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China impõe tarifas portuárias a navios dos EUA

Medida entra em vigor no dia (14) e responde às taxas anunciadas por Washington contra embarcações chinesas

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Pequim, Província de Pequim, China — 11 de outubro de 2025 — Xinhua – O Ministério dos Transportes da China anunciou que navios de propriedade ou operados por empresas, organizações e cidadãos dos Estados Unidos passarão a pagar tarifas especiais para atracar em portos chineses a partir do dia (14). A medida é uma resposta direta às taxas semelhantes impostas por Washington a embarcações chinesas.

As novas tarifas chinesas se aplicam a cada viagem realizada por navios com bandeira dos EUA, construídos em território americano ou operados por entidades norte-americanas. A decisão foi tomada após os Estados Unidos confirmarem que, na mesma data, entrarão em vigor taxas sobre navios chineses como parte de ações previstas na Seção 301 da Lei de Comércio, que permite sanções contra práticas consideradas desleais.

“O governo dos EUA violou gravemente os princípios básicos do comércio internacional”, declarou o Ministério dos Transportes da China.

As taxas impostas por Washington visam embarcações construídas ou operadas por entidades chinesas e fazem parte de uma estratégia para fortalecer a indústria naval americana e limitar a influência comercial da China. As tarifas podem ultrapassar US$ 1 milhão por navio, dependendo da carga e do porte da embarcação.

A retaliação chinesa ocorre em meio ao aumento das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou recentemente que não vê motivos para se reunir com o presidente chinês Xi Jinping, como estava previsto para este mês na Coreia do Sul.

“A imposição de tarifas é uma resposta proporcional e necessária diante das ações unilaterais de Washington”, afirmou um porta-voz do governo chinês.

Especialistas alertam que o impasse pode afetar rotas comerciais globais e elevar os custos logísticos para empresas dos dois países. A expectativa é de que novas medidas sejam anunciadas nas próximas semanas, caso não haja avanços diplomáticos entre Pequim e Washington.

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