Hong Kong, China, 27 de dezembro de 2025, Xinhua – Um mês após o incêndio que devastou um complexo residencial de alto padrão no distrito de Tai Po, em Hong Kong, autoridades enfrentam crescente pressão pública por responsabilização. O desastre, ocorrido em 26 de novembro, deixou 161 mortos e mais de 4.000 desabrigados, tornando-se o pior incêndio na cidade desde sua devolução à China em 1997.
O fogo se espalhou rapidamente por sete dos oito edifícios do conjunto, onde obras de renovação utilizavam redes de proteção fora dos padrões de segurança e placas de espuma altamente inflamáveis. Alarmes de incêndio defeituosos também foram relatados no local.
A polícia abriu investigação contra 16 pessoas, incluindo funcionários de empresas envolvidas na reforma, sob suspeita de homicídio culposo. A causa exata do incêndio ainda não foi identificada.
O governo realizou em 19 de dezembro a primeira reunião de um comitê independente criado para investigar o caso. O grupo pretende concluir o relatório final em até nove meses.
Enquanto isso, aumentam os apelos para que autoridades assumam responsabilidade por falhas de gestão e fiscalização. No entanto, tais manifestações têm enfrentado resistência. Dias após o desastre, três pessoas foram presas sob acusação de sedição, entre elas um estudante universitário que iniciou uma petição exigindo explicações do governo.
Moradores e especialistas afirmam que o episódio expôs fragilidades graves na fiscalização de obras, na manutenção de sistemas de segurança e na liberdade de expressão em Hong Kong. Para muitos, o incêndio se tornou um símbolo doloroso de negligência e de tensões políticas persistentes no território.
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