Impasse territorial persiste em negociações de paz

Miami, Flórida, Estados Unidos, 22 de dezembro de 2025, Associated Press – As negociações conduzidas pelos Estados Unidos com representantes da Rússia e da Ucrânia, realizadas separadamente na Flórida ao longo do fim de semana, terminaram sem qualquer indicação de avanço sobre o ponto mais sensível do conflito: o futuro do território ucraniano atualmente ocupado por forças russas.

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, reuniu-se por três dias com autoridades ucranianas, incluindo o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Rustem Umerov. Segundo Witkoff, as conversas abordaram um plano de paz de 20 pontos, propostas multilaterais de garantias de segurança e um plano econômico para a reconstrução da Ucrânia após o fim da guerra.

O encontro contou também com a participação de conselheiros de segurança de países europeus, que classificaram as discussões como “produtivas e construtivas”.

“Eles também estão discutindo prazos — possíveis cronogramas para decisões específicas”, afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy em publicação nas redes sociais.

Paralelamente, Witkoff manteve uma reunião de dois dias com um enviado especial russo, também na Flórida. Após o encontro, ele declarou que a Rússia “permanece totalmente comprometida em alcançar a paz na Ucrânia”.

Apesar do tom diplomático, nenhum dos lados mencionou como seria tratada a questão territorial — ponto considerado decisivo para qualquer acordo. A ausência de declarações sobre o tema reforça a percepção de que o impasse permanece distante de uma solução.

“A falta de clareza sobre o destino dos territórios ocupados mantém o principal obstáculo às negociações completamente em aberto”, avaliou um analista próximo às discussões.

Enquanto isso, Washington tenta alinhar posições entre Kiev e Moscou, mas especialistas alertam que qualquer avanço dependerá de concessões que, até o momento, nenhum dos lados demonstra disposição para fazer. O futuro das conversas permanece incerto, e a questão territorial segue como o maior desafio para um eventual acordo de paz.