Japão prepara nova política para estrangeiros

Tóquio, Japão — 1 de novembro de 2025 — Yomiuri Shimbun – O governo japonês está organizando uma reunião ministerial para coordenar políticas voltadas aos residentes estrangeiros, com previsão de ocorrer já no dia (4). A iniciativa envolve membros do gabinete e tem como objetivo revisar normas de imigração, aquisição de terras por não japoneses e o impacto do turismo excessivo.

A nova estrutura contará com um cargo específico: Ministra Responsável por uma Sociedade de Convivência Harmoniosa com Estrangeiros, função que será acumulada pela atual ministra da Segurança Econômica, Onoda Kimi. A proposta busca centralizar decisões sobre integração multicultural e controle migratório.

“Queremos garantir uma sociedade bem ordenada, com respeito às regras e à diversidade”, declarou Onoda.

A reunião será liderada pelo secretário-chefe do gabinete, Kihara Minoru, e deve abordar uma ampla gama de temas, incluindo o uso indevido de sistemas públicos por estrangeiros e a necessidade de reforçar os serviços de imigração. A proposta conta com apoio do Partido Liberal Democrata e do parceiro de coalizão, o Partido da Inovação do Japão.

Em discurso de política geral no dia (24) de outubro, a primeira-ministra Takaichi Sanae afirmou que parte da população japonesa sente desconforto diante de casos de ilegalidade envolvendo estrangeiros. Ela ressaltou que o governo não tolera xenofobia, mas que responderá com firmeza a desvios de conduta.

“É preciso traçar uma linha clara entre inclusão e responsabilidade legal”, disse Takaichi.

A expectativa é que, até janeiro de 2026, o governo apresente uma política básica após ouvir especialistas e representantes da sociedade civil. A medida visa equilibrar a abertura internacional do Japão com a manutenção da ordem pública e da coesão social.

O debate sobre a presença estrangeira no país tem ganhado destaque, especialmente diante do crescimento da população imigrante e dos desafios de integração cultural. A nova abordagem busca promover uma convivência mais estruturada, sem abrir mão da segurança e da legalidade.