Coreia do Norte lança foguetes antes de visita dos EUA

Seul, Província de Gyeonggi, Coreia do Sul — 5 de novembro de 2025 — Yonhap News – A Coreia do Norte disparou mais de dez foguetes de artilharia em direção ao Mar Amarelo no dia (3), poucas horas antes da visita do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, à zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias. O lançamento foi confirmado pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, que classificou o ato como uma provocação direta.

Os foguetes foram lançados por volta das 16h00, utilizando um sistema de lançamento múltiplo de 240 milímetros, supostamente desenvolvido por Pyongyang para atingir alvos em Seul. A visita de Hegseth à Coreia do Sul marca sua primeira missão oficial desde que assumiu o cargo, e incluiu uma inspeção conjunta com o ministro da Defesa sul-coreano, Ahn Gyu-back, na área de segurança de Panmunjom.

“O cenário de segurança na península exige vigilância constante e reforço da inteligência nacional”, declarou Kobayashi Takayuki, chefe de políticas do Japão, em referência ao contexto regional.

Além dos disparos de segunda-feira (3), o Exército sul-coreano confirmou que Pyongyang também lançou projéteis semelhantes no sábado (1), pouco antes do início da cúpula entre China e Coreia do Sul. O governo norte-coreano não se pronunciou oficialmente sobre os lançamentos, mas especialistas acreditam que os atos visam dissuadir discussões sobre desnuclearização na região.

O exercício militar conjunto entre as forças aéreas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, iniciado no mesmo dia dos disparos, pode ter contribuído para a escalada da tensão. A Coreia do Norte já havia rejeitado formalmente qualquer proposta de desnuclearização durante a cúpula regional.

“Esses lançamentos são uma tentativa clara de intimidar e desviar o foco das negociações multilaterais”, afirmou um analista militar sul-coreano.

A situação na península coreana permanece instável, com os países vizinhos monitorando de perto os próximos movimentos de Pyongyang. A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, enquanto Washington e Seul reforçam sua aliança estratégica diante das ameaças crescentes.