Zelenskyy vê avanço em negociações com os EUA

Kyiv, Kyiv, Ucrânia, 24 de dezembro de 2025, Reuters – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que houve avanço nas discussões com os Estados Unidos sobre garantias de segurança para o país, em meio às negociações mediadas por Washington para um possível acordo de paz.

As conversas mais recentes ocorreram no estado da Flórida e terminaram no domingo, com representantes ucranianos e russos reunindo-se separadamente com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff.

Zelenskyy declarou que existe um acordo bilateral estruturado em documento, que prevê garantias de segurança para a Ucrânia assim que um cessar-fogo com a Rússia for estabelecido. Ele também mencionou que uma estratégia econômica para a reconstrução do país já foi delineada e que as negociações estão “muito próximas de gerar resultados reais”.

O presidente alertou, porém, que a Rússia pode realizar ataques de grande escala nos próximos dias, ressaltando que Moscou já anunciou que não haverá cessar-fogo de Natal. Zelenskyy destacou ainda que a Ucrânia enfrenta um déficit significativo em sistemas de defesa aérea, o que aumenta a vulnerabilidade do país.

“As conversas avançam, mas o risco de novos ataques permanece alto. Estamos trabalhando para fortalecer nossa defesa e garantir apoio internacional”, afirmou Zelenskyy.

Do lado russo, um alto funcionário do gabinete presidencial rejeitou uma das propostas apresentadas pelos Estados Unidos durante as negociações, classificando-a como “não construtiva” e indicando que não seria aceita.

A expectativa é que o representante russo envolvido nas conversas apresente um relatório ao presidente Vladimir Putin ao retornar a Moscou, o que poderá influenciar os próximos passos do processo diplomático.

“As posições ainda estão distantes, mas o diálogo continua sendo a única via possível para reduzir tensões e buscar estabilidade”, avaliou um analista próximo às negociações.

As tratativas seguem em um momento de forte instabilidade, com a Ucrânia pressionando por garantias de longo prazo e os Estados Unidos tentando equilibrar esforços diplomáticos com o apoio militar contínuo ao país.