PLD e JIP discutem possível coalizão no Japão

Tóquio, Japão — 17 de outubro de 2025 — Yomiuri Shimbun – O Partido Liberal Democrata (PLD), atualmente no poder no Japão, e o oposicionista Partido da Inovação do Japão (JIP) realizaram uma rodada de negociações visando a formação de uma possível coalizão governamental. A presidente do PLD, Takaichi Sanae, reuniu-se com representantes do JIP no dia (16), e ambas as legendas confirmaram alinhamento em temas fundamentais como Constituição, segurança nacional e política externa.

Apesar dos avanços, ainda há divergências sobre pontos sensíveis. O co-representante do JIP, Fujita Fumitake, afirmou que não houve consenso sobre a proposta de isenção temporária do imposto sobre alimentos e sobre a proibição de doações políticas por empresas e grupos organizados.

“Sinto que eles estão realmente comprometidos com a parceria. Takaichi e eu temos visões semelhantes”, declarou Fujita.

Segundo o JIP, o PLD propôs uma coalizão em larga escala, o que incluiria a entrada de membros do partido opositor no gabinete ministerial. As conversas devem continuar no dia (17), com expectativa de avanços nas tratativas.

O presidente do Conselho de Pesquisa de Políticas do PLD, Kobayashi Takayuki, reforçou que os dois partidos compartilham diretrizes básicas que podem sustentar a governança nacional. Enquanto isso, o JIP também mantém diálogo com outras siglas da oposição, como o Partido Democrático Constitucional do Japão (CDP) e o Partido Democrático para o Povo (DPFP).

O líder do CDP, Noda Yoshihiko, criticou a aproximação entre JIP e PLD, destacando que não pretende se unir a um partido que, segundo ele, teria cedido em questões éticas por poucos objetivos políticos.

“Não vou desistir. Vou criar oportunidades para que os líderes dos três partidos opositores se reúnam”, afirmou Noda.

A Dieta japonesa convocará uma sessão extraordinária no dia (21), quando o PLD pretende realizar a votação para escolha do novo primeiro-ministro. No entanto, os partidos de oposição ainda não chegaram a um consenso sobre o calendário da votação, mantendo o cenário político em estado de negociação intensa.