Maria Corina dedica Nobel da Paz à Venezuela e a Trump

Oslo, Província de Oslo, Noruega — 12 de outubro de 2025 — Agence France-Presse (AFP) – A ativista e líder opositora venezuelana Maria Corina Machado foi anunciada como vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, em reconhecimento à sua atuação contínua pela defesa dos direitos democráticos na Venezuela. Após receber a notícia, Machado dedicou o prêmio ao povo venezuelano e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu apoio à causa.

O Comitê Nobel destacou o trabalho incansável de Machado em manter viva “a chama da democracia” em um país marcado por crise humanitária e repressão política. A líder, que teve sua candidatura presidencial bloqueada em 2024, permanece em situação de risco e com aparições públicas limitadas, mas continua mobilizando apoio internacional e interno.

“Este prêmio é o maior reconhecimento já dado ao nosso movimento. Eu sou apenas uma pessoa. Isso é conquista de toda uma sociedade”, declarou Machado.

Em publicação nas redes sociais no dia (10), Machado afirmou que o Nobel dará novo impulso à luta por liberdade na Venezuela. Ela também elogiou o “apoio decisivo” de Trump e dedicou parte do prêmio ao presidente norte-americano, que tem sido mencionado por alguns setores como possível indicado ao Nobel por suas ações diplomáticas no Oriente Médio.

O diretor do Instituto Nobel Norueguês, Kristian Berg Harpviken, foi o responsável por comunicar a premiação à ativista antes do anúncio oficial. Já o presidente do Comitê Nobel, Joergen Frydnes, ressaltou que a escolha de Machado reforça a importância da democracia em tempos de avanço do autoritarismo.

“A Venezuela vive sob uma ditadura brutal que reprime sua população e a oposição. O mundo precisa lembrar que a democracia é uma responsabilidade coletiva”, afirmou Frydnes.

A cerimônia oficial de entrega do Nobel está marcada para dezembro, em Oslo. A premiação de Maria Corina Machado é vista como um marco simbólico na luta por liberdade na América Latina e reacende o debate sobre o papel da comunidade internacional diante de regimes autoritários.