Takaichi responde sobre impostos e salários

Tóquio, Japão — 6 de novembro de 2025 — NHK – A primeira-ministra do Japão, Takaichi Sanae, participou no dia (5) de mais uma rodada de debates na Dieta, respondendo a questionamentos sobre medidas econômicas, financiamento político e política salarial. A sessão ocorreu na Câmara Baixa e reuniu líderes de diferentes partidos em busca de esclarecimentos sobre os rumos do governo.

Tamaki Yuichiro, presidente do Partido Democrático para o Povo, cobrou ações imediatas contra a alta dos preços, incluindo a extinção do imposto provisório sobre gasolina e o aumento do limite mínimo de isenção do imposto de renda. Takaichi confirmou que seis partidos, incluindo oposição e governo, concordaram em abolir o imposto sobre combustíveis até o dia (31) de dezembro, e que medidas concretas sobre deduções fiscais serão incluídas na reforma tributária de 2026.

“Vamos elaborar medidas que ampliem as deduções básicas, acompanhando a evolução dos preços”, afirmou Takaichi.

Saito Tetsuo, representante do Komeito, questionou a demora na definição de diretrizes sobre doações corporativas e de grupos políticos. Takaichi respondeu que será formado um painel entre o Partido Liberal Democrata e o Partido da Inovação do Japão para discutir formas de financiamento partidário, com apoio de um comitê independente que apresentará conclusões durante seu mandato.

Tamura Tomoko, líder do Partido Comunista Japonês, propôs que o governo utilize reservas internas de grandes empresas para financiar aumentos salariais em pequenas e médias companhias. Takaichi reconheceu a importância da proposta, mas alertou que a taxação direta sobre reservas pode configurar dupla tributação e precisa ser analisada com cautela.

“Vamos apoiar os empresários com medidas que melhorem a produtividade e otimizem as transações”, declarou a primeira-ministra.

A sessão reforçou os desafios enfrentados pelo governo de minoria liderado por Takaichi, que busca equilíbrio entre estabilidade política e avanços em pautas sensíveis. Os debates continuam na Dieta com foco em segurança, economia e reformas institucionais.