e os afetos os principais objetos de seus versos.

Marcos Jobim lançou em setembro/ 2022, o álbum Ensaio Sobre a Vida e o Tempo que é um compilado de 8 canções autorais de Marcos Jobim que possuem a intenção de expor sutilmente reflexões e sensações sobre a transitoriedade dos afetos, que definem o movimento do tempo em vida. Cada canção é um universo em si, mas se propõe ao diálogo e à noção de unidade conceitual.

Formação: Marcos Jobim (voz, violão e guitarra), Ronaldo Pereira (sax tenor e sax soprano), Ghadyego Carraro (contrabaixo acústico com arco), Marcelo Vaz (piano/ arranjos de Véu e de Ensaio Sobre A Vida E O Tempo), Marcelo Pimentel (percussão), Lucas Fê (bateria) e Pablo Schinke (violoncelo).

Músicas: 01 – Horta // 02 – Movimento // 03 – Ensaio Sobre a Vida e o Tempo – Marcos Jobim e Jean Cruz // 04 – Eu Parti // 05 – Véu

Temporada 2022 – Programa 28

NIL LUS é músico, cantor, compositor, escritor e poeta. Nasceu em Belo Horizonte e é radicado na Europa desde os anos 90, onde o seu trabalho ganhou reconhecimento notório. 

Nil é licenciado em Educação Física pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e em Administração de Empresas e Economia pela FUMEC (Fundação Universitária Mineira de Educação e Cultura). Ex-atleta da Seleção Nacional do Brasil de Handball, foi Campeão Nacional e Sul Americano e destaque nesse esporte, sendo apelidado, na época, de ‘Canhão’, pela força dos seus arremessos.  Aos 10 anos de idade, Nil Lus escreveu seu primeiro livro de poemas e a sua primeira canção, intitulada Pássaro de Fogo. Aos 15 anos, foi premiado com distinção honrosa no 1º Concurso Nacional Fritz Teixeira Salles de Poesia com o tema “Poemia”. 

Os barzinhos de BH foram a ‘escola de música’ e o ganha-pão de Nil. “Tocando nesses locais, aos quais devo muito, consegui me formar em educação física, administração e economia”, lembra. Nil se mudou para os Estados Unidos e, posteriormente, emigrou para a Europa. Na Alemanha,  um produtor se interessou por suas composições. 

Nil Lus é autor de mais de 1200 canções. Ele vem se apresentando mundo afora com grande repercussão na mídia internacional.  Já excursionou pela América, Europa e Ásia tocando em mais de 47 países. Sua obra inclui cerca de 17 discos gravados.

Em julho de 2016, Nil Lus participou do aniversário de 50 anos do famoso festival de Jazz de Montreux, na Suíça. Ele foi oficialmente convidado pelo diretor honorário Quincy Jones – ex-produtor de Michael Jackson, um apaixonado pela música brasileira, que fez a escolha dos artistas brasileiros, entre eles Ivan Lins, Maria Gadú e Ana Carolina.  A primeira vez que Nil Lus se apresentou no Montreux Jazz Festival foi na edição 2004, ocasião em que gravou um disco ao vivo numa plateia de oito mil pessoas.  Nil Lus é um artista condecorado pela Academia Francesa de Ciências, Artes e Letras de Paris; pelo Senado francês e pela Instituição Poetas del Mundo do Chile.

Lirismo, swing e reflexão se misturam com elegância e bom gosto nas melodias e letras deste talentoso artista. São canções de diversos gêneros, numa fusão do novo pop brasileiro. Em um olhar crítico e atento, Nil transpõe o seu signo poético para um universo criativo de ritmos e sons. 

Músicas: 01 – Este Amor // 02 – A Vida Passa // 03 – Gabo // 04 – Hotel Paradise // 05 – Adeus Solidão // 06 – Olorum //  07 – A Alma do Mundo // 08 – Felitza // 09 – O Signo // 10 – A Sacerdotiza // 11 – Mi Primera Casa // 12 – Felicidad 

Temporada 2022 – Programa 27

JU CASSOU – É uma Artista múltipla: pianista/cantora/arranjadora/compositora/educadora e produtora musical, paranaense que iniciou carreira no Rio de Janeiro a convite de Marcos Leite na “Orquestra de Vozes Garganta Profunda”. Alçou vôo pelo mundo com seu piano criativo, seus arranjos originais e sua interpretação brilhante para a música brasileira. 

Quatro álbuns independentes na carreira e inúmeras participações/colaborações com artistas, bandas, cinema e trilhas teatrais, temporadas na Europa e participação em Festivais. Teve Jorge Benjor como padrinho no projeto Novo Canto e em seu álbum de estréia “Muito Prazer” (2002). Atuou como atriz/cantora em peças e musicais e integrou a Orquestra Brasileira de Sapateado. Ela é a voz da “Bela” no desenho da Disney “A Bela e a Fera” com uma legião de fãs eternos por sua impecável performance.

Durante a pandemia produziu dois álbuns: “Koratã” (2020) com composições próprias, canções inéditas e canções guarani (resgatando a ancestralidade da sua avó paterna ), e “Mborai” (2021) – cantos sagrados Guarani em versões Pop, projeto que inclui um livro de partituras trilíngue.  

Artista irrequieta e engajada – Ju Cassou surpreende com sua pluralidade numa Festa de Brasilidade Moderna!

Músicas do pgm: 01- Koratã – Ju Cassou // 02 – Maromba – Ju Cassou e Ericson Carvalho // 03 – Mainoi – Awaju Poty // 04 – A Aurora – Ju Cassou e Elisa Lucinda // 05 – Apyka Mirim – Awaju Poty e Kwaray Popygua // 06 – Terra Vermelha – Brô Mc’s // 07 – Saudades de Mim – Leco Alves

ISO FISCHER – Cantor. Compositor. Instrumentista (pianista). Arranjador. Médico.

Iniciou seus estudos de piano na adolescência. Aos 17 anos de idade, venceu um Festival de Música em Penápolis – SP, sua cidade natal, com a canção “Libertação” de cunho “Tropicalista” e influência de Mutantes. Durante o curso de Medicina na FMUSP (SP) atuou no centro acadêmico Oswaldo Cruz como diretor de discoteca, ator e compositor de trilhas sonoras no grupo de teatro, coordenador de espetáculos musicais e integrante do coral de 1973 a 1978. Em 1979 mudou-se para Campo Grande – MS, onde formou o grupo “Iso Fischer e Amigos”, com o qual dividiu o palco com Almir Sater, Geraldo Espíndola, Paulo Simões e Guilherme Rondon. Ele desenvolveu trabalhos musicais de coro cênico, um movimento inédito na cidade até então, com o grupo vocal Salada de Frutas.

Em 1985, mudou-se para Curitiba – PR, onde reside até hoje. Iso Fischer realizou, de 1994 a 2000, diversos shows autorais em Curitiba. Em 1999, lançou seu primeiro CD – “Camera Pop”, que lhe rendeu no ano seguinte o Troféu Saul Trumpet, como melhor compositor de 1999.

Nesse álbum, Iso pretendeu mostrar a diversidade como característica do seu  trabalho como compositor. Em 2006, comemorando 40 anos de carreira como compositor, realizou um trabalho com seu irmão, o cantor e ator Tato Fischer, processo esse que culminou no CD – “Valsa da Vida, as canções de Iso Fischer na voz de Tato Fischer”, gravado ao vivo no Teatro Paiol em Curitiba, lançado em 2009.  

Músicas do pgm: 01 – Mais uma canção – Iso Fischer e Zecca Wachelke // 02 – Origami – Iso Fischer e Etel Frota // 03 – Horizontes – Guilherme Rondon, Iso Fischer e Paulo Simões // 04 – Modinha – Iso Fischer e Paulo Nogueira Bafile // 05 – Valsa da Vida – Iso Fischer // 06 – Épica – Iso Fischer, Raymundo Rolim e Etel Frota

Temporada 2022 – Programa 26

GASTÃO VILLEROY – É baixista, cantor e compositor, nascido em São Gabriel/RS e  radicado há 30 anos no Rio de Janeiro. Gastão Villeroy se formou em harmonia, arranjo e composição com o mestre húngaro Ian Guest, estudou contrabaixo acústico com Dener Campolina, baixo elétrico com Iuri Popoff e Jorge Helder e violão com Everson Vargas.

