Niigata aprova retomada de reator nuclear da TEPCO

Niigata, Niigata, Japão, 23 de dezembro de 2025, Kyodo News – O governo da província de Niigata notificou oficialmente o governo central japonês sobre a aprovação para reiniciar um dos reatores da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, operada pela Tokyo Electric Power Company (TEPCO). Será o primeiro reator da empresa a voltar a operar desde o desastre nuclear de Fukushima Daiichi, em 2011.

A decisão foi comunicada durante encontro entre o governador Hanazumi Hideyo e o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Akazawa Ryosei, realizado em Tóquio nesta terça-feira (23). Hanazumi afirmou que a província deu sinal verde após confirmar a resposta do governo central a sete medidas essenciais, incluindo aprimoramentos de segurança e a definição de rotas de evacuação mais eficientes.

Akazawa destacou que a decisão de Niigata é “extremamente importante”, por refletir as condições reais da comunidade local, e garantiu que atuará “de forma responsável e consistente” no processo.

“A aprovação representa um passo significativo, mas exige acompanhamento rigoroso para garantir a segurança da população”, afirmou o ministro durante o encontro.

Na segunda-feira (22), a assembleia provincial aprovou, por maioria, um orçamento suplementar relacionado ao processo de retomada. O projeto foi apresentado pelo próprio governador, que já havia manifestado disposição para autorizar o reinício das operações.

Fontes próximas ao processo indicam que a TEPCO pretende reativar o reator nº 6 em 20 de janeiro, solicitando à Autoridade de Regulação Nuclear a triagem final para retomada ainda nesta quarta-feira (24).

Após a reativação, a empresa realizará novas inspeções de equipamentos enquanto aumenta gradualmente a potência, retomando a geração e transmissão de energia. A meta é retornar à operação comercial até o fim de março.

“Estamos comprometidos em garantir que cada etapa seja conduzida com total transparência e segurança”, declarou um representante da TEPCO.

A usina Kashiwazaki-Kariwa, uma das maiores do mundo em capacidade instalada, permanece sob forte escrutínio público desde o desastre de 2011. A retomada de suas operações é vista como um marco na política energética japonesa, que busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis e estabilizar o fornecimento elétrico nacional.