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Hibakushas pedem que Japão assine tratado antinuclear

Japão, 21 de novembro de 2025, Kyodo News – A organização Nihon Hidankyo, que representa sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, entregou nesta sexta-feira (21) ao Ministério das Relações Exteriores uma petição com quase 3,5 milhões de assinaturas pedindo que o Japão se junte ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares.

O grupo, premiado com o Nobel da Paz no ano passado, reforçou que o país deve assumir protagonismo na campanha por um mundo livre de armas nucleares.

“As armas nucleares são ferramentas do demônio. O Japão precisa liderar o esforço global pela abolição”, declarou Tanaka Terumi, copresidente da Nihon Hidankyo.

Um representante do ministério afirmou que o governo levará a petição em consideração, mas destacou que, diante do ambiente de segurança extremamente difícil, a política japonesa continua sendo buscar a abolição das armas nucleares com a participação das potências que as possuem.

Sobreviventes, conhecidos como hibakusha, também realizaram um ato próximo ao prédio do Parlamento para reforçar o pedido.

Tanaka criticou possíveis revisões aos Três Princípios Não Nucleares do Japão, que estabelecem o compromisso de não possuir, não produzir e não permitir a introdução de armas nucleares no país.

A primeira-ministra Sanae Takaichi foi questionada recentemente no Parlamento sobre se manterá a linguagem que reafirma esse compromisso nos documentos de segurança nacional em revisão. Ela respondeu que não seria apropriado comentar sobre a redação neste momento.

“O Japão tem uma responsabilidade histórica e moral de se posicionar contra as armas nucleares”, reforçou Tanaka.

O movimento amplia a pressão sobre o governo japonês em um momento de debates intensos sobre segurança nacional e política externa, colocando em evidência o papel do país na luta global pela paz.

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