Hong Kong, Região Administrativa Especial, China — 4 de outubro de 2025 — Xinhua – A diplomacia entre China e Estados Unidos voltou a se tensionar após a nova cônsul-geral norte-americana em Hong Kong, Julie Eadeh, ter se reunido com figuras históricas do movimento pró-democracia local. Segundo veículos locais, Eadeh encontrou-se separadamente com Anson Chan, ex-secretária-chefe de Hong Kong, e Emily Lau, ex-presidente do Partido Democrático.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China em Hong Kong emitiu um comunicado no dia (2), advertindo a diplomata para que não interfira nos assuntos internos do país e rompa vínculos com forças consideradas anti-China.
Em Washington, o Departamento de Estado reagiu afirmando que os diplomatas norte-americanos têm como missão promover os interesses dos Estados Unidos, inclusive em Hong Kong. A declaração reforça o posicionamento de que os encontros fazem parte das atribuições diplomáticas regulares.
As relações entre os dois países já enfrentam desgaste devido a disputas comerciais e tarifárias. O episódio ocorre às vésperas de uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, prevista para acontecer à margem do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul, ainda neste mês.
O caso reacende o debate sobre o papel dos representantes estrangeiros em territórios com histórico de tensões políticas e reforça a sensibilidade do governo chinês diante de qualquer sinal de apoio a movimentos considerados dissidentes.
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