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quarta-feira, 12 novembro, 2025 9:38: pm
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Ucrânia denuncia recrutamento de africanos pela Rússia

Mais de 1.400 cidadãos de 36 países africanos estariam lutando ao lado das forças russas na guerra contra a Ucrânia

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Kiev, Província de Kiev, Ucrânia — 9 de novembro de 2025 — Reuters – O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou no dia (7) que mais de 1.400 cidadãos africanos de 36 países estão atualmente lutando ao lado das forças russas na invasão contra a Ucrânia. Segundo ele, o número real pode ser ainda maior, já que muitos são aliciados por meio de promessas enganosas de dinheiro e contratos que equivalem a uma “sentença de morte”.

Sybiha alertou que a maioria dos mercenários não sobrevive mais de um mês na linha de frente e pediu que governos africanos orientem seus cidadãos a não se envolverem no conflito. O chanceler também incentivou aqueles já enviados ao combate a desertarem e se entregarem como prisioneiros de guerra, garantindo que a Ucrânia respeita padrões internacionais de direitos humanitários.

“Assinar esses contratos é equivalente a aceitar uma sentença de morte. A Rússia está explorando cidadãos africanos em sua guerra ilegal”, declarou Sybiha.

O presidente do Quênia, William Ruto, revelou em mensagem pública que conversou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no dia (6), pedindo a libertação de quenianos detidos em território ucraniano. Já o governo da África do Sul informou ter recebido pedidos de ajuda de 17 cidadãos que lutam ao lado da Rússia e prometeu investigar as circunstâncias que levaram à participação deles no conflito.

Para analistas conservadores, o recrutamento de estrangeiros pela Rússia demonstra a fragilidade de regimes que recorrem a mercenários para sustentar guerras prolongadas. A prática é vista como violação da soberania de países africanos e como ameaça à ordem internacional.

“A Rússia está usando jovens africanos como carne de canhão. É um abuso que precisa ser denunciado e combatido com firmeza”, avaliou um especialista em segurança internacional.

A denúncia reforça o apelo da Ucrânia por maior apoio internacional e por medidas que impeçam Moscou de expandir sua influência em países vulneráveis. Para Kiev, expor o recrutamento ilegal é parte da estratégia de mostrar ao mundo que a guerra conduzida pela Rússia não apenas ameaça a Europa, mas também explora populações de outras regiões.

Com o avanço das investigações, espera-se que governos africanos intensifiquem campanhas de conscientização e adotem medidas para proteger seus cidadãos de serem enganados e enviados para o front russo.

SourceNHK

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