Naypyidaw, Região de Mandalay, Mianmar — 31 de outubro de 2025 — Xinhua – O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews, classificou como uma “farsa” as eleições previstas pela junta militar para começarem em fases a partir do dia 28 de dezembro. Em coletiva realizada no dia (29), Andrews denunciou a exclusão de partidos opositores e a repressão sistemática a líderes políticos.
Segundo o relator, não é possível considerar o processo livre e justo quando líderes da oposição são presos, torturados e impedidos de participar. O principal partido pró-democracia, a Liga Nacional pela Democracia (NLD), vencedora das eleições de 2020, foi dissolvido após se recusar a legitimar o processo eleitoral imposto pelos militares.
A junta militar, que assumiu o poder em 2021 após um golpe de Estado, reconheceu que as eleições não poderão ser realizadas em todo o território nacional devido aos conflitos armados em curso com forças pró-democracia e grupos étnicos minoritários.
Além da crise política, Andrews alertou para o agravamento das condições humanitárias no país, onde cerca de 22 milhões de pessoas necessitam de assistência urgente. A instabilidade e os confrontos armados têm dificultado o acesso a alimentos, medicamentos e abrigo para milhões de civis.
Apesar do registro de 57 partidos políticos para o pleito, a ausência de grupos opositores relevantes e a repressão contínua levantam dúvidas sobre a legitimidade do processo. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos em Mianmar, onde a promessa de eleições parece cada vez mais distante de um retorno à normalidade democrática.
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