Em 2016, lançou o CD “Amazônia, Amazônia”, com as participações de  Milton Nascimento, Lenine, Maria Gadu, Seu Jorge, Chico Chico, Antonio Birabent e Samuel Rosa. Gastão lançou em julho de 2022, o álbum That bossa note, gravado com amigos ao redor do mundo, que conta com orquestrações do maestro arranjador uruguaio Mônico Aguilera e do próprio Gastão, com as participações do cantor camaronês Njamy Sitson  e dos brasileiros Antônio Villeroy e Wilson Simoninha, O álbum foi mixado e masterizado por David Feldman. O disco mostra letras em sua maioria em inglês e com temas contemporâneos como multiculturalismo, ecologia e autoconhecimento. 

Músicas: 01 – Na Rede – Gastão Villeroy / César Miranda – feat. Wilson Simoninha // 02 – Bridge to the future – Gastão Villeroy / Natália Revi // 03 – Nessa Rua – Gastão Villeroy /Sachal Vasandani // 04 – Road to the Moon – Gastão Villeroy / Jesse Harris / Priscila Ferrari // 05 – Samba Pagão – Gastão Villeroy / Antonio Villeroy – Feat. Antonio Villeroy // 06 – Shining out your Smile – Gastão Villeroy / Natália Revi – feat. Njamy Sitson 

LUIZ TATIT  é professor do Departamento de Linguística da USP e autor de diversos livros, lançados no Brasil e fora, como Semiótica da Canção: Melodia e Letra (Escuta, 1994), O Cancionista: Composição de Canções no Brasil (Edusp, 1996), O Século da Canção (Ateliê, 2004) , Passos da Semiótica Tensiva (Ateliê, 2019), entre outros. Em sua atividade como músico, lançou seis discos com o Grupo Rumo e, mais tarde, os álbuns-solo Felicidade (1998), O Meio (2000), Ouvidos Uni-vos (2005), Rodopio-CD e DVD (2007), Sem Destino (2010), Palavras e Sonhos (2016) e Vai Por Mim (2022).

Com José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, lançou o DVD Tatit /Wisnik/Nestrovski, O Fim da Canção (2012), e, com Arrigo Barnabé e Lívia Nestrovski, o CD De Nada a Mais a Algo Além (2014). Com o grupo Rumo, lançou ainda o álbum Universo (2019). No início de 2022, Tatit lançou Abre a Cortina, disco que celebra a parceria de 25 anos de música e 40 de amizade com Dante Ozzetti. E em julho, lançou o álbum Vai por Mim (Circus Produções).

Músicas: 01 – Vai por mim – Luiz Tatit -feat Ná Ozzetti // 02 – Anja – Luiz Tatit // 03 – Esperando o que? Luiz Tatit -feat. Zélia Duncan // 04 – Aplausos – Zecarlos Ribeiro / Luiz Tatit – feat. Ná Ozzetti // 05 – Tudo é quase nada – Luiz Tatit // 06 – Vem Comigo – Luiz Tatit

Temporada 2022 – Programa 25

GISELLE FRUFREK – Diversa e plural, farejadora de espaços de liberdade, arte-educadora, escritora, cantora, dançarina, atriz, num entrelaçar de linguagens, inaugura-se como cantautora no álbum MAR DE DENTRO – histórias de beira e luar, lançado em setembro de 2021. 

Habitando em Osório, no Litoral Norte do RS como uma constante aprendiz da natureza humana, após 15 anos de bailes da vida, palcos e rodas, pelos muitos Brasis, outras américas e áfricas, parte integrante do Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, traz em suas canções as histórias e paisagens imagéticas do jeito de viver deste litoral. Dos quilombos aos guaranis, da vegetação ao hibridismo, da poesia e religiosidade, vai cantando sobre os ossos de suas memórias trazendo-lhes vida. 

Manifesta também o ato revolucionário de cantar vivências de mãe e filha, com Yasmim Frufrek na canção ‘Moinhos de Vento’ composta pelas duas mulheres em intergeração. 

Músicas: 01 – Moinhos de Vento – Giselle e Yasmim Frufrek // 02 – Alto do Morro Alto –  Carlos Hahn e Loreno Santos // 03 – Flor de Leão – Giselle Frufrek e Murilo Silvestrim // 04 – Marés – Giselle Frufrek e Wilher Welter // 05 – Oxalá – Luis Perequê // 06 – Caiada – Giselle Frufrek // 07 – Casa de Rezo – Giselle Frufrek e Adriano Sperandir 

CHICO LOBO – Natural de São João Del Rey, o violeiro Chico Lobo tem mais de 40 anos de carreira e é considerado pela crítica um dos artistas mais atuantes no cenário nacional na divulgação e valorização da cultura de raiz brasileira. Com 27 CDs lançados, dois DVDs, livro e shows por todo o Brasil e diversos países como Portugal, Itália, China, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, o músico canta suas raízes e as conecta com nossa contemporaneidade. Venceu por quatro vezes o Prêmio Profissionais da Música como Melhor Artista Regional, prêmio que acontece anualmente em Brasília e foi homenageado com a Medalha de Honra 2021 da Universidade Federal de Minas Gerais pela sua relevante atuação na cultura e sociedade.O Tempo é Seu Irmão, 27º disco da carreira de Chico Lobo, foi lançado em formato físico em maio de 2022 pela gravadora e produtora Kuarup. O novo álbum traz músicas inéditas e autorais, compostas em 2021.   Músicas: 01 – Rio e Mar – Chico Lobo – part de Kleiton & Kledir  // 02 – Madeira – Chico Lobo // 03 – Sementeira – Chico Lobo / Eudes Fraga – Part de Luiz Caldas // 04 – Lua e Sol – Chico Lobo – Part de Tetê Espíndola // 05 – O Tempo é seu irmão – Chico Lobo // 06 – Indagorinha – Chico Lobo e Carlos Di Jaguarão – part de Sérgio Andrade

Agosto de 2022

Temporada 2022 – Programa 24

PAULO MALAGUTI PAULEIRA -compositor, pianista, arranjador e cantor. Fundador dos grupos vocais Céu da Boca, Arranco de Varsóvia e integrante do grupo MPB4.
O repertório do álbum “Segundo Pauleira” (2017) é autoral, traz a poesia de Helena Jobim em Cordão de Prata e a parceria de Fábio Girão na Fuga das Ilhas Sunda. O disco mostra a universalidade das referências musicais e da experiência de músico e arranjador do Pauleira: MPB, música pop, jazz, música vocal, rock, samba, Tom Jobim. O álbum tem participação dos convidados: Lenine, Arranco de Varsóvia, MPB4, Guinga, Orquestra Criola, Clara Sandroni, Elizah Rodrigues, Luiza Sales, Maíra Martins, Marcelo Martins, Luna Messina, Joana Queiroz, os americanos Chris Washburn e Eugene Friesen, um coro de 40 mulheres e outro de crianças da Fundação Casagrande, no CE. Foi produzido por Paulo Brandão e saiu pela Mills Records.
Músicas (todas de Paulo Malaguti Pauleira) : 01 – Gostaria te Encontrar // 02 – Cordão de Prata – poesia de Helena Jobim com Luiza Sales e Maíra Martins – vocal, vozes femininas dos corais Bom Tempo e Cant’duRio – Participação: Arranco de Varsóvia // 03 – Dom de Acreditar – participação de Elizah Rodrigues -voz // 04 – Fuga das Ilhas Sunda (Não olhe assim) – parceria com Fábio Girão – Participação: Orquestra Criola // 05 – A me Afligir – Participação: Luna Messina no vocal // 06 – Um Presente e o Futuro – Participação: Guinga // 07 – Música, Sim – Participação: Coro infantil de meninas cariocas dirigidas por Maira Martins / Coro de crianças e jovens da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri (CE) com regência de Paulo Brandão

GHADYEGO CARRARO – Contrabaixista, compositor, professor, pesquisador e arranjador musical, Ghadyego Carraro é natural de Passo Fundo e iniciou os estudos de violão aos 14 anos, passando a estudar baixo elétrico e nos anos seguintes contrabaixo acústico. Paralelamente, também estudou piano, arranjo e composição. Além disso, é graduado em Música pela Universidade de Passo Fundo (UPF), mestre em Performance Musical – Contrabaixo acústico pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutor em História com ênfase na música sul-americana. Ghadyego é um instrumentista versátil e possui amplo trabalho no cenário da música instrumental brasileira e sul-americana.
Entre seus trabalhos lançados estão: Influências (2010), DVD Ghadyego Carraro Group (2013), GAMM (2017 – CD/DVD), Ghadyego Carraro Trio live in Lisbon (2019), Connections (2020), Tribute (2020), Soundscapes of South America (2021), ambos focados nos trabalhos composicionais e arranjos voltados para elementos brasileiros, contemporâneos e da música sul-americana. Músicas: 01 – Besame Mucho – Consuelo Velázquez – arr. Victor Zamora // 02 – Ponteio – Edu Lobo – Arr. Ghadyego Carraro // 03 – Las Montañas // 04 – La Inmensa Pampa // 05 – La Costa y el Mar – (músicas 3, 4 e 5 de Ghadyego Carraro).

