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Cloudflare é condenada em Tóquio por pirataria de mangás

Empresa dos EUA deverá pagar mais de US$ 3,2 milhões a editoras japonesas por apoiar sites ilegais.

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Tóquio, Japão, 19 de novembro de 2025, Yomiuri Shimbun – O Tribunal Distrital de Tóquio determinou que a empresa norte-americana de infraestrutura de internet Cloudflare pague mais de US$ 3,2 milhões (cerca de 500 milhões de ienes) em indenizações a grandes editoras japonesas, por ter fornecido serviços que facilitaram a pirataria de mangás.

A ação foi movida pelas editoras Kodansha, Shueisha, Shogakukan e Kadokawa, que acusaram a companhia de apoiar sites ilegais ao oferecer serviços de rede de distribuição de conteúdo (CDN). Esses sites disponibilizavam obras populares como One Piece e Attack on Titan sem autorização.

“O tribunal reconheceu que a empresa negligenciou sua obrigação de interromper os serviços, mesmo após ser notificada das violações de direitos autorais”, destacou a decisão.

Segundo o julgamento, a Cloudflare não teria verificado adequadamente a identidade dos operadores dos sites ao firmar contratos de serviço, o que contribuiu para a ampla distribuição ilegal de conteúdo protegido.

A sentença concedeu integralmente os pedidos de três das editoras envolvidas, estabelecendo um precedente importante no combate à pirataria digital.

“É a primeira vez que uma empresa é condenada a pagar indenização por fornecer serviços de CDN a sites de pirataria”, afirmaram advogados das editoras.

O caso reforça a crescente pressão sobre empresas de tecnologia para que assumam responsabilidade no combate à violação de direitos autorais, especialmente em setores culturais como o mercado de mangás, que movimenta milhões de leitores e consumidores em todo o mundo.

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