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Hamas diz que precisa de mais tempo para libertar reféns

Líder político do grupo afirma que condições no terreno dificultam cumprimento do prazo de 72 horas

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Gaza, Faixa de Gaza, Palestina — 12 de outubro de 2025 — NHK – O grupo terrorista Hamas declarou que precisará de mais tempo para concluir a libertação dos 48 reféns mantidos em Gaza, conforme previsto na primeira fase do plano de paz mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor ao meio-dia do dia (10), iniciando a contagem de 72 horas para que todos os reféns sejam libertados.

Em entrevista exclusiva à emissora japonesa NHK, o dirigente político Osama Hamdan afirmou que a situação no terreno é complexa e que o processo de liberação exige garantias adicionais. Segundo ele, ainda não é possível definir um prazo exato para a libertação dos reféns vivos, enquanto os casos envolvendo reféns mortos demandam mais tempo para verificação e logística.

“É necessário garantir que não haverá ataques e que os mecanismos de troca estejam claramente definidos”, explicou Hamdan.

O líder também afirmou que os países mediadores reconhecem as dificuldades em cumprir o prazo de 72 horas, e que os passos para a libertação já foram acordados durante as negociações do cessar-fogo. A declaração ocorre em meio à expectativa internacional pela conclusão da primeira fase do acordo, que inclui a retirada parcial das tropas israelenses e o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Sobre o desarmamento do Hamas, Hamdan foi enfático ao dizer que a questão das armas envolve todos os palestinos e não apenas o grupo. Ele indicou que não há intenção de desarmamento imediato e criticou a cláusula do plano de paz que prevê a exclusão do Hamas do governo de Gaza.

“A existência do Hamas é a vontade do povo palestino. Acreditar que se pode eliminar um partido é uma ilusão”, declarou Hamdan.

A posição do Hamas lança dúvidas sobre os próximos passos do processo de paz e sobre a viabilidade de negociações futuras. A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, enquanto familiares dos reféns aguardam com esperança o cumprimento do acordo.

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