Yangon, Mianmar, 6 de dezembro de 2025, NHK – Com menos de um mês para o início das eleições gerais em Mianmar, o Governo de Unidade Nacional (NUG), formado por grupos pró-democracia, pediu à comunidade internacional que não reconheça os resultados do pleito, marcado para 28 de dezembro (28).
A ministra das Relações Exteriores do NUG, Zin Mar Aung, classificou a votação como uma “eleição de fachada”, destacando que quase todo o governo civil eleito foi preso após o golpe militar de 2021.
Ela ressaltou que, após a eleição, os grupos pró-democracia continuarão a resistir ao controle militar e que “não haverá espaço para diálogo”.
Zin Mar Aung também demonstrou preocupação com a decisão recente dos Estados Unidos de encerrar o status de proteção temporária para cidadãos de Mianmar, pedindo que a política migratória norte-americana esteja alinhada com sua política externa para beneficiar tanto os americanos quanto os que fugiram da junta.
O regime militar, que tomou o poder em 2021 alegando fraude nas eleições anteriores vencidas pelo partido pró-democracia NLD, vem intensificando o controle sobre discursos e ações críticas ao processo eleitoral. Uma nova lei aprovada em julho (7) ampliou a repressão contra opositores.
O cenário reforça a tensão política em Mianmar, onde a junta militar busca consolidar sua autoridade enquanto a oposição insiste em denunciar a falta de legitimidade do processo eleitoral.
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