Temporada 2022 – Programa 23

MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI – Baterista, percussionista e compositor paulista, nascido em Campinas, Mário Negrão Borgonovi  lança novo álbum “Xeque Mate”, seu segundo trabalho e comemora os seus 50 anos de carreira. À época do primeiro, Madeira Em Pé (1980), o autor ainda assinava apenas Mário Negrão e trouxe a público um álbum autoral considerado como um dos pioneiros da música instrumental brasileira.

Disponível em formato físico e nas plataformas digitais pela produtora e gravadora Kuarup, Xeque Mate mostra músicas sobre o foco da bateria, seu instrumento de devoção.

Mário Negrão Borgonovi nasceu em Campinas (SP), em 1945. Depois se transferiu para a cidade do Rio de Janeiro na década dos anos 1960 para estudar Engenharia Agronômica e Florestal. Formou-se em 1968, mas começara a estudar bateria e no segundo ano da faculdade conheceu amigos na Cidade do Rio, ligados ao jazz, gênero que se tornou muito importante para sua formação musical. Com o diploma de Engenharia já em mãos, decidiu seguir a carreira de músico e se dedicou totalmente ao estudo como aluno do regente Guerra Peixe, na Fundação Museu da Imagem e do Som. Exerceu seus primeiros trabalhos como músico profissional em casas noturnas cariocas, período no qual foi aprovado em concurso promovido pela Orquestra Sinfônica Brasileira (1972), da qual foi estagiário durante dois anos. Em sua trajetória, acompanhou como instrumentista Baden Powell, Raphael Rabello, Carlos Lyra, Claudette Soares, Clara Nunes, Chico Buarque, Egberto Gismonti, Leila Pinheiro, MPB-4, Paulinho Nogueira, Quarteto em Cy, Toquinho, Vinícius de Moraes, Arthur Verocai, Cristóvão Bastos, Luiz Eça, entre muitos outros.   Músicas: 01 – Xeque Mate // 02 – Sinuca de Bico // 03 – Perfume Barato // 04 – Agulha no Palheiro // 05 – Samba Livre // 06 – Café do Dom

SULIMAR RASS é músico, compositor, produtor fonográfico e professor de música que reside em Pelotas / RS. É proprietário da Rass Escola de Música, conceituada escola que atua há mais de 20 anos no mercado. É graduado no curso de Tecnologia em Produção Fonográfica da UCPel. Estudou violão erudito na UFPel, onde participou de diversos cursos, workshops e oficinas, inclusive com o renomado violonista argentino Eduardo Issac.  Suas produções artísticas incluem o DVD “Sulimar Rass em Estúdio”, que teve ótima repercussão e aceitação de crítica e público. Em 2016 lançou seu primeiro CD “Conclusões Absurdas”, que pode ser encontrado em todas as plataformas digitais e também em formato físico. Em 2018 conclui a produção de seu mais recente trabalho “Canções Inerentes”. Trata-se de um disco fortemente influenciado pelos ritmos e temas pertinentes a região sul do Brasil, Uruguai e Argentina, com arranjos modernos, com fortes influências jazzísticas e eruditas. Músicas: 01 – Todos os Tempos // 02 – Talvez você não entenda // 03 – Imagem // 04 – A cidade que não me habita mais // 05 – Fome de Versos // 06 – De Novo outra vez 

Temporada 2022 – Programa 22

MARIA RITA STUMPF – Revelada nos anos 80 e recém descoberta por DJs e produtores europeus, cantora gaúcha reúne, em dez faixas, canções autorais e releituras de grandes nomes da MPB, com a luxuosa participação de Danilo Caymmi, Farlley Derze, Danilo Andrade, Marcos Suzano, Lui Coimbra, dentre muitos outros

O canto forte, visceral e presente da gaúcha Maria Rita Stumpf volta a entoar o Brasil mais profundo em seu mais novo álbum “Ver tente”, o quarto da carreira. Disponível nas plataformas digitais a partir do dia 26 de maio, o lançamento reverbera a pluralidade sonora que nos ambienta de norte a sul, das aldeias indígenas, da serra gaúcha, do caos urbano, da latinidade brasileira. 

Gaúcha de Aparados da Serra, atualmente radicada em São Paulo, Maria Rita Stumpf teve, em 2017, sua carreira redescoberta mundialmente a partir de remixes de música eletrônica, com a consequente reedição de seu álbum “Brasileira” em LP e o lançamento, no exterior, do EP “Brasileira – Remixes”, abrindo caminho para o seu retorno aos palcos e estúdios. O álbum de 1988 foi gravado por Ricardo Bordini, o Grupo Uaktí e Luiz Eça, com quem desenvolveu longa parceria até 1992, quando Eça faleceu.

Em 1993 lançou o CD “Mapa das Nuvens”, com músicos como Marcos Suzano, Danilo Caymmi, Farlley Derze, Lui Coimbra, André Santos e Eduardo Neves, preservando as gravações com Eça e Grupo Uaktí pois o vinil desaparecia, substituído pelo Compact Disc. Porém, a partir de 1993 começou a se dedicar integralmente à atividade de produção frente à Antares, afastando-se dos palcos como artista, mas trazendo ao Brasil e países da América do Sul os mais importantes nomes da cena artística mundial, como Mikhail Baryshnikov, Twyla Tharp, Pilobolus, American Ballet Theatre, Marcel Marceau, Jean Pierre Rampal, Philip Glass, dentre muitos outros.

Músicas: Vertente – Maria Rita Stumpf // 02 – Mata Virgem – Raul Seixas e Tania Menna Barreto // 03 – O Vento – Dorival Caymmi // 04 – Pavão Misteryozo – Ednardo // 05 – San Vicente – Milton Nascimento e Fernando Brant // 06 – Cântico Brasileiro nº 3 (Musicanto Live 1984) – Maria Rita Stumpf

CIRO BELLUCI –   cantor, compositor e multi-instrumentista mineiro de Barbacena de 22 anos, lançou “Recanto” (Selo Sensorial Centro de Cultura), seu primeiro álbum, com onze releituras de clássicos da música brasileira e uma canção inédita.

Belluci agrupou em Recanto, músicas que marcaram sua trajetória de alguma forma, seja pela admiração aos compositores, pelas gravações existentes ou pela temática da letra. Artista de teatro, Ciro Belluci é membro do grupo Ponto de Partida e assinou a produção e direção musical de seu primeiro disco. A direção artística é de Paulo Paulelli. O projeto foi contemplado com recursos da Lei Aldir Blanc, em 2021,e gravado no estúdio da Bituca Universidade de Música Popular, que fica em sua cidade natal, com alguns registros adicionais: em São Paulo, no estúdio Arsis, e em Belo Horizonte, no Usina Estúdio. O projeto surgiu a partir de um show que Ciro fazia com os músicos Pitágoras Silveira (piano), Gladston Vieira (bateria) e Matheus Duque (sax). Esses mesmos nomes foram os que acompanharam o artista na criação dos arranjos e na gravação de Recanto.

Músicas: 01 – Oriente – Gilberto Gil // 02 – Baião de Quatro Toques – José Miguel Wisnik e Luiz Tatit  – feat. Vanessa Moreno // 03 – Flor da Idade – Chico Buarque // 04 – Canto de Xangô – Baden Powell e Vinícius de Moraes //05 – Nem Luxo nem Lixo – Rita Lee e Roberto de Carvalho // 06 – Passageira – Pablo Bertola e Lido Loschi 

Temporada 2022 – Programa 21

PAULA SOUTO começou a estudar canto na Fundação das Artes de São Caetano do Sul ao mesmo tempo em que fazia aulas particulares de música popular com a cantora Ná Ozzetti, com quem começou a conhecer repertório de música brasileira. Em 1998 foi estudar canto e música em Los Angeles, na L.A.C.M. Los Angeles College of Music. Um ano intensivo de aulas com muito repertório de Jazz, R&B e Pop e também muita música brasileira. De volta ao Brasil, montou trio de jazz/bossa, também cantou em bandas de baile. Em 2004 começou a frequentar rodas de samba e a conhecer mais desse universo. Desde então vem apresentando seu vasto repertório do cancioneiro popular brasileiro em shows pela noite paulistana. Seu primeiro CD “Toda Sorte do Mundo” ganhou Menção Honrosa pelo site Embrulhador – ano de 2016. Paula Souto também é professora de canto graduada pela Los Angeles Music Academy e pós graduada em canção popular pela FASM. 

