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Líderes evitam cúpula na Colômbia para não provocar Trump

Encontro sofre baixa adesão por tensões com EUA e receio de associação a países ligados ao narcotráfico

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Bogotá, Departamento de Cundinamarca, Colômbia — 6 de novembro de 2025 — Agencia EFE – A cúpula entre líderes da União Europeia e da América Latina, marcada para ocorrer em Bogotá, registrou baixa adesão após diversos países decidirem não enviar representantes de alto escalão. O motivo principal, segundo diplomatas, é o receio de provocar atritos com os Estados Unidos em meio às tensões políticas com o governo de Donald Trump.

Além da preocupação com a reação de Washington, governos europeus e latino-americanos também demonstraram desconforto em participar de um encontro sediado na Colômbia, país frequentemente associado ao narcotráfico. O Brasil, igualmente citado em discussões internacionais sobre o tema, reforça a percepção de que a proximidade com tais nações poderia gerar desgaste político e diplomático.

“A ausência de líderes-chave mostra que há um cálculo estratégico em evitar qualquer sinal de confronto com os EUA”, afirmou um analista político em Bogotá.

A reunião, que tinha como objetivo fortalecer laços comerciais e discutir pautas de integração regional, acabou esvaziada, com a presença restrita a representantes de nível intermediário. A decisão de não comparecer em peso foi interpretada como um gesto de cautela diante da influência norte-americana e da sensibilidade do cenário político atual.

Diplomatas ressaltam que a União Europeia busca manter canais de diálogo com a América Latina, mas sem comprometer sua relação com Washington. Já países latino-americanos preferem evitar desgastes adicionais em um momento de instabilidade econômica e social.

“Participar de uma cúpula em Bogotá neste momento poderia ser interpretado como apoio a governos sob suspeita de vínculos com o narcotráfico”, destacou um diplomata europeu.

Com a baixa adesão, a cúpula perdeu força política e simbólica, levantando dúvidas sobre a eficácia de futuras iniciativas multilaterais entre os dois blocos. Observadores avaliam que a decisão de evitar o encontro reflete não apenas a pressão dos EUA, mas também a preocupação em não associar a imagem de países europeus e latino-americanos a nações marcadas por crises de segurança e tráfico de drogas.

A expectativa é que novas tentativas de diálogo sejam feitas em 2026, possivelmente em território neutro, para reduzir resistências e garantir maior legitimidade às negociações.

SourceInfoMoney

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