Tóquio, Japão — 1 de outubro de 2025 — Kyodo News – O governo japonês solicitou ao Tribunal Distrital de Tóquio que rejeite uma ação judicial movida pela família de Wishma Sandamali, mulher cingalesa que morreu em 2021 em um centro de detenção de imigração na cidade de Nagoya. A família exige a liberação completa das imagens de segurança gravadas durante o período em que ela esteve sob custódia.
Wishma havia se queixado de problemas de saúde antes de falecer nas instalações administradas pelo Escritório Regional de Serviços de Imigração de Nagoya. Durante o processo judicial iniciado em 2022, o Estado apresentou cerca de cinco horas de gravações como evidência, embora o total registrado ultrapasse 295 horas.
Em maio (15), os familiares entraram com nova ação em Tóquio, alegando que a decisão de não divulgar integralmente o conteúdo é ilegal. Na audiência realizada no dia (30), a irmã de Wishma, Poornima, declarou que o acesso completo às imagens é essencial para entender o que realmente ocorreu.
O governo argumenta que os vídeos contêm informações pessoais de Wishma e que, por isso, não podem ser exigidos por terceiros. Além disso, alega que a divulgação total comprometeria a segurança operacional das instalações, revelando detalhes como a localização das câmeras de vigilância.
A morte de Wishma gerou comoção e críticas à forma como o sistema de imigração japonês trata estrangeiros em situação irregular. Organizações de direitos humanos têm pressionado por maior transparência e revisão dos protocolos de atendimento médico em centros de detenção.
A decisão judicial sobre a divulgação completa das imagens ainda não tem data definida, mas poderá influenciar futuras políticas de transparência e fiscalização nos centros de imigração do país.
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