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Japão inicia importação de terras raras fora da China

Sojitz Corporation traz metais pesados da Austrália para reduzir dependência chinesa

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Tóquio, Japão — 31 de outubro de 2025 — Kyodo News – A Sojitz Corporation, uma das principais casas de comércio do Japão, anunciou no dia (30) o início da importação de terras raras pesadas provenientes da Austrália Ocidental, marcando a primeira iniciativa do tipo por uma empresa japonesa fora da China. Os elementos importados, disprósio e térbio, são essenciais para a fabricação de ímãs potentes utilizados em motores de veículos elétricos e robôs industriais.

A medida representa um passo estratégico para o Japão, que busca reduzir sua dependência da China — responsável por cerca de 70% da produção global de terras raras. Nos últimos anos, o país asiático tem imposto restrições à exportação desses materiais, especialmente em momentos de tensão comercial com os Estados Unidos, o que já afetou diretamente a indústria japonesa, como no caso da suspensão de um modelo da Suzuki em maio.

“Garantir uma rota alternativa de importação é um avanço importante para a segurança industrial do Japão”, declarou Uemura Kosuke, presidente da Sojitz.

Apesar da iniciativa, Uemura reconheceu que o volume atual de importações não é suficiente para atender à demanda doméstica. Ele destacou a necessidade de fortalecer as cadeias de suprimento e diversificar as fontes de matérias-primas críticas para manter a competitividade da indústria japonesa.

A decisão da Sojitz reflete uma tendência crescente entre países que buscam autonomia em setores estratégicos, especialmente diante de instabilidades geopolíticas e disputas comerciais. O Japão, com forte presença nas áreas de tecnologia e mobilidade elétrica, vê nas terras raras um componente vital para seu futuro industrial.

“A diversificação de fornecedores é essencial para garantir estabilidade e inovação no setor tecnológico”, afirmou um executivo da indústria.

A expectativa é que outras empresas japonesas sigam o exemplo da Sojitz, ampliando parcerias com países como Austrália, Vietnã e Estados Unidos, e investindo em tecnologias de reciclagem e extração sustentável de minerais estratégicos.

SourceNHK

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