EUA condenam ações coercitivas da China contra o Japão

Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos, 24 de dezembro de 2025, Reuters – Um grupo bipartidário de parlamentares dos Estados Unidos apresentou uma resolução na Câmara dos Representantes condenando o que classificam como ações coercitivas da China contra o Japão, em meio ao aumento das tensões entre os dois países asiáticos.

A resolução foi submetida após declarações da primeira-ministra japonesa, Takaichi Sanae, sobre a possibilidade de uma emergência envolvendo Taiwan. O documento cita episódios recentes em que aeronaves chinesas teriam travado radar de controle de tiro contra caças japoneses em espaço aéreo internacional ao sudeste de Okinawa. Também menciona o alerta de viagem emitido por Pequim, recomendando que cidadãos chineses evitem viajar ao Japão.

O texto pede que a China interrompa imediatamente tais ações e participe de um diálogo construtivo sobre questões regionais. A resolução também incentiva o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a trabalhar com aliados do Indo-Pacífico para enfrentar práticas econômicas e diplomáticas consideradas coercitivas.

“A estabilidade regional depende de ações responsáveis e da redução de movimentos que elevem o risco de conflito”, afirmou um dos parlamentares envolvidos.

No Senado, uma resolução semelhante já havia sido apresentada anteriormente, reforçando a preocupação crescente em Washington com o comportamento chinês na região.

Na última sexta-feira, o secretário de Estado Marco Rubio reiterou que os Estados Unidos pretendem manter uma aliança firme com o Japão, ao mesmo tempo em que buscam formas de construir relações cooperativas com a China.

“É possível defender aliados e, ao mesmo tempo, manter canais de diálogo abertos”, declarou o secretário.

A resolução ainda será analisada pelas comissões competentes, mas já reflete o clima de preocupação no Congresso sobre o equilíbrio estratégico no Indo-Pacífico e o risco de escalada militar na região.