Músicas: 01 – Mãe do Vento – Márcio Celli // 02 – Leve – Paula Souto // 03 – Coisa Vem – Guca Domenico e Kapenga Ventura // 04 – Toda Sorte do Mundo – Paula Souto  // 05 – Vendas e Escuridão – Lourenço Assumpção // 06 – Nota de Repúdio – Paulo Hubert   

PABLO LANZONI e THIAGO COLOMBO 

Pablo Lanzoni é cantautor, regente e professor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre. Possui dois álbuns lançados e singles. Seu disco de estreia, POA_MVD, foi eleito o Melhor Álbum de MPB no Prêmio Açorianos de Música 2016/17 e citado dentre os dez lançamentos nacionais daquele ano pelo Jornal Zero Hora. Completa sua discografia ‘valentia tempo voz’ (2020), que contou com a participação especialíssima de Zeca Baleiro, e os singles ‘Do chão’ (2021), em parceria com Paola Kirst, e ‘Miragem’ (2021), com Mário Falcão. Tem circulado em espaços da cena autoral e pertenceu a projetos cancionistas, com os quais apresentou-se no Brasil, Uruguai, Cuba e Itália.  

Thiago Colombo é compositor, violonista e professor da Universidade Federal de Pelotas, bacharel e mestre em Música pela UFRGS e doutor pela UFBa. Foi premiado em concursos no Brasil, Argentina, Portugal e Espanha. Em sua discografia estão: Sonata (2003), Reminiscências (2006), Trezegraus (2009) e Latin Guitar Connections (2017), com os quais recebeu cinco Prêmios Açorianos de Música. Colombo atuou como concertista e palestrante em festivais de música da Argentina, Uruguai, Peru, França, Rússia, Itália, Alemanha, Inglaterra, Holanda e Portugal, além de grande parte do território brasileiro. 

‘Delírio Geral’ é o projeto dos músicos gaúchos Pablo Lanzoni e Thiago Colombo que coroa e amplia a série de singles lançados neste primeiro semestre pelo duo. O álbum é composto por oito canções, todas elas vinculadas à intimidade tímbrica da combinação violão/voz acompanhada de atmosferas e outros instrumentos.

Músicas: 01 – Delírio Geral – Pablo Lanzoni // 02 – Deus na Laje – Leandro Maia e Pablo Lanzoni // 03 – Remando – Pablo Lanzoni // 04 – Cordel – Leandro Maia e Pablo Lanzoni // 05 – Milongrafia – Richard Serraria e Pablo Lanzoni // 06 – Odoyá – Richard Serraria e Pablo Lanzoni

Julho de 2022

Temporada 2022 – Programa 20

“JUDY: O ARCO ÍRIS É AQUI” é um musical que comemora o centenário de Judy Garland e os 35 anos de carreira do autor e diretor Flávio Marinho, com a atriz Luciana Braga no papel título acompanhada em cena pelos músicos Liliane Secco e André Amaral. O texto utiliza metalinguagem que navega entre passado e presente, ficção e realidade entrelaçando a biografia de Judy Garland com a história pessoal de Luciana Braga que interpreta clássicos do repertório da estrela americana. 

Judy Garland, considerada um dos maiores nomes da era de ouro de Hollywood, e mãe da também atriz e cantora Liza Minnelli, se eternizou pela carreira brilhante iniciada ainda na tenra infância, crescendo acompanhada pelos olhos do mundo inteiro, até o final. Sua atuação aos 16 anos como Dorothy no filme ‘O Mágico de Oz’ (1939), e sua interpretação para a canção ‘Over The Rainbow’ tornaram-se um clássico, e marco definitivo na indústria cinematográfica.

Flávio Marinho – Um dos nomes mais celebrados pelo teatro, pelo teatro musical e pela televisão do nosso país, o autor e diretor Flavio Marinho está comemorando 35 anos de carreira com o musical Judy – o arco íris é aqui, que ele dirige. 

Flávio Marinho tem na bagagem mais de 90 espetáculos entre peças musicais e shows.

Luciana Braga  nasceu no RJ em 1962. Começou os estudos de teatro no Curso Amador do Colégio Andrews e se profissionalizou pela CAL – Casa de Artes de Laranjeiras (84/85). Antes de se tornar popular nacionalmente devido sua participação em Tieta (novela de 1989), Luciana Braga já tinha mostrado seu talento em outros folhetins da Globo: na primeira versão de Sinhá Moça (1986) e em Helena, da Manchete (1987). Continuou atuando em tramas televisivas, como Renascer (1993). 

Na peça , são executados ao vivo, em trechos ou na íntegra alguns sucessos de Judy que vamos mostrar neste programa.

Músicas: 01 – Se eu quero, vou cantar // 02 – You made me love you // 03 – I Got Rhythm // 04 – We’re off to see the wizard // 05 – Zing! Went the strings of my heart // 06 – Rock-a-bye your baby with a dixie Melody // 07 – Have Yourself a merry Little Christmas // 08 – Get Happy // 09 – For Once in my life // 10 – Over the Rainbow // 11 – That’s Entertainment

LAURA DALMÁS – Unindo sua juventude com sua experiência, Laura Dalmás, cantora, compositora e produtora artística, lança seu projeto inédito “Minha Essência”, um álbum audiovisual. Natural de Carlos Barbosa/RS, Laura já representou o Rio Grande do Sul no programa The Voice Brasil e na novela Malhação, da Rede Globo.

A artista é bacharel em Música Popular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também participou da extensão em Presença de Palco para Músicos. Assim, Laura Dalmás se apresenta como uma artista completa: cantora, compositora, violonista e empreendedora, pois administra sua carreira e viabiliza seus projetos, fator importante na carreira de um artista independente.

Está disponível nas plataformas digitais o álbum visual Minha Essência de Laura Dalmás, onde ela apresenta oito faixas autorais embaladas pela MPB e o pop.

Músicas: 01 – Ser Criança – Laura Dalmás e Cristian Sperandir // 02 – Nós Contra o mundo – Laura Dalmás e Cristian Sperandir // 03 – Mil Roteiros – Laura Dalmás, Cristian Sperandir, Adrieli Sperandir e Sandro Bonato // 04 – Transcender Amarras – Laura Dalmás, Jéssica Berdet e Cristian Sperandir // 05 – Minha Essência – Laura Dalmás, Cristian Sperandir e Pedro Borghetti // 06 – Última Música – Laura Dalmás e Cristian Sperandir 

Temporada 2022 – Programa 19

PÂMELA AMARO – é atriz, cantora, musicista, arte-educadora e compositora porto-alegrense. Nos últimos anos, tem se destacado como uma das vozes do samba no estado do RS, principalmente, a partir das composições que abordam temas variados, sempre positivando narrativas acerca das mulheres negras.  Ativista cultural, toca cavaquinho, percussão e tem longo caminho na cena teatral elencando grupos como Usina do Trabalho do Ator (RS), Grupo Caixa Preta (RS), Turma do Pé Quente (RS), com atuação no cinema e em musicais. Integrou grupos musicais formados por mulheres musicistas, destes o mais atual é o grupo Três Marias. Em 2020, lançou seu primeiro EP solo, Veneno do Café, apresentando sua veia no samba de partido alto. No mesmo ano, a artista foi contemplada pela Natura Musical para realizar a produção do seu primeiro álbum, Samba às Avessas.

Patrocinado pela Natura Musical e financiado pela Pró-Cultura e Governo do Estado do RS, o trabalho destaca a vertente autoral da artista, em sintonia com as narrativas do universo feminino, plural e complexo. 

