Japão vai admitir 1,23 milhão de trabalhadores estrangeiros

Tóquio, Tóquio, Japão, 23 de dezembro de 2025, Kyodo News – O governo japonês definiu um plano para admitir 1.231.900 trabalhadores estrangeiros até março de 2029, combinando dois sistemas distintos: o atual modelo para profissionais com habilidades específicas e um novo programa de treinamento que será implementado em 2027.

Segundo o governo, 805.700 trabalhadores serão admitidos em 19 áreas pelo sistema atual de “trabalhadores qualificados específicos”. Entre os setores com maior demanda estão:

Indústria de produtos industriais: 199.500 vagas
Produção de alimentos e bebidas: 133.500 vagas
Cuidados de enfermagem: 126.900 vagas

O segundo sistema, que entrará em vigor em 1º de abril de 2027, tem como objetivo formar trabalhadores estrangeiros para que alcancem o nível de qualificação exigido em até três anos. Pelo novo modelo, 426.200 pessoas serão aceitas em 17 áreas, com destaque para:

Construção civil: 123.500 vagas
Manufatura industrial: 119.700 vagas
Produção de alimentos e bebidas: 61.400 vagas

“O plano foi elaborado considerando a capacidade de absorção do mercado japonês e o aumento esperado da produtividade nos próximos anos”, afirmou um representante envolvido na elaboração das diretrizes.

Entre os setores que mais receberão trabalhadores pelo novo sistema estão construção civil, manufatura industrial e produção de alimentos e bebidas — áreas que enfrentam forte pressão por falta de mão de obra.

As autoridades destacam que os números representam o limite máximo estimado, calculado com base na disponibilidade de trabalhadores no Japão e na necessidade de manter a competitividade econômica em meio ao envelhecimento populacional.

O governo pretende finalizar o debate sobre o plano nas próximas semanas e submetê-lo à aprovação do gabinete em janeiro.

“A entrada de trabalhadores estrangeiros continuará sendo essencial para sustentar setores estratégicos e garantir o funcionamento da economia japonesa”, destacou outro integrante do governo.

A medida representa uma das maiores expansões recentes da política de imigração laboral do Japão, refletindo a urgência de enfrentar desafios demográficos e assegurar a continuidade de serviços fundamentais em todo o país.