Islamabad, Província de Punjab, Paquistão — 14 de outubro de 2025 — Associated Press (AP) – A tensão entre Afeganistão e Paquistão se intensificou após confrontos militares ocorridos no fim de semana, com ambos os lados trocando acusações e relatando dezenas de mortes. O governo interino do Talibã afirmou ter atacado bases militares paquistanesas no dia (11), resultando na morte de 58 soldados. Segundo o grupo islâmico, a ação foi uma resposta a violações do espaço aéreo afegão e bombardeios realizados pelo Exército do Paquistão no leste do país.
Em contrapartida, o governo paquistanês acusou o Talibã e outros militantes de promoverem um ataque não provocado. Em resposta, o Exército do Paquistão lançou ofensivas contra bases do Talibã e centros de treinamento considerados terroristas, alegando ter eliminado mais de 200 combatentes.
Desde que o Talibã retomou o poder no Afeganistão há quatro anos, o Paquistão afirma que grupos extremistas têm cruzado a fronteira para realizar ataques em seu território. A situação atual reacende preocupações sobre a estabilidade regional e a segurança das populações que vivem nas áreas fronteiriças.
No dia (12), o Talibã anunciou a suspensão dos ataques após pedidos de mediação feitos por Arábia Saudita e Qatar. A medida foi vista como tentativa de conter a escalada e abrir espaço para negociações diplomáticas.
A China, que compartilha fronteiras com ambos os países, manifestou preocupação com os recentes confrontos. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês declarou que Pequim acompanha de perto os desdobramentos e espera que as partes envolvidas priorizem o diálogo.
A comunidade internacional observa com atenção os próximos passos, enquanto diplomatas tentam mediar uma solução que evite novos confrontos e promova a paz entre os dois países.
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