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China defende controle de exportações e ameaça retaliação

Pequim reage às tarifas de 100% impostas pelos EUA e alerta para medidas firmes em defesa de seus interesses

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Pequim, Província de Pequim, China — 13 de outubro de 2025 — Xinhua – O governo chinês defendeu neste domingo (12) suas novas medidas de controle sobre a exportação de terras raras, classificando-as como legítimas e necessárias para fortalecer seu sistema regulatório. A declaração ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa adicional de 100% sobre produtos importados da China, como resposta às restrições impostas por Pequim.

Em comunicado oficial, o Ministério do Comércio da China afirmou que os controles seguem normas internacionais e visam proteger a segurança nacional e a estabilidade regional. A nota também criticou duramente a postura dos Estados Unidos, acusando Washington de adotar “ameaças tarifárias arbitrárias” e de prejudicar o ambiente das negociações comerciais.

“Se os Estados Unidos insistirem em seguir o caminho errado, a China tomará medidas resolutas para proteger seus direitos legítimos”, declarou o porta-voz do ministério.

As novas regras chinesas abrangem não apenas os materiais de terras raras, mas também tecnologias e propriedade intelectual relacionadas ao seu processamento. A medida é vista como estratégica diante da crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O impasse ocorre às vésperas de um possível encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, previsto para o final deste mês. A escalada de medidas protecionistas e acusações mútuas ameaça comprometer o diálogo bilateral e reacende preocupações sobre os impactos na cadeia global de suprimentos, especialmente nos setores de tecnologia, defesa e energia.

“A China espera que os Estados Unidos administrem as diferenças com responsabilidade e através do diálogo”, concluiu o comunicado.

Especialistas alertam que o conflito comercial pode se intensificar nos próximos dias, afetando mercados financeiros e pressionando empresas que dependem da produção chinesa de terras raras — materiais essenciais para a fabricação de veículos elétricos, radares militares e turbinas de aeronaves.

SourceNHK

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