Músicas: 01 – Pedido a Osun – Pâmela Amaro // 02 – Saudação a Tupan – Jorge Onifade – feat. Coral Tekoa Ywy Poty // 03 – Deixa que eu vou te contar – Pâmela Amaro – feat. Maíra Freitas e Yzalú // 04 – Samba às Avessas – Pâmela Amaro – feat. Nilze Carvalho // 05 – Oferenda / Canoa de Preto Velho /  Bença – Pâmela Amaro , Oliveira Silveira, Jorge Onifade e Luciana Carvalho // 06 – Samba Arte Popular – Wellington Pereira / Raphael Pereira / Xanndy Sy / Luciano Magalhães

GLAU BARROS –  Com 30 anos de carreira e 20 nas artes cênicas, Glau Barros é uma importante intérprete da atual geração de artistas gaúchos. Ela marcou sua presença no samba do Rio Grande do Sul com seu álbum de estréia, ‘Brasil Quilombo’, lançado em 2019. Neste trabalho, interpreta sambas de compositoras e compositores gauchos, além de releituras de consagradas canções do gênero. O álbum conquistou o Prêmio Açorianos 2020 de DVD do Ano e o prêmio de Revelação, além de duas indicações: melhor intérprete de MPB e melhor espetáculo. 

Além de marcar presença nos palcos, Glau Barros mostrou seu lado pesquisadora com o projeto ‘Sambaobá – A Raiz Feminina do Samba’. Com o objetivo de descobrir a raiz feminina do samba no Sul, sua investigação tem por finalidade visibilizar e reconhecer as mulheres sambistas de diferentes regiões do estado, como forma de fortalecer a narrativa feminina e o protagonismo dessas artistas.

Músicas: 01 – Iemanjá – Márcio Celli // 02 – O Peixe quer água – Antonio Villeroy // 03 – A Caixa e o Tamborim – Pâmela Amaro // 04 – Escolha – Elisa Lucinda / Gelson Oliveira // 05 – Brasil Quilombo – Luís Mauro Vianna / Zé Caradípia //06 – No Braço com a Vida – Nelson Coelho de Castro 

Temporada 2022 – Programa 18

CHICO BUARQUE – Chico Buarque de Hollanda é músico, dramaturgo e escritor.  É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB). Escreveu seu primeiro conto na juventude, ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda. Além da notabilidade como músico, desenvolveu ao longo dos anos uma carreira literária, sendo autor de peças teatrais e romances. Foi vencedor de três Prêmios Jabuti: um com o livro Estorvo, outro com Budapeste e o último com Leite Derramado. Em 2019, recebeu o Prêmio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa, pelo conjunto da obra.No universo da música, fez parceria com compositores e intérpretes de grande destaque, entre eles: Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime. Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944. Ele é filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Ainda criança, se mudou para São Paulo, onde seu pai assumiu a direção do Museu do Ipiranga. O interesse pela música veio cedo e era incentivado por grandes intelectuais como Vinícius de Moraes e Paulo Vanzolini, amigos de sua família. Na infância foi morar na Itália, pois seu pai foi convidado a lecionar na Universidade de Roma, em 1953. Volta ao Brasil em 1960 e três anos depois entra na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de São Paulo. Cursou a FAU  por dois anos, pois em 1965 o interesse e a dedicação à música já eram grandes. Em 1966, ganha o Festival, transmitido pela TV Record, com “A Banda”, interpretado por Chico e Nara Leão. Em 1967, foi a vez de ‘Roda Viva’, interpretada por ele e pelo grupo MPB4, amigos e intérpretes de muitas de suas canções, ganhando notoriedade nacional. No ano seguinte, voltou a vencer, desta vez o III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, com ‘Sabiá’, parceria com Tom Jobim e interpretada por Cynara e Cybele. No teatro escreveu peças importantes da dramaturgia brasileira, como ‘Calabar’, assim como ‘Roda Viva’. No cinema foram muitas as canções e trilhas sonoras que marcaram épocas. No currículo, as músicas do filme ‘Quando o carnaval chegar’, de Cacá Diegues, adaptação das músicas da peça infantil para o filme ‘Os Saltimbancos Trapalhões’, canções da peça e do filme ‘Ópera do Malandro’, ‘Bye bye Brasil’, ‘Dona Flor e seus dois maridos’, entre outros. Chico Buarque é autor de clássicos da MPB e, com uma sensibilidade ímpar, muitas vezes conseguiu imprimir através das letras das suas canções os sentimentos femininos, retratos amorosos ou mesmo registros da história recente do país. Músicas: 01 – A Banda // 02 – Roda Viva – part MPB4 // 03 – Rosa dos Ventos // 04 – Construção // 05 – O que Será? Part Milton Nascimento // 06 – Meu Caro Amigo – autoria: Chico Buarque e Francis Hime // 07- João e Maria – autoria Chico Buarque e Sivuca – part. Nara Leão // 08 – Cálice – Autoria: Chico Buarque e Gilberto Gil – Part. Milton Nascimento // 09 – Apesar de Você – part. MPB4 e Quarteto em Cy // 10 – Paratodos // 11 – Massarandupió – Autoria: Chico Buarque e Chico Brown (está no álbum Caravanas 2017) // 12 – Dueto – part. Clara Buarque (álbum Caravanas 2017) // 13 – Que tal um samba? Part. Hamilton de Holanda (single novo)

Temporada 2022 – Programa 17

PAULA SANTORO – Uma das grandes intérpretes da sua geração, Paula Santoro nasceu em Belo Horizonte, MG e há anos está radicada no Rio de Janeiro. Com diversos trabalhos em palco, estúdios de gravação e televisão, ela ganhou maior projeção a partir de 2002, quando conquistou o terceiro lugar no V Prêmio Visa de Música. Além dos cinco álbuns solo já lançados, sua discografia agrega dezenas de colaborações nos discos de artistas como Guinga, Nivaldo Ornelas, Pacífico Mascarenhas e Eduardo Neves.
Começa sua carreira profissional como integrante do grupo vocal Nós & Voz. Neste período também cantou ao lado de Cláudio Nucci, Sérgio Santos e Rosa Emília, no espetáculo “Mar de Mineiro” em homenagem ao poeta Cacaso. Depois da experiência com o Nós & Voz e a música de Cacaso, Paula ingressa no universo do rock progressivo. Convidada por Marcus Viana, a cantora se torna integrante do respeitado grupo Sagrado Coração da Terra.
No final de 2004, Paula começou a gravar aquele que considera o seu primeiro álbum solo, onde encontrou sua identidade musical. Não é à toa que o CD foi intitulado PAULA SANTORO e teve como maior influência, a sonoridade do Clube da Esquina e a liberdade do jazz. Lançado em 2005 pela gravadora Biscoito Fino no Brasil, Japão e Argentina, o CD contou com as participações especiais de Chico Buarque, Toninho Horta, Nelson Angelo, Jaques Morelenbaum e Banda Mantiqueira, entre outros grandes músicos da MPB e foi produzido por Rodolfo Stroeter e Rafael Vernet. ‘Mar do Meu Mundo’ é o título do quinto CD de Paula Santoro lançado em 2012. O CD foi produzido por Rafael Vernet e tem direção musical também assinada por Vernet e a própria Paula.
Músicas: 01 – Se você disser que sim – Moacir Santos / Vinícius de Moraes // 02 – Não é céu – Vitor Ramil // 03 – É Sério – Djavan / Fátima Guedes // 04 – Alegria – Léo Minax / Chico Amaral // 05 – Arabesco – Danilo Caymmi / Alice Caymmi // 05 – Samburá de Peixe Miúdo – Sivuca / Glória Gadelha

