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ONU aprova controle humano sobre armas nucleares com IA

Resolução busca evitar uso acidental de armamento nuclear por falhas em sistemas de inteligência artificial

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Nova Iorque, Estado de Nova Iorque, Estados Unidos — 2 de novembro de 2025 — NHK – Um comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que determina a manutenção do controle humano sobre sistemas de armamento nuclear, em resposta às crescentes preocupações com o uso de inteligência artificial (IA) em decisões militares críticas. A medida visa evitar o risco de acionamento acidental de armas nucleares por falhas técnicas ou decisões automatizadas.

A proposta foi apresentada pelo México e outros países membros do Primeiro Comitê da ONU, responsável por questões de desarmamento e segurança internacional. O texto expressa preocupação com o avanço da IA em aplicações militares e alerta para as consequências catastróficas que poderiam surgir da integração descontrolada dessa tecnologia em arsenais nucleares.

“A supervisão humana deve ser mantida em todos os sistemas que envolvem armas nucleares”, destaca a resolução.

A resolução foi aprovada com o apoio de 115 países. Oito nações, incluindo os Estados Unidos e outros Estados com armamento nuclear, votaram contra. O Japão optou por se abster, justificando a decisão com base na necessidade de equilibrar os riscos e as oportunidades que a inteligência artificial oferece.

Especialistas em segurança global alertam que a possibilidade de sistemas autônomos controlarem armamentos nucleares representa uma ameaça real. O físico Daniel Holz, da Universidade de Chicago, afirmou que a integração da IA nesse contexto é “uma possibilidade aterrorizante” e que só poderá ser evitada com forte pressão internacional.

“É fundamental que os países levem essa questão com a máxima seriedade”, declarou Holz.

A resolução não tem caráter vinculativo, mas representa um posicionamento político importante da comunidade internacional diante do avanço das tecnologias emergentes no setor militar. A ONU espera que o documento sirva como base para futuras negociações sobre normas globais de segurança e ética no uso da inteligência artificial em armamentos.

O debate sobre o papel da IA em decisões de vida ou morte, especialmente no contexto nuclear, deve continuar ganhando espaço nas agendas diplomáticas, à medida que governos e especialistas buscam garantir que o progresso tecnológico não ultrapasse os limites da responsabilidade humana.

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SourceNHK

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