LEANDRO BERTOLO – Compositor, intérprete e violonista. Trabalha como MPB genuína, embora tramite em vários gêneros musicais. Como músico da noite, percorreu, desde a segunda metade dos anos oitenta, duas ou três dezenas de casas noturnas de Porto Alegre. Várias delas contemplam a história cultural e boemia da cidade. Integrou a banda Conexão e Estação Hits. Também marcou presença no Projeto Coisas do Brasil, cujo objetivo era homenagear os grandes compositores da nossa música. Nesse processo, fez amizade e criou laços com vários músicos de qualidade.
É diretor musical do projeto Sarau na Corte, gerenciado pelo Centro de Memórias da Justiça Eleitoral, contemplando datas, eventos e personalidades históricas do contexto eleitoral, com participação de músicos locais, debatedores e palestrantes da literatura e do jornalismo.
Leandro Bertolo lançou o CD ‘Clareza’, que marca a estréia profissional de Bertolo no cenário da MPB com elegante apresentação do escritor e jornalista Juremir Machado da Silva. Em 2017 o show foi pro Teatro do Sesc e o disco concorreu ao prêmio açorianos de música em Porto Alegre, obtendo 4 indicações: melhor intérprete para Leandro Bertolo, melhor compositor para Leandro Bertolo e Elias Barboza e disco do ano. Intérprete de canções populares dos grandes nomes da música brasileira, Leandro busca sua própria escritura como cantor e compositor. O trabalho reflete a relação do músico com a diversidade de gêneros musicais que tem exercitado ao longo de sua trajetória, interpretando dentro do gênero MPB várias vertentes como pop, choro-canção, seresta, valsa, samba tradicional, pop-jazz, bolero, bolero salsa, afoxé, frevo, samba-enredo.
‘A Flor do Som’ é o título do novo álbum de Leandro Bertolo. Tem a produção refinada de Luis Henrique New e ficha técnica com qualificado elenco de músicos, técnicos de gravação, mixagem e masterização. Músicas (01 à 03 de Leandro Bertolo / Bianca Marini) : 01 – A Flor do Som // 02 – Armandilha // 03 – Luz do Amor – feat. Bianca Marini // 04 – Momentos Felizes – Leandro Bertolo / Gustavo Filho // 05 – Rotas do Sonhar – Leandro Bertolo // 06 – AT’KI – Leandro Bertolo.

Junho 2022

Temporada 2022 – Programa 16

IZABEL PADOVANI – A cantora  lança o álbum POVARÉU, com dez canções do compositor porto-alegrense Raul Boeira. 

Na companhia dos músicos Ronaldo Saggiorato (baixo, arranjos e direção musical), Ricardo Matsuda (violão, viola e guitarra) e Jota Pê (sax alto e soprano, flauta e pícolo), a cantora Izabel Padovani faz uma leitura singular da obra do compositor, valorizando a performance dos instrumentistas, com uma sonoridade brasileira e espaço para improvisações.

As gravações aconteceram em fevereiro e março deste ano, no Estúdio Mário Porto, em Campinas-SP.  Para o álbum, a cantora escolheu dez canções com temas que se inserem na cultura popular brasileira, do vendedor de ervas ao benzedor, da saudade da morena à homenagem ao gênio Tom Jobim. Em tres canções, as letras foram feitas em parceria com a poeta Márcia Barbosa. 

Izabel Padovani  é cantora e residiu em Viena por uma década. Em 2005 retornou ao Brasil e, em seguida, venceu o Prêmio Visa de Música – edição vocal. Tem sete CDs gravados. O mais recente, o CD Passarinhadeira, acompanhada pela Orquestra à Base de Sopros de Curitiba, com as canções de Guinga, foi finalista do Prêmio Profissionais da Música, em 2019,  na categoria melhor projeto orquestral. Em uma longa parceria com o baixista Ronaldo Saggiorato, lançou dois CDs.

O primeiro, Tons – bass&voice (2005) – foi indicado ao Prêmio da Crítica na Alemanha. O segundo, Aquelas Coisas Todas (2015), integrou a lista de álbuns indicados pelo prestigiado crítico Carlos Calado.

Músicas (todas de Raul Boeira – músicas 2,4 e 6 em parceria com Márcia Barbosa) : 01 – Minha Reza // 02 – Na Pausa // 03 – Laranjeira // 04 – Povaréu // 05 – Na Beira do Rio // 06 – Aos que chegam

CUSCOBAYO – A banda Cuscobayo chega perto do seu décimo aniversário lançando o seu segundo e aguardado disco. Intitulado Não É Bem Assim, com aporte da Natura Musical e Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, o disco em si encerra uma jornada de quase 3 anos de produção, um passeio pela música popular da América Latina e do Sul do Brasil carregado de luz e sombra, sentimentos e sensações antagônicas e muita tenacidade humana e fibra artística.  A banda nasceu em Caxias do Sul e  é formada atualmente por Rafael Froner (violão, voz, composições), Marcos Sandoval (voz e cajón), Alejandro Montes (trompete), Pedro Ourique ( baixo e voz) e Rafael Castilhos (percussão). 

Músicas: 01 – Alegre Cativo // 02 – O Grito do Abismo // 03 – Somos Multidão // 04 – Querido // 05 – Eu esperei Demais // 06 – Desafogo 

Temporada 2022 – Programa 15

DUDU SPERB – Cantando desde criança, o porto-alegrense Dudu Sperb formou-se em Artes Visuais pela UFRGS. No começo de 1988, produziu seu primeiro show, Da maior importância, com canções de Caetano Veloso. A partir daí, começou a se apresentar em diversos palcos da cidade e trabalhou com diferentes músicos locais. Participou de projetos e fez vários espetáculos dedicados ao cancioneiro brasileiro e à obra de compositores e intérpretes. Atualmente, o artista tem em torno de 11 mil ouvintes mensais no Spotify. Sua discografia inclui: Comptines à jouer (2003); Arrabalero (2008); Coração Sol (2015); So in Love (2016); Navegante (com Guinga, 2019); o single Quando será que será? (2019); Arrabalero remasterizado (2020); EP Dudu Sperb – Vol 1 (2020) e Dudu Sperb – Vol 2 (2021).
De Longe e de Perto, novo trabalho de Dudu Sperb, o quinto álbum da carreira, apresenta 14 canções de sua autoria, contando com a colaboração de grandes artistas. A formação básica é um duo de violões, de Dudu com Marcel Estivalet, instrumentista de excelência que atua em todas as faixas. O projeto discográfico ainda traz participações especiais de Anaadi, Angelo Primon, Fernando Sessé, Gisele de Santi, Loma Pereira, Marcelo Delacroix, Marcelo Freire, Mimmo Ferreira, Raquel Leão, Vanessa Longoni e Vitor Ramil.
Músicas do álbum De Longe e de Perto: 01 – Sem Nenhuma razão Clara – Música: Dudu Sperb / Poema: Lolita Beretta // 02 – Quando será que será? – Dudu Sperb – Vozes: Anaadi, Dudu Sperb, Marcelo Delacroix, Marcelo Freire, Raquel Leão, Vanessa Longoni // 03 – A dádiva a vida dá – Dudu Sperb – Participação: Gisele de Santi // 04 – Olha Bem – Dudu Sperb – Participação: Anaadi // 05 – Maçambique – Dudu Sperb – Participação: Loma Pereira // 06 – The Spirit and the dust – Música: Dudu Sperb / Poema: Emily Dickinson – Participação: Vitor Ramil

ANTONIO CARLOS FALCÃO e ALEXANDRE MISSEL

O álbum Queijo com Goiabada de Antonio Carlos Falcão e Alexandre Missel, está disponível desde novembro/2021 nas plataformas digitais de música. O CD foi financiado pelo FUMPROARTE (prêmio dado pela prefeitura municipal de Porto Alegre/RS para produções artísticas da cidade) em 2012.
O projeto foi desenvolvido pelo cantor, compositor, violonista, produtor musical e psicólogo Alexandre Missel. É uma produção de música autoral, a partir do show idealizado em parceria com o cantor, ator e compositor Antonio Carlos Falcão. O título Queijo com Goiabada remete ao popular doce, com grande aceitação de norte a sul do Brasil e o trabalho de música brasileira mistura sambas, baladas, jazz e marchinhas. Adocicado e levemente amargo, feito com alegria e nostalgia, mescla dois trabalhos musicais distintos, mas que se combinam e completam.
Catorze músicas compõem este álbum, sete para cada compositor. Arranjos e direção musical de Alexandre Missel com a participação de músicos conceituados dentro do circuito musical gaúcho e nacional como Bruno Coelho, Clóvis Boca Freire, Luiz Mauro Filho, Lucio Chachamovich, Charão, Carmen Correa, Marcelo Fruet, entre outros.
Músicas do álbum “Queijo com Goiabada” (de Alexandre Missel) : 01 – Cartomante // 02 – Pulmões // 03 – Leão // 04 – Lagoa D’Água // 05 – Triângulo // 06 – Sem Sinal // 07 – Do Amor e do Ciúmes

 

Temporada 2022 – Programa 14

ROTA DE PEDESTRE – é uma banda portoalegrense de Rock Subtropical formada por Artur Wais (vocalista, guitarrista, compositor e produtor musical), Maurício Victorino (baixista) e Bruno Fonini (baterista).

Recentemente a banda participou do Festival QuartoPoa, onde mais de 3 mil pessoas prestigiaram o evento que juntou mais de 40 atrações no Quarto Distrito de Porto Alegre. No ano de 2021 a banda lançou o EP Trancado pra Dentro, com participações especiais de Carlinhos Carneiro, Anaí Corrêa (Ondular) e Gabo. No final de 2021 foi lançado o single ‘Não se Desespere’, marcando um momento de transição na sonoridade da Rota de Pedestre. Utilizando instrumentação mais orgânica, com arranjo estruturado na tríade guitarra-baixo-bateria, a música foi gravada ao vivo no estúdio Transcendental e contou com a participação da artista curitibana Juliana Cortes. A masterização do single foi feita por Leo Bracht (Transcendental Audio e premiado no Latin Grammy).

Nesse ano de 2022, a banda Rota de Pedestre se prepara para lançar seu primeiro álbum ‘Nós nessa Cidade’. E nessa edição de O Sul em Cima, temos o prazer de  mostrar algumas músicas desse novo álbum!  

Músicas (de Artur Wais): 01 – Não se Desespere – feat. Juliana Cortes // 02 – Trancado pra Dentro (Aquela) – feat. Carlinhos Carneiro // 03 – Versão Beta – feat. Anaí Corrêa

Músicas do álbum ‘Nós nessa cidade’: 04 – Para não enlouquecer – Artur Wais e Henrique Bordini // 05 – Cerca de Arame – Artur Wais e Maurício Victorino, com trechos de textos de Eduardo Galeano e Schiller // 06 ´Nós nessa Cidade – Artur Wais. 

DA COR DO CANTO nasce da aproximação artística entre Cassiani Tasca e Rafaelo de Góes. O projeto surgiu em 2020 e vem consolidando conceitos, valores, movimentos, cores e sons que norteiam e compõem o trabalho. Pintar paisagens sonoras que levam o ouvinte a reflexões e questionamentos, sem perder de vista a importância da contemplação e da fruição dos ritmos que embalam aqueles que sabem curtir a jornada da vida. Assim pode-se definir o trabalho do movimento Da Cor do Canto, encabeçado pelos artistas Cassiani Tasca e Rafaelo de Goes, no álbum Arcoirizar, o primeiro da sua discografia, que chegou a todas as plataformas digitais dia 19 de maio.  O disco é composto por oito faixas, das quais apenas Flutuar havia sido lançada como single antecipando um pouco do trabalho. As canções carregam muito da bagagem artística dos músicos Cassiani Tasca e Rafaelo de góes, com formação baseada na riqueza musical representada pela Música Popular Brasileira (MPB). As composições dos dois artistas foram entregues ao olhar e à vivacidade experiente do produtor musical Elieser de Jesus, que tem um trabalho caracterizado pelo uso de elementos tecnológicos, contribuindo criativamente para a ampliação das possibilidades musicais do projeto ao incorporar uma linguagem mais contemporânea à sonoridade das canções.

Esta construção resulta em um trabalho criativo, sensível, alegre e dançante, sem deixar de lado provocações sobre temáticas bastante relevantes. ‘A gente entende que a arte tem a responsabilidade de comunicar, de transmitir mensagens edificantes, construtivas. Através da música, buscamos inspirar as pessoas a seguirem sonhando e se libertando de opressões, estereótipos e padrões muitas vezes desnecessários’, salienta a cantora e compositora Cassiani Tasca.

A ficha técnica do disco inclui, além de Cassiani Tasca (voz) e Rafaelo de Goes (violão e voz), os músicos Willian Goe (bateria e percussão), Arnou de Melo (contrabaixo), Alexandre Vicente (contrabaixo) e Elieser de Jesus (teclados), todos artistas consolidados na cena catarinense, e conta com a participação de Fernanda Koppe (violoncelo), integrante da banda curitibana Mulamba. O disco Arcoirizar tem patrocínio da Prefeitura Municipal de Itajaí e Fundação Cultural de Itajaí, com renúncia Fiscal da APM Terminals, através da Lei de Incentivo à Cultura de Itajaí.

Músicas do álbum ‘Arcoirizar’: 01 – Flutuar // 02 – Arcoirizar // 03 – Radar // 04 – Moda de uma Emoção // 05 – De Bem com a Vida // 06 – Poder de ser mulher

Temporada 2022 – Programa 13

ARTHUR DE FARIA e TUM TOIN FOIN

Arthur de Faria e Tum Toin Foin lançam o álbum homônimo de estréia. Em 13 faixas instrumentais constroem paisagens e apontam novos caminhos musicais.

Arthur de Faria é um dos mais atuantes compositores e arranjadores de sua geração. Já são mais de 30 anos dedicados à música. Já lançou 20 álbuns e escreveu 51 trilhas para cinema e teatro. Tem peças interpretadas por diversas orquestras. Seja na música erudita ou na popular, estar preso a qualquer limite estético nunca foi nem será sua intenção.

Agora, com a banda de câmara Tum Toin Foin, Arthur sintetiza suas referências acumuladas e seus temas instrumentais compostos nas últimas três décadas, levando a grandiosidade da sua obra para uma junção com mais nove músicos que, assim como ele, trazem uma boa falta de limites na sua essência.

Tudo isso começa no já distante 2018, quando Arthur resolveu celebrar seus 30 anos de carreira escolhendo um apanhado de temas instrumentais que ele compôs e formando uma banda totalmente inusitada para interpretar novos arranjos. Juntou um time de músicos que tinham então entre 22 a 60 anos, vindos do rock, da música erudita, do samba, do choro, da música regional gaúcha e do jazz. Os cúmplices de tamanha ousadia nesta nova aventura musical são: Miriã Farias no violino, Gabriel Romano no acordeon, Ange Bazzani e Adolfo Almeida Jr. nos fagotes, Júlio Rizzo no trombone, Erick Endres na guitarra, Bruno Vargas no baixo, Güenther Andreas na bateria, Giovani Berti na percussão, com Arthur de Faria no piano, Rhodes e Clavinet D6.

Músicas (TODAS – composições e arranjos: ARTHUR DE FARIA): 01 – Chamamonga // 02 – Radar // 03 – Osvaldo Y Astor en Venus // 04 – Toin Toin Toin // 05 – Três Tristes Tigres

VANESSA LONGONI

Natural de Porto Alegre (RS) e radicada em São Paulo (SP), Vanessa Longoni é cantora, produtora cultural, especialista em canção popular, produção e performance. Vinda de uma formação lírica, mas com sua raiz no popular, já participou de vários grupos, óperas e espetáculos teatrais. Coleciona prêmios musicais de destaque no estado onde nasceu, entre eles: o Açorianos de Música de Melhor Intérprete, Melhor CD, Melhor Produção Musical, Melhor Show por “A Mulher de Oslo” (2008).

Em 2013 lançou “Canção para Voar”, seu segundo trabalho solo, gravado no Rio de Janeiro, com produção musical de Gastão  e Antonio Villeroy. 

Vanessa Longoni lança seu novo trabalho, o EP independente “Tudo Tinha Ruído”, nas plataformas digitais. Em nove faixas, a cantora transita por caminhos musicais diversos: do bolero ao pop. O álbum traz composições de Arthur de Faria que celebram o amor e o existencialismo no estilo performático de Vanessa. A produção musical é de Otavio Carvalho. O EP “Tudo Tinha Ruído” nasceu do show de mesmo nome – apresentado pela primeira vez em 2019 – antes do início da pandemia. O período de criação do show durou seis meses, entre pesquisa, ensaios e concepção. Enquanto o álbum anterior “Canção para Voar” tinha origem na necessidade da leveza, da delicadeza da voz, “Tudo Tinha Ruído” vem do desassossego e da inquietação dos tempos atuais.

Músicas: 01 – Passada – Arthur de Faria e Alessandra Leão // 02 – Primeira Canción – Arthur de Faria e Juan Rodolfo Wilcock //  03 – Tudo Tinha Ruído – Arthur de Faria e Maurício Pereira // 04 – As Coisas da Casa – Arthur de Faria e Marcelo Sandman // 05 – Breve Oração – Arthur de Faria e Daniel Galera // 06 – Só por Hoje – Arthur de Faria e Gustavo Kaly

Temporada 2022 – Programa 12

CANTADORES DO LITORAL
O grupo estreou em 2001 em Osório/RS com o espetáculo que tinha como título “Cantadores do Litoral”. De lá para cá, aconteceram várias apresentações que – com o passar do tempo, por uso do público e da imprensa – acabou assumindo o próprio nome do espetáculo e transformando-se num importante e fundamental divulgador da cultura étnica de influência afro-açoriana vigente nesta região.Juntos, divulgando esses traços culturais afro-açorianos do nosso terrítório mais meridional do Brasil, compartilharam e proporcionaram ao público um dos mais importantes momentos da música popular brasileira dos últimos tempos.
Com um repertório repleto de ritmos quentes e sons impregnados de lusitanismos e africanismos, transformando-se em nova e brasileira opção musical aflorada na beira do mar, os Cantadores do Litoral transcendem a finalidade inicial, pelas necessidades e pelas responsabilidades que lhes foram impostas: serem os embaixadores artísticos e os perpetuadores da cultura presente no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Sempre incentivando a atuação coletiva, alavancou o surgimento e a carreira de diversos grupos, que continuam o legado que Mário Tressoldi e Paulo de Campos criaram e batalharam: fazer com o que o gênero descoberto por Carlos Catuípe e Ivo Ladislau seja ouvido pelo resto do estado e pelo país inteiro. Hoje em dia, CANTADORES DO LITORAL é o maior arquivo de música e cultura afro-açoriana do estado, além de ainda aparecer de vez em quando, surpreendendo e recompensando os eternos fãs e admiradores. OS CANTADORES DO LITORAL estarão vivos aonde estiver um músico cantando a diversidade e a pluralidade do Litoral do Rio Grande do Sul.

COLETIVO TAPERA
É inegável que a riqueza cultural advém do processo de formação do nosso povo, marcado por miscigenação, mistura de povos, etnias e, por consequência pela mescla de suas manifestações culturais. Reconhecer o valor das diferenças e o potencial transformador da diversidade, portanto, é o caminho mais libertador para a sociedade brasileira. É essa a postura do Coletivo Tapera, formado por seis músicos de Itapema, no litoral norte catarinense, a pouco mais de 70km de Florianópolis, capital do estado. Tinho Santos, Sérgio Negrão, Peter Allan, Teteu Caetano, Regis Silveira e Ariel Jimenez comungam da dedicação à música autoral e se uniram na criação do projeto. O objetivo é fomentar a produção musical com foco em temáticas regionais, mas dialogando com a linguagem do universo da música pop.
Andantino Caiçara é o primeiro álbum de estúdio da banda de Itapema, Coletivo Caiçara. Com influências diversas, o álbum apresenta dez músicas autorais que buscam valorizar as paisagens naturais e preservar os patrimônios materiais e imateriais que formam a identidade do povo de Santa Catarina.

Maio 2022

Temporada 2022 – Programa 11

Vamos mostrar neste programa O SUL EM CIMA, as músicas do disco CLÁSSICOS DO SUL, lançado em 1999. Uma produção Universal Music, dirigida por Marco Mazzola, com direção e concepção musical de Kleiton & Kledir. Programações e concepção rítmica de Ramiro Musotto e K&K. As músicas apresentadas são: Pára Pedro (José Mendes/José Portella Delavy), Nuvem Passageira (Hermes Aquino – participação de Bakithi Kumalo), Balaio (Folclore), Haragana (Quico Castro Neves), Gaúcho de Passo Fundo e Coração de Luto (Teixeirinha), Negrinho do Pastoreio (Barbosa Lessa), Trova (Kleiton & Kledir), Pezinho (Folclore), Felicidade (Lupicínio Rodrigues), Carreta de Quitanda, Prenda Minha e Boi Barroso (Folclore), Gauchinha Bem-Querer (Tito Madi).

Kleiton e Kledir começaram a estudar música muito cedo e, nos anos 70, lançaram com mais três amigos a banda “Almôndegas”, que foi um marco na história da música do Rio Grande do Sul. Foram quatro discos, uma infinidade de shows e a mudança para o Rio de Janeiro. Quando o grupo se dissolveu, os irmãos decidiram prosseguir a carreira em dupla. Em 1980 saiu o primeiro disco da dupla. O sucesso foi imediato e os shows arrastavam um público enorme por todo o Brasil. Lançaram vários discos (inclusive um em espanhol) o que lhes rendeu disco de ouro e shows nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Gravaram em Los Angeles, Nova Iorque, Lisboa, Paris, Miami e Buenos Aires. Suas composições foram gravadas por Simone, Nara Leão, MPB4, Caetano Veloso, Xuxa, Fafá de Belém, Nenhum de Nós, Zizi Possi, Ivan Lins, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Belchior, Emílio Santiago, Cláudia Leitte e muitos outros. Também pelo mundo afora suas músicas ganharam versões de grandes artistas, como os argentinos Mercedes Sosa e Fito Páez, a cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro e a japonesa Chie.

Kleiton & Kledir trouxeram definitivamente para a cultura brasileira a nova música gaúcha. Eternizaram um sotaque diferente, uma maneira própria de falar e cantar, com termos até então desconhecidos como “deu pra ti” e “tri legal”. Segundo um crítico da época, parecia “uma dupla de ingleses, cantando numa língua que lembra o português”. Acabaram se transformando em símbolos do gaúcho contemporâneo, do homem moderno do sul do Brasil, o que fez com que o governo do estado lhes conferisse o título de “Embaixadores Culturais do Rio Grande do Sul”. Kleiton & Kledir, com seu inovador estilo musical e um simpático sotaque gaúcho, marcaram definitivamente a cultura brasileira dos últimos anos.

Temporada 2022 – Programa 10

No programa dessa edição, vamos mostrar as músicas do CD SIM, disco solo de Kleiton Ramil e ouvir muitas coisas interessantes a respeito desse disco, onde ele divide conosco esse momento tão importante na sua vida artística.

Kleiton Ramil músico, compositor, violinista, cantor, arranjador, violonista, escritor e radialista, é consagrado pelos trabalhos na dupla Kleiton & Kledir. Também fundou em 1975 a banda “Almôndegas” sucesso em todo o Brasil, presente em novelas da Rede Globo e participações em festivais da extinta TV Tupi.

Além de 4 discos lançados pelos Almôndegas, 11 CDs com Kledir Ramil (desde os anos 80, forma o duo Kleiton & Kledir), entre eles um em espanhol, 3 DVDs, 5 coletâneas, possui 2 CDs solos: SIM gravado em Miami, Fl., US em setembro de 1990 no “Criteria Recording Studios” e Vitraux gravado na França.

Ultrapassaram a marca de 3000 espetáculos na cena brasileira; shows nos EUA, França, Argentina, Cuba, Portugal e outros países; suas composições foram gravadas por Mercedes Sosa, Simone, MPB4, Fafá de Belém, Emílio Santiago, Vitor Ramil e outros. A composição “Vira Virou” está incluída no disco comemorativo do 25º aniversário da Anistia Internacional, junto com grandes nomes como Sting e Joan Baez.

O disco SIM foi originalmente gravado em setembro de 1990 na Flórida, Estados Unidos, no Criteria Recording Studios com produção de Gary Campbell e relançado em CD em 2002.. Das músicas originais, uma ficou de fora para dar mais unidade ao CD com a chegada das 3 novas gravações. No CD a ordem é: Porto é meu porto / Voltar na Primavera / Sim / Mesmo Que / Nunca Diga Nunca / Un-Deux-Trois/ Sambo / Phaneron / Animais / Couvert Artístico e os bônus track Comigo / Ruídos / Kantilena para Kaio.

Para os que cultuam o grupo Almôndegas (primeira banda de Kleiton) importante saber que a gravação da música RUÍDOS é um registro histórico, pois essa canção deveria estar no primeiro disco do grupo, mas a gravação foi extraviada pela gravadora.

A música ANIMAIS tem parceria com Vitor Ramil, SAMBO com Carlos Sandroni e COMIGO com Karina Ramil, filha do artista. As outras são da autoria de Kleiton que explora seu violino eletroacústico na instrumental COUVERT ARTÍSTICO e voz e violão por todo o disco.

Kleiton assina também a direção musical e divide a concepção dos arranjos com Luis Antonio, músico carioca que participa também das gravações junto com a banda americana formada por Randall Dollaron – guitarra, Nicky Orta – baixo, Orlando Fernandes – bateria e Gary Campbell – sax tenor e soprano. O novo tratamento gráfico para o CD foi idealizado por Carla Taves e as novas gravações foram realizadas no Rio de Janeiro